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10 conselhos de Dom Bosco aos pais

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1. Valorize o seu filho. Quando respeitado e estimado, o jovem progride e amadurece.

2. Acredite no seu filho. Mesmo os jovens mais ´difíceis´ trazem bondade e generosidade no coração.

3. Ame e respeite o seu filho. Mostre a ele, claramente, que você está ao seu lado, olhe-o nos olhos. Nós é que pertencemos a nossos filhos, não eles a nós.

4. Elogie seu filho sempre que puder. Seja sincero: quem de nós não gosta de um elogio?

5. Compreenda seu filho. O mundo hoje é complicado, rude e competitivo. Muda todo dia. Procure entender isto.Quem sabe ele está precisando de você, esperando apenas um toque seu.

6. Alegre-se com o seu filho. Tanto quanto nós, os jovens são atraídos por um sorriso; a alegria e o bom humor atraem os meninos como mel.

7. Aproxime-se de seu filho. Viva com o seu filho. Viva no meio dele.Conheça seus amigos. Procure saber onde ele vai, com quem está. Convide-o a trazer seus amigos para a sua casa. Participe amigavelmente de sua vida.

8. Seja coerente com o seu filho. Não temos o direito de exigir de nosso filho atitudes que não temos. Quem não é sério não pode exigir seriedade. Quem não respeita, não pode exigir respeito.O nosso filho vê tudo isso muito bem, talvez porque nos conheça mais do que nós a ele.

9. Prevenir é melhor do que castigar o seu filho. Quem é feliz não sente a necessidade de fazer o que não é direito. O castigo magoa, a dor e o rancor ficam e separam você do seu filho. Pense, duas, três, sete vezes, antes de castigar. Nunca com raiva. Nunca. [Veja bem e entenda que aqui São João Bosco não proíbe os castigos, que são necessários em um processo de educação, ele pede PRUDÊNCIA ao fazê-lo e NUNCA, NUNCA castigar para descontar a raiva...]

10. Reze com seu filho. No princípio pode parecer “estranho”. Mas a religião precisa ser alimentada. Quem ama e respeita a Deus vai amar e respeitar o seu próximo. “Quando se trata de educação não se pode deixar de lado a religião”.


CAMPANHA DE DOAÇÃO DE LIVROS PARA O COLÉGIO SÃO BENTO E SANTA ESCOLÁSTICA

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Colégio São Bento e Santa Escolástica

Campanha de Doação de Livros para o
Colégio São Bento e Santa Escolástica


Que nosso Colégio venha dando certo, e cada vez mais, há três anos não pode dever-se tão somente a esforços humanos: há de dever-se sobretudo à ajuda do Céu. Mas isto não nos isenta de esforçar-nos nós mesmos para contribuir com a ação do Céu, e por isso damos início aqui, em nome das Irmãs que dirigem nosso colégio, a uma campanha de doação de livros para nossos alunos.
Nossa biblioteca infanto-juvenil ainda apresenta muitas lacunas, e o fato de que os pais de nossos alunos não possam pagar uma mensalidade maior não contribui para preenchê-las. Por isso pedimos que nos doem os seguintes livros (novos ou usados em bom estado):


1) Martin Sapateiro [ou Onde Existe Amor, Deus Aí Está] (Leon Tolstoi);
2) Marcelino Pão e Vinho (José María Sánchez-Silva);
3) Platero e Eu (Juan Ramón Jiménez);
4) Viagem ao Centro da Terra (Júlio Verne), ou qualquer outro deste autor;
5) Robson Crusoé (Daniel Defoe);
6) O Vento nos Salgueiros (Kenneth Grahame);
7) A Ilha do Tesouro (Robert L. Stevenson);
8) Memórias de um Burro (Condessa de Ségur);
9) As Aventuras de Pedro Coelho e Pedro Carteiro (ambos de Beatrix Potter);
10) Vidas de Santos (tradicionais e bem escritas e/ou bem traduzidas);
11) Atlas e mapas atualizados, etc.


Observação: Para os alunos menores, há adaptações de muito dos livros relacionados acima. Também serão muito bem-vindas.


Pedimos ainda aos blogs e sites amigos que reproduzam esta campanha.


Os livros deverão enviar-se a:


Instituto Nossa Senhora do Rosário (Colégio São Bento e Santa Escolástica)
Caixa Postal 96889
Cep: 25610 - 974
Nova Friburgo - Rio de Janeiro

Deus lhes pague a todos com abundantes graças.

Jesus no Santíssimo Sacramento, O Melhor dos Amigos

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Amicus fidelis medicamentum vitae et immortalitatis — “O amigo fiel é um medicamento de vida e de imortalidade”(Ecclus. 6, 16).
 
Sumário. Bem suave é estar a gente na companhia de um amigo querido: e será possível que nós, neste vale de lágrimas, não achemos consolação perto do melhor de nossos amigos que nos pode encher de todos os bens? Eis que no Santíssimo Sacramento nos podemos entreter com Jesus à nossa vontade, abrir-Lhe o nosso coração, expor-Lhe as nossas necessidades, pedir-Lhe graças. Aproximemo-nos, pois, de Jesus com grande confiança e amor, unamo-nos a Ele, e peçamos-Lhe sobretudo a graça de O podermos amar sempre com todas as nossas forças.
 
I. Bem suave é estar a gente na companhia de seu amigo querido; e não nos será suave, neste vale de lágrimas, estarmos na companhia do melhor de nossos amigos, de um amigo que pode encher-nos de todos os bens, nos ama apaixonadamente e por isso se deixa ficar continuamente conosco? Eis que no Santíssimo Sacramento nos podemos entreter com Jesus à nossa vontade, abrir-Lhe o nosso coração, expor-Lhe as nossas necessidades, pedir-Lhe graças. Podemos, numa palavra, neste mistério tratar com o Rei do céu com toda confiança e singeleza.
 
Foi nimiamente feliz José, quando Deus, como atesta a Sagrada Escritura, se dignou descer por sua graça ao cárcere para consolá-Lo: Descendit cum illo in foveam, et in vinculis non dereliquit eum (1) — “A divina Sabedoria desceu com Ele ao fosso, e não o deixou nas cadeias”. Mas muito mais felizes somos nós por termos sempre conosco, nesta miserável terra, nosso Deus feito homem, que, com o coração cheio de amor e de misericórdia, nos honra com sua presença real a cada instante de nossa vida.
 
Que consolo é para um pobre encarcerado ter um amigo terno, que vai entreter-se com ele, o consola, lhe anima a esperança, procura para ele socorro e cuida em aliviá-lo no seu infortúnio? Eis aqui está o nosso bom amigo Jesus Cristo, que neste Sacramento nos anima com estas palavras: “Ecce ego vobiscum sum omnibus diebus (2) — Convosco estou todos os dias. Eis-me aqui todo para vós, vindo do céu à vossa prisão de propósito para vos consolar, ajudar e por em liberdade. Acolhei-me, fiquemos sempre juntos, uni-vos a mim; que então não sentireis mais o peso de vossas misérias, e depois vireis comigo para o meu reino, onde vos farei plenamente felizes.
 
II. A toda alma que o visita no Santíssimo Sacramento, Jesus diz como outrora o Esposo dos Cânticos: Surge propera, amica mea, et veni (3) — “Levanta-te, apressa-te, minha amada, e vem”. Surge, levanta-te de tua miséria, pois aqui estou para te enriquecer com minhas graças. Propera, aproxima-te, não temas minha divina majestade, que se humilhou neste Sacramento para dissipar teu temor e te inspirar confiança. Amica mea, tu não és mais minha inimiga, mas minha amiga, já que me amas e eu te amo. Formosa mea, a minha graça te fez tão bela à minha vista. Et veni, vem pois, a mim, vem lançar-te nos meus braços, e pede-me com toda confiança o que de mim queres. — Vamos, pois, a Jesus com muita confiança e amor, unamo-nos a Ele e roguemos-Lhe graças.
 
Ó Verbo eterno, feito homem e sacramento por meu amor, quanta deve ser a minha alegria, quando penso que estou diante de Vós, que sois meu Deus, a Majestade suprema, a bondade infinita, diante de Vós, que tão ternamente amais a minha alma! Ó vós, almas que amais a Deus, onde quer que estejais, no céu ou na terra, amai-O também por mim. Ó Maria, minha Mãe, ajudai-me a amar ao meu Deus. E Vós, amantíssimo Senhor, fazei com que eu ponha em Vós todos os meus afetos. Tornai-Vos senhor de toda a minha vontade, possui-me todo inteiro. Consagro-Vos o meu espírito, para que se ocupe somente com a vossa bondade; consagro-Vos também o meu corpo, para que me auxilie a Vos agradar; consagro-Vos a minha alma, para que seja toda vossa.
 
Quisera, ó Amado de meu coração, que todos os homens conhecessem a ternura do amor que lhes tendes, para que todos vivessem unicamente para Vos honrar e agradar, como desejais e mereceis. Ah! Viva ao menos eu enlevado sempre no amor de vossa beleza infinita. Quero no futuro fazer tudo que puder para Vos ser agradável. Resolvido estou a fugir de tudo que souber Vos desagradar, custe o que custar, ainda que haja de perder a vida. Oh quão ditoso seria, se tudo perdesse para Vos ganhar, ó meu Deus, meu tesouro, meu amor, meu tudo! (*I 387.)
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1. Sap. 10, 13.
2. Matth. 28, 20.
3. Cant. 2, 10.
Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo II – Sto. Afonso – págs. 29-32

Fonte:

LIGÓRIO - Da eternidade do inferno

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Et ibunt hi in supplicium aeternum – “Estes irão para o suplício eterno” (Matth. 25, 46).

Sumário. A eternidade do inferno não é uma simples opinião, mas sim uma verdade de fé fundada no testemunho de Deus na Santa Escritura, na qual se diz repetidas vezes que os desgraçados pecadores, uma vez lançados naqueles abismos, serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos. Se alguém por um dia de divertimento se deixasse condenar a trinta anos de prisão, tê-lo-íamos por louco. Que maior loucura não seria a nossa, se por um momento de vil prazer nos condenássemos a queimar no fogo para sempre? A ficar privados para sempre da posse do soberano bem, que é Deus?

I. Se o inferno não fosse eterno, deixaria de ser inferno. A pena que dura pouco, não é grande pena. Quando se rompe a um doente um abscesso, quando a outro se queima uma úlcera, a dor é viva, mas, como passa rapidamente, o tormento não é grande. Que sofrimento porém não seria, se aquela incisão, aquela operação por meio do fogo, continuasse por uma semana, por um mês inteiro? Quando o sofrimento é bastante prolongado, apesar de leve, como uma dor de olhos, uma dor de dentes, torna-se insuportável. – Mas para que falar de sofrimento? Mesmo uma comédia, uma música que se prolongasse muito ou durasse um dia inteiro, não se poderia aturar pelo grande fastio. Que será, pois, do inferno, onde não se trata de assistir à mesma comédia, de ouvir a mesma música, onde não se tem unicamente a sofrer uma dor de olhos ou de dentes, onde não se sente só o tormento de uma incisão ou de um ferro em brasa, mas onde estão reunidos todos os tormentos e todas as dores? E isto, por quanto tempo? Por toda a eternidade! Cruciabuntur die ac nocte in saecula saeculorum (1) – “Serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos”.


Esta eternidade não é simples opinião, mas sim uma verdade de fé, atestada repetidas vezes por Deus nas Sagradas Escrituras. Só no capítulo 9 de São Marcos Jesus Cristo afirma até três vezes que o verme roedor e a consciência dos condenados nunca morrerá: Vermis eorum non moritur; até cinco vezes repete que o fogo que os abrasa, nunca será apagado: Et ignis eorum non extinguitur; e finalmente conclui dizendo:Omnis igne salietur (2) – “Será todo salgado pelo fogo”. Assim como o sal tem a propriedade de conservar as cosias, assim o fogo do inferno, ao mesmo tempo que atormenta os réprobos, produz neles o efeito de sal, conservando-lhes a vida. Desgraçados réprobos!

Que loucura não seria se por um dia de divertimento alguém se deixasse encerrar num calabouço vinte ou trinta anos? Se o inferno durasse cem anos – cem anos! Que digo? – se durasse somente dois ou três anos, seria já grande loucura condenar-se ao fogo esses dois ou três anos por um momento de vil prazer. Mas não se trata de trinta, nem de cem, nem de mil, nem de cem mil anos; trata-se da eternidade, trata-se de sofrer para sempre os mesmos tormentos, sem nunca esperar fim nem momento de descanso.

II. Tinham razão os santos para temer e gemer, enquanto estavam no mundo e, portanto, em risco de se perderem. O Bem-aventurado Isaías, posto que parasse os dias no deserto entre jejuns e penitências, exclamava chorando: Desgraçado de mim, que ainda não escapei ao perigo da condenação! Nondum a gehennae igne sum liber! Mas se os santos tremiam, nós, que somos pecadores, teremos a presunção de nos julgar seguros?

Ah, meu Deus! Se me tivésseis lançado no inferno, como tantas vezes mereci, e depois me tivésseis tirado d’ali pela vossa misericórdia, quanto Vos seria obrigado! Que vida santa não teria desde então principiado! Agora por uma misericórdia maior me preservastes de cair no inferno: que farei? Tornarei a ofender-Vos e a provocar a vossa indignação, afim de que me condeneis realmente a arder nessa prisão dos revoltosos contra Vós, onde já ardem tantas almas que cometeram menos pecados que eu? Ah! Meu Redentor, é o que eu fiz no passado; em lugar de aproveitar o tempo que me daveis para chorar os meus pecados, abusei dele para excitar a vossa ira. Agradeço a vossa infinita bondade o ter-me aturado tanto tempo. Se não fosse infinita, como me houvera sofrido?

Graças Vos dou por me haverdes esperado até aqui com tamanha paciência, e graças Vos dou sobretudo pela luz que me concedeis agora, luz que me deixa ver a minha demência e o agravo que Vos fiz, ultrajando-Vos com tantos pecados. Detesto-os, meu Jesus, e arrependo-me de todo o coração perdoai-me, em consideração à vossa Paixão e ajudai-me com a vossa graça, a não mais Vos ofender. Com razão devo temer que, depois de mais um pecado mortal, me abandoneis. – Ah, Senhor! Rogo-Vos que me ponhais sempre diante dos olhos este justo temor, em particular quando o demônio novamente me provocar a vos ofender. Amo-Vos, meu Deus, e não Vos quero mais perder; ajudai-me com a vossa graça. – Ajudai-me também vós, ó Virgem Santíssima, e fazei com que em minhas tentações sempre recorra a vós, afim de que nunca mais perca o meu Deus. Ó Maria, vós sois a minha esperança. (II 123.)

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1. Apoc. 20, 10.
2. Marc. 9, 48. 


(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo III: Desde a Décima Segunda Semana depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. Friburgo: Herder & Cia, 1922, p. 66-68.)

Motivos que temos para rezar pelas almas do purgatório

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angesetpurgatoireSe não nos mover a obrigação que temos, mova-nos, ao menos, a alegria que causamos a Nosso Senhor Jesus Cristo, quando nos aplicamos em libertar aquelas suas esposas diletas, para se unirem com Ele no paraíso. Movam-nos, enfim, os grandes merecimentos, que podemos obter praticando este grande ato de caridade para com aquelas santas almas. Elas são gratíssimas e bem conhecem o grande benefício que lhes fazemos, aliviando-as daquelas penas e obtendo, por meio de nossas orações, que mais depressa possam entrar na glória. Lá chegando, não deixarão de rezar por nós.
Se o Senhor promete ser misericordioso para com os que praticam misericórdia: “Bem-aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”(Mt 5,7), com muita razão pode esperar a salvação quem procura socorrer as almas do purgatório, tão aflitas e tão caras a Deus. Jônatas, depois de ter salvado os hebreus pela vitória sobre os seus inimigos, foi condenado à morte por seu pai, Saul, por haver provado o mel contra a sua ordem. Mas o povo apresentou-se ao rei e disse: “Como há de morrer Jônatas, o salvador de Israel?” (1Sm 14,45). Ora, assim devemos também esperar que, se algum de nós obtiver, com suas orações, a salvação de uma alma do purgatório e a sua entrada no Céu, essa alma dirá a Deus: “Senhor, não permitais se perca quem me livrou das chamas do purgatório”. E, se Saul concedeu a Jônatas a vida, a pedido do povo, Deus não negará a salvação àquele por quem intercede uma alma do purgatório.
Além disso, diz Santo Agostinho, quem nesta vida mais socorrer as almas do purgatório, Deus fará com que seja também socorrido por outro, quando estiver lá no meio daquelas chamas.
A Santa Missa pelas almas do purgatório
Um grande sufrágio pelas almas do purgatório é participar da Santa Missa, e nela recomendá-las a Deus, pelos merecimentos da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, dizendo (oração antes do início da Santa Missa):
Eterno Pai, eu vos ofereço este sacrifício do Corpo e Sangue de Jesus Cristo com todas as dores que sofreu em sua vida e morte e, pelos merecimentos de sua Paixão, recomendo-vos as almas do purgatório e especialmente as de……………………………………………………………………… É ato também de muita caridade recomendar, ao mesmo tempo, as almas de todos os agonizantes.
É ato também de muita caridade recomendar, ao mesmo tempo, as almas de todos os agonizantes.
Do livro “A Oração” de Santo Afonso Maria de Ligório.

Fonte:

Festa da Santíssima Trindade

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A festa da Santíssima Trindade tem por objeto o mistério mais impenetrável da nossa fé.

A verdade de fé que esta festa celebra é a seguinte: só há um Deus e esse Deus é em três pessoas: O Pai é Deus, o Filho é deus, o Espírito Santo é Deus. No entanto não há três deuses, mas um só Deus eterno, infinito, incompreensível. O Pai não é mais Deus que o Filho e  o Espírito Santo. O Pai é a primeira Pessoa divina; o Filho é a segunda, gerado eternamente da substância do Pai; o Espírito Santo é a terceira Pessoa divina, procedendo eternamente do Pai e do Filho. 


Este profundo mistério não pode ser penetrado por nenhuma criatura. Contentar-nos-emos em nos inclinar humildemente e dizer: Senhor, nós cremos; auxiliai a nossa fé tão fraca!

Colocando esta festa no primeiro domingo depois de Pentecostes, quer a Igreja lembrar-nos que cada domingo é propriamente uma festa da Santíssima Trindade. Devemos lembrar-nos em cada domingo, com reconhecimento, dos benefícios que a Santíssima Trindade nos concedeu. O Pai nos criou e nos chamou. O Filho nos resgatou. O domingo é o “dia do Senhor”, o dia da sua Ressurreição. O Espírito Santo nos santificou, fez de nós seus templos; foi num domingo que o Espírito Santo desceu sobre a Igreja nascente. O domingo é, portanto, um dia da Santíssima Trindade.


Fonte: http://regisaeculorumimmortali.wordpress.com/2012/06/03/festa-da-santissima-trindade/



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As três pessoas da Santíssima Trindade é um só Deus em Três Pessoas distintas. O Pai, o Filho e o Espírito Santo possuem a mesma natureza divina, a mesma grandeza, bondade e santidade. Apesar disso, através da história, a Igreja tem observado que certas atividades são mais apropriadas a uma pessoa que a outra. A Criação do mundo é mais apropriada ao Pai, a redenção ao Filho e a Santificação, ao Espírito Santo. Nenhuma das Três pessoas Trinitárias exerce mais ou menos poder sobre as outras. Cada uma delas tem toda a divindade, todo poder e toda a sabedoria. E justamente, nesta breve dissertação, constatamos a profundidade do mistério da Santíssima Trindade, ante a complexidade em assimilar a magnitude de Três pessoas distintas formando um só Deus. Trata-se, portanto, de um grande mistério, central da fé cristã. As Escrituras são claras a respeito da Santíssima Trindade, desde o antigo, até o novo Testamento.

A festa da Santíssima Trindade é um dos dias mais importantes do ano litúrgico. Nós, como cristãos a celebramos convictos pelos ensinamentos da Igreja, que possui a plenitude das verdades reveladas por Cristo. É dogma de fé estabelecido, a essência de um só Deus em Três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. É um mistério de difícil interpretação, impossível, de ser assimilado pelas limitações humanas.

Há séculos a Santa Igreja ensina o mistério de Três Pessoas em um só Deus, baseada nas claras e explícitas citações bíblicas. Mas desaconselha a investigação no sentido de decifrar tão grande mistério, dada a complexidade natural que avança e se eleva para as coisas sobrenaturais.

Santo Agostinho de Hipona, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou exaustivamente compreender este inefável mistério. Certa vez, passeava ele pela praia, completamente compenetrado, pediu a Deus luz para que pudesse desvendar o enigma. Até que deparou-se com uma criança brincando na areia. Fazia ela um trajeto curto, mas repetitivo. Corria com um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e ali despejava a água do mar; sucessivamente voltava, enchia o copo e o despejava novamente. Curioso, perguntou à criança o que ela pretendia fazer. A criança lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraquinho. No que o Santo lhe explicou ser impossível realizar o intento. Aí a criança lhe disse: “É muito mais fácil o oceano todo ser transferido para este buraco, do que compreender-se o mistério da Santíssima Trindade”. E a criança, que era um anjo, desapareceu...

Santo Agostinho concluiu que a mente humana é extremamente limitada para poder assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio. Só o compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Ao participarmos da Santa Missa observamos que, desde o início, quando nos benzemos, até o momento da bênção trinitária final, constantemente o sacerdote invoca a Santíssima Trindade, particularmente durante a pregação eucarística. As orações que o padre pronuncia após a consagração, que por certo são dignas de serem ouvidas com atenção e recolhimento, são dirigidas a Deus Pai, por mediação de Jesus Cristo, em unidade com o Espírito Santo. E é na missa onde o cristão logra vislumbrar, pela graça do Espírito Santo, o mistério da Santíssima Trindade. Devemos, neste momento, invocar a Deus Trino, que aumente nossa fé, porque sem ela, será impossível crer neste mistério, mistério de fé no sentido estrito. Mesmo sem conseguir penetrar na sua essência o cristão deverá, simplesmente, crer nele.

O mistério da Santíssima Trindade é uma das maiores revelações feita por Nosso Senhor Jesus Cristo. Os judeus adoram a unicidade de Deus e desconhecem a pluralidade de pessoas e a sua unidade substancial. Os demais povos adoram a multiplicidade de deuses. O cristianismo é a única religião que, por revelação de Jesus, prega ser Deus uno em três pessoas distintas:
DEUS PAI – Não foi criado e nem gerado. É o “princípio e o fim, princípio sem princípio”; por si só, é Princípio de Vida, de quem tudo procede; possui absoluta comunhão com o Filho e com o Espírito Santo. Atribui-se ao Pai a Criação do mundo.

DEUS FILHO – Procede eternamente do Pai, por quem foi gerado, não criado. Gerado pelo Pai porque assumiu no tempo Sua natureza humana, para nossa Salvação. É Ele Eterno e consubstancial ao Pai (da mesma natureza e substância). Atribui-se ao Filho a Redenção do Mundo.

DEUS ESPÍRITO SANTO – Procede do Pai e do Filho; é como uma expiração, sopro de amor consubstancial entre o Pai e o Filho; pode-se dizer que Deus em sua vida íntima é amor, que se personaliza no Espírito Santo. Manifestou-se primeiramente no Batismo e na Transfiguração de Jesus; depois no dia de Pentecostes sobre os discípulos. Habita nos corações dos fiéis com o dom da caridade. Atribui-se ao Espírito Santo a Santificação do mundo.

O Pai é pura Paternidade, o filho é pura Filiação e o Espírito Santo, puro nexo de Amor. São relações subsistentes, que em virtude de seu impulso vital, saem um ao encontro do outro em perfeita comunhão, onde a totalidade da Pessoa está aberta à outra distintamente. Este é o paradigma supremo da sinceridade e liberdade espiritual a que devem ter as relações interpessoais humanas, num perfeito modelo transcendente, só assim, compreensível ao entendimento humano. É desta forma que devemos conhecer a mensagem a Santíssima Trindade, mesmo sem alcançar os segredos do seu mistério. Desta maneira, devemos nos comprometer a adquirir certas atitudes nas nossas relações humanas. A Igreja nos convida a “glorificar a Santíssima Trindade”, como manifestação da celebração. Não há melhor forma de fazê-lo, senão revisando as relações com nossos irmãos, para melhorá-las e assim viver a unidade querida por Jesus: “Que todos sejam um”.

Visto em: http://www.paginaoriente.com/anoeclesiastico/trindadesanta.htm.

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Sermão do Padre René Trincado Domingo da Santíssima Trindade

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México, 26 de Maio de 2013

Tradução: Capela Nossa Senhora das Alegrias - Vitória/ES
Observações: capela@nossasenhoradasalegrias.com.br



A GUERRA NÃO É VOSSA MAS SIM DE DEUS


Houve um rei de Judá, chamado Josafat, que governou com temor de Deus. É muito elogiado por muitas obras santas que fez, como, por exemplo, quando se diz na Escritura que “varreu da terra o resto dos efeminados que haviam ficado do tempo de sua pátria Asá” (1 Reis, 22-47).

Em certa ocasião o Reino de Judá se viu gravemente ameaçado por uma aliança poderosa das nações vizinhas, humanamente impossível de vencer. O Rei Josafá, muito angustiado, suplicou o auxilio divino diante de todo o povo. Ao finalizar sua oração, um profeta chamado Jahaziel, se levantou e disse: “Ouvi, toda Judá, e vós moradores de Jerusalém, e tú, rei Josafá. O Senhor os disse: não temais nem se amedronteis diante desta tão grande multidão, porque a guerra não é vossa senão de Deus. Não temais nem desanimeis; marchai contra eles porque o Senhor está convosco” (2 Cron. 20 15,17). Cheio de valor, de confiança em Deus, e desprezando os meios puramente humanos, marchou o rei na cabeça do seu pequeno exército contra os poderosos inimigos, e estes foram esmagados por obra de Deus. A guerra não era sua, era de Deus.

A ORDEM DE BATALHA DE CRISTO

No Evangelho de hoje, festa da Santíssima Trindade, nos diz Nosso Senhor: “Ide e ensinai a todas as gentes batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo: ensinando-as a observar todas as coisas que os hei mandado: e olhai que estou convosco todos os dias até o fim dos tempos”.

Dado que o diabo se opõe sempre a extensão do Reino de Deus, com essas palavras Cristo nos deu uma verdadeira ordem de batalha, pois ir a conquistar para Ele todas as gentes, implica marchar contra todos os demônios e seus exércitos humanos. Por isso a Igreja dos vivos se chama “militante”, é dizer, combatente, e Santo Eusébio, comentando este Evangelho, diz que Nosso Senhor, fazendo-nos exército do Reino dos Céus, nos dispôs para a guerra contra os inimigos.

São João Crisóstomo assinala que Cristo veio dar início a guerra católica e que por isso manifestou desde um começo a classe de combate que havíamos de sustentar, mais terrível que toda guerra civil. E, por sua parte, São Jerônimo diz sobre este Evangelho, que Nosso Senhor, ao prometer estar conosco, seus discípulos, até o fim dos tempos, indica que venceremos sempre.

Se a guerra é de Deus e não nossa, não devemos buscar, para livrar-se dela, socorros humanos, senão que devemos aderir por inteiro a fé. Quanto menos buscarmos os apoios terrenos – diz Santo Ambrósio – mais encontraremos os auxílios divinos.

VATICANO II: A PAZ DO DIABO

Pois bem, depois de quase vinte séculos de guerra, de resistência da Igreja entre duros combates, finalmente veio o demônio com sua obra mestra, o Concílio Vaticano II, a converter em letra morta a ordem de batalha de Cristo: o liberalismo, batizado no concílio, acabou com a guerra: se assinou por fim a paz com o demônio, com o mundo e com a carne.

Se existe direito a não ser católico, a liberdade religiosa e de consciência, como ensinam os maçons e os documentos conciliares: se fora da Igreja há salvação, se não há inferno ou está vazio, como pretendem os modernistas; para que ir batizar e evangelizar? Para que ir combater? Melhor ir dialogar para corrigir os meros maus entendidos que impedem a realização da paz mundial, dessa unidade dos homens não fundada em Cristo, que é o novo fim da Igreja, segundo os liberais e os hereges modernistas. O santo espírito missionário foi destruído pelo concílio, e seu lugar foi usurpado pelo diálogo ecumênico que não é outra coisa que a continuação daquele diálogo catastrófico entre Eva e a serpente.

SE DERRUBA DESDE DENTRO O ÚLTIMO BASTIÃO

Contra este engano diabólico se levantou nosso fundador, Monsenhor Lefebvre, mas 40 anos depois vemos que a congregação que lutava gloriosamente contra o liberalismo, está abandonando gradualmente a trincheira, está deixando paulatinamente de combater e está mendigando migalhas a seita conciliar.

Perdida a esperança na conversão de Roma pelo poder divino – coisa que parece impossível aos que deixaram de confiar inteiramente em Deus – e esquecendo que esta guerra não é dos homens senão de Deus; se busca um auxílio humano, uma aliança adúltera com os liberais moderados, a ajuda de uns supostos “novos amigos em Roma” (Cor Unum 101), se pretende um acordo de paz com o inimigo (esteve a ponto de firmar-se no ano passado), se pensa que estando na estrutura oficial, converteremos os modernistas e restauraremos a Igreja. Mas tudo isto não é mais que uma horrorosa ilusão, e esta ilusão está fazendo baixar os braços aos que combatiam valorosamente por Cristo: “Não se vem já na Fraternidade os sintomas dessa diminuição na confissão da Fé?” diziam os três bispos ao Conselho Geral na carta de 7 de abril do ano passado. O combate diminui, o diálogo aumenta. Mas o conciliador termina conciliar.

NÃO VIM TRAZER PAZ SENÃO ESPADA

Contra esses sonhos pacifistas tão característicos dos liberais, estão as palavras eternas de Cristo: “Não vim trazer paz, senão a espada [ou divisão]” (Mt. 10, 34; Lc 12,51). Uma é a espada da paz do mundo; outra é a paz de Cristo. “Vos deixo a paz, minha paz dou-Vos; não como o mundo no-la dá, Eu dou-Vos. Não se perturbe o vosso coração, nem tenhais medo” (Jo. 14, 27).

Há uma paz boa e há uma paz má. E há uma divisão boa e uma divisão má. A paz segundo o mundo é a união dos homens para o bem ou para o mal, “a paz de Cristo é a união que Ele estabelece entre o Céu e a terra por sua Cruz” (Col. 1), diz São Cirilo citando São Paulo, e agrega que é má a paz quando separa do amor divino. E São João Crisóstomo, falando da boa espada ou divisão, diz que o médico, a fim de conservar o resto do corpo, corta o que tem por incurável. E acrescenta que uma divisão boa terminou com a má paz que havia na torre de Babel e que São Paulo, por sua vez, dividiu a todos os que se haviam unido contra ele (Atos 23), porque nem sempre a concórdia é boa e os ladrões também se unem [para fazer suas delinquências]  

Estimados fiéis: o fumo de Satanás, o liberalismo, entrou na Tradição por uma greta aberta desde dentro. Por isso agora se busca uma paz que não é de Cristo.

DEUS DECLAROU GUERRA

De Deus, e tanto assim que é a única guerra declarada por Deus. Em efeito, ensina São Luis Maria Grignon de Montfort em seu “Tratado da Verdadeira Devoção”, que “Deus não fez nem formou nunca mais que uma só inimizade – e inimizade irreconciliável -, que durará e aumentará até o fim; e é entre Maria e o diabo; entre os filos e servidores da Santíssima Virgem e os filos e sequazes de Lúcifer”.
 
E disse Deus: “Eu porei inimizades entre ti e a mulher e entre tua descendência e a dela (Gen. 3,15). Aí está a declaração de guerra. É Deus quem declarou a guerra. É sua guerra, não é nossa. Nosso dever é combater sem pretender colocar fim a essa guerra. Não temos direito a fazer a paz. Não temos direito a nos render. Temos o dever de guerrear. “Aos soldados cabe combater e a Deus dar a vitória”, dizia Santa Joana d’Arc.

Sendo assim, nenhum homem deve pretender fazer uma trégua com os liberais inimigos de Cristo, nem negociar um acordo de paz com os destruidores da Igreja, nem aceitar uma paz decretada pelos que – em quanto hereges modernistas – são soldados do diabo. Isso tem um nome: traição. E quem o busque ou está disposto a aceitar essa paz também tem um nome: traidor.

Que pela intercessão de nossa Mãe, a Santíssima Virgem Maria, Deus nos conceda seguir as pegadas de todos os mártires e de todos os santos, e receber do Céu a ferrenha resolução de combater até o fim e a graça de morrer antes de trair.

“Ouvi, toda Judá, e vós moradores de Jerusalém, e tú, rei Josafá. O Senhor os disse: não temais nem se amedronteis diante desta tão grande multidão, porque a guerra não é vossa senão de Deus.

Novena irresistível ao Sagrado Coração de Jesus

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De 18 a 26 de junho 2014 

FESTA MÓVEL: A Igreja celebra a Festa do Sagrado Coração de Jesus (27 de junho)
na sexta feira da semana seguinte à Festa de Corpus Christi (19 de junho).



Ó meu Jesus, que dissestes: "Em verdade vos digo, pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e ser-vos-á dado!" Eis que bato, procuro e peço a graça...

Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em vós!

Ó meu Jesus, que dissestes: "Em verdade vos digo, qualquer coisa que peçais ao meu Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá!" Eis que ao Vosso Pai, em Vosso nome, eu vos peço a graça... 


Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em vós!

Ó meu Jesus, que dissestes: "Em verdade vos digo, passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão!" Eis que, apoiado na infalibilidade das Vossas santas palavras, eu Vos peço a graça...


Pai Nosso, Ave Maria e Glória.
 

Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em vós!

Oração: Oh Sagrado Coração de Jesus, a quem uma única coisa é impossível, isto é, a de não ter compaixão dos infelizes, tende piedade de nós, míseros pecadores, e concedei-nos as graças que Vos pedimos por intermédio do Coração Imaculado da Vossa e nossa terna Mãe.

São José, Amigo do Sagrado Coração de Jesus, rogai por nós.

Salve Rainha...

Coração de Jesus, confio em vós!


Fonte:
http://farfalline.blogspot.com.br/

Festa do Corpus Christi

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Corpus Christi é uma expressão latina que significa Corpo de Cristo, é uma festa que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia.Realiza-se na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. A origem de Corpus Christi A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon que teve visões de Cristo demonstrando desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque(Juliana de Liège, nasceu entre 1191 e 1192 . Órfã aos cinco anos, foi confiada aos cuidados das monjas agostinianas do convento-leprosário de Mont-Cornillon. "Aos 16 anos teve a primeira visão, que após repetiu-se mais vezes nas suas adorações eucarísticas. A visão apresentava a lua no seu pleno esplendor, com uma faixa escura que a atravessava diametralmente. O Senhor a fez compreender o significado disso que lhe havia aparecido).Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo católico através da bula Transiturus do Mundo o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.


A festa de Corpus Christi foi decretada em 1269.

O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu corpo…isto é o meu sangue… fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Neste Sacramento, no momento da Consagração, ocorre a transubstanciação, ou seja, o pão se torna carne e o vinho sangue de Jesus Cristo, em toda Santa Missa, mesmo que esta transformação da matéria não seja visível.Corpus Christi é celebrado 60 dias após a páscoa. Podendo cair entre 21 de maio e 24 de junho

São Tomás de Aquino

O frei dominicano e doutor em Teologia Moral, Carlos Josaphat Pinto de Oliveira, relata que São Tomás compôs os textos da Missa da Solenidade e da Liturgia das Horas (comumente recitados pelos religiosos), ressaltando-se os hinos Lauda Sion e Adoro Te Devote.

Dos exercícios do bom religioso

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images1.  A vida do bom religioso deve ser ornada de todas as virtudes, para  que corresponda o interior ao que por fora vêem os homens; e com  razão, ainda mais perfeito deve ser no interior do que por fora  parece, pois lá penetra o olhar perscrutador de Deus, a quem  devemos suma reverência, em qualquer lugar onde estivermos, e em cuja presença devemos andar com pureza Angélica. Cada dia devemos renovar nosso propósito e exercitar-nos a maior fervor, como se esse fosse o primeiro dia de nossa conversão, dizendo: Confortai-me, Senhor, meu Deus, no bom propósito e em vosso santo serviço; concedei-me começar hoje deveras, pois nada é o que até aqui tenho feito.
2.  A medida da nossa resolução será nosso progresso, e grande solicitude exige o sério aproveitamento. Se aquele que toma enérgicas resoluções tantas vezes cai, que será daquele que as toma raramente ou menos firmemente propõe? Sucede, porém, de vários modos deixarmos o nosso propósito; e raras vezes passa sem dano qualquer leve omissão de nossos exercícios. O propósito dos justos mais se firma na graça de Deus, que em sua própria sabedoria; nela confiam sempre, em qualquer empreendimento. Porque o homem propõe, mas Deus dispõe, e não está na mão do homem o seu caminho (Jer 10,23).
  • Quando, por motivo de piedade ou proveito do próximo, se deixa alguma vez o costumado exercício, fácil é reparar depois essa falta; omiti-lo, porém, facilmente, por enfado ou negligência, já é bastante culpável,e sentir-se-á o prejuízo. Esforcemo-nos quanto pudermos, ainda assim cairemos em muitas faltas; contudo, devemos sempre fazer um propósito determinado, mormente contra os principais obstáculos do nosso progresso espiritual. Devemos examinar e ordenar tanto o interior como o exterior, porque ambos importam ao nosso aproveitamento.
3.  Se não podes continuamente estar recolhido, recolhe-te de vez em quando, ao menos uma vez por dia,pela manhã ou à noite. De manhã toma resoluções, e à noite examina tuas ações: como te houveste hoje em palavras, obras e pensamentos, porque nisso, talvez não raro, tenhas ofendido a Deus e ao próximo. Arma-te varonilmente contra as maldades do demônio; refreia a gula, e facilmente refrearás todo apetite carnal. Nunca estejas de todo desocupado, mas lê ou escreve ou reza ou medita ou faze alguma coisa de proveito comum. Nos exercícios corporais, porém, haja toda discrição, porque não convém igualmente a todos.
4.  Os exercícios pessoais não se devem fazer publicamente, mais seguro é praticá-los secretamente. Guarda-te de ser negligente nos exercícios da regra, e mais diligente nos particulares; mas, satisfeitas inteira e fielmente as coisas de obrigação e preceito, se tempo sobrar, ocupa-te em exercícios, conforme te inspirar a tua devoção. Nem todos podem ter o mesmo exercício; um convém mais a este, outro àquele. Até do tempo depende a conveniência e o atrativo das práticas; porque umas são mais apropriadas para os dias festivos, outras para os diascomuns; dumas precisamos para o tempo da tentação, de outras no tempo de paz e sossego. Numas coisas gostamos de meditar quando estamos tristes, e noutras quando estamos alegres no Senhor.
5.  À volta das festas principais devemos renovar os nossos bons exercícios e com mais fervor implorar a intercessão dos santos. De uma para outra festividade devemos preparar-nos, como se então houvéssemos de sair deste mundo e chegar à festividade eterna. Por isso, devemos aparelhar-nos diligentemente, nos tempos de devoção, com vida mais piedosa e observância mais fiel de todas as regras, como se houvéssemos de receber em breve o galardão do nosso trabalho.
6.  E, se for adiada essa hora, tenhamos por certo que não estamos ainda bem preparados nem dignos de tamanha glória que, a seu tempo, se revelará em nós, e tratemos de nos preparar para a morte. Bem-aventurado o servo.Diz o evangelista São Lucas, a quem o Senhor, quando vier, achar vigiando. Em verdade vos digo que o constituirá sobre todos os seus bens (12, 37 e 43).
Imitação de Cristo – Tomás de Kempis

Fonte:

Prática da humildade

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93875583_oVamos agora à prática: vejamos o que temos a fazer para sermos verdadeiramente humildes, não de nome mas de fato.
1. Ter horror ao orgulho
Primeiro que tudo, devemos conceber um grande horror pelo orgulho, porque Deus, como acima vimos, resiste aos orgulhosos e priva-os das suas graças. Um padre, sobretudo para se conservar casto, necessita duma assistência particular de Deus; como pois, se for orgulhoso, poderá guardar a castidade, quando o Senhor lhe retirar o auxílio, em castigo do seu orgulho?
O orgulho, diz o Sábio, é o sinal duma ruína próxima. Por isso Sto. Agostinho chega a dizer que, de certo modo, é proveitoso aos orgulhosos caírem nalgum pecado manifesto, para que aprendam a humilhar-se e a desprezar- se a si próprios. Assim Davi caiu em adultério, por falta de humildade, como depois confessou nestes termos: Pequei antes de ser humilhado.
Diz S. Gregório que o orgulho produz a impudicícia; porque a carne precipita no inferno os que se deixam enfatuar pelo espírito de orgulho. Está no meio deles o espírito de fornicação… E a arrogância de Israel se ostenta no seu rosto. Perguntai a um impudico porque recai sempre nas mesmas torpezas: Respondebit arrogantia: responderá por ele o orgulho, apresentando-se como causa; porque o Senhor castiga a audácia presunçosa do orgulhoso, permitindo- lhe que se afunde nas suas baixezas. Como diz o Apóstolo, foi o castigo infligido outrora ao orgulho dos sábios do mundo: Por isso os entregou Deus aos desejos do seu coração, à impureza, para que desonrassem o seu próprio corpo. O demônio não teme os orgulhosos. Refere Cesário (Dial. l. 4. c. 5) que um dia um possesso, tendo sido levado a um mosteiro de Citeaux, o abade chamou para junto de si um jovem religioso, com grande fama de virtude, e disse ao demônio: Se este religioso te mandasse sair, ousarias tu resistir? — “Desse não tenho eu medo, porque é orgulhoso, respondeu o espírito maligno”. — S. José Calasâncio dizia que um padre orgulhoso é nas mãos do demônio como uma péla de jogar, que ele arremessa e faz cair onde lhe apraz.
Sempre os santos têm temido mais o orgulho e a vanglória que todo os males temporais. Conta Súrio (8 de jan. V. S. Sever.) que um santo homem, a quem os seus milagres atraíam a estima e veneração de todo o mundo, pediu ao Senhor que o tornasse possesso do demônio, para se pôr a salvo das freqüentes tentações de vanglória, que o assaltavam; foi ouvido, e permaneceu possesso durante cinco meses, passados os quais foi livre do espírito infernal, e ao mesmo tempo do espírito de vaidade que o atormentava. Neste intuito permite Deus que os próprios santos estejam expostos às tentações de impureza e, apesar das suas súplicas, persistam no combate. Foi o que aconteceu a S. Paulo, como ele escreveu: Para que a grandeza destas revelações me não fizesse orgulhar, foi-me dado o aguilhão da carne, um anjo de Satanás que me prega bofetadas. Por essa causa três vezes pedi a Deus que me livrasse dele; e respondeu-me: Basta-te a minha graça; porque a virtude aperfeiçoa-se na fraqueza. Assim, diz S. Jerônimo, foi dado a S. Paulo o aguilhão da carne, como despertador para o conservar na humildade. Donde S. Gregório conclui que, para se conservar a castidade em toda a sua integridade, é necessário confiá-la à guarda da humildade.
Façamos aqui uma reflexão: Para humilhar o orgulho do povo egípcio, mandou-lhe o Senhor como tormento, não ursos ou leões, mas rãs. Que quer isto significar? Que algumas vezes permite Deus que sejamos atormentados por certas palavras insignificantes que ouvimos, por pequenas aversões, por coisas de nada, para que reconheçamos a nossa miséria e nos humilhemos.
2. Não se gloriar do bem praticado
Em segundo lugar é necessário que estejamos prevenidos contra a vaidade, por qualquer bem de que sejamos instrumentos, — nós principalmente que nos achamos erguidos à sublime dignidade do sacerdócio. Como são altos os nossos ministérios! Foi-nos confiada a augusta função de oferecer a Deus o seu próprio Filho. Como diz S. Paulo, foi-nos conferida a missão de reconciliar os pecadores com Deus, pela pregação e administração dos sacramentos.
Somos os embaixadores e vigários de Jesus Cristo, órgãos de Espírito Santo. São as mais altas montanhas, diz S. Jerônimo, que estão mais expostas aos ventos impetuosos; assim, quanto mais sublime é o nosso ministério, tanto mais sujeitos estamos aos assaltos da vanglória. Todos nos estimam, e nos olham como sábios e santos; facilmente se perturba a cabeça dos que estão em grandes alturas. Quantos padres, por falta de humildade, caíram no precipício! Montano chegou a fazer milagres, e depois a ambição fez dele um heresiarca. Taciano compôs muitos e belos escritos contra os idólatras, e o orgulho fê-lo cair também na heresia. O irmão Justino, franciscano, foi precipitado pelo orgulho, dos mais altos graus da contemplação, na apostasia, e morreu como réprobro. Na Vida de S. Palemon se lê que um monge, caminhando sobre carvões ardentes se gloriava e dizia: “Qual de vós pode caminhar sobre brasas, sem se queimar?” S. Palemon repreendeu-o, mas o desgraçado encheu-se de orgulho, caiu num pecado e morreu em mau estado. Dominado pelo orgulho, o homem espiritual é o mais culpado de todos os bandidos, porque o que ele arrebata não são bens de terra, é a glória do Céu. S. Francisco tinha o costume de fazer esta súplica: “Senhor! guardai vós mesmo os bens que me derdes; de contrário, eu vo-los roubaria”. Tal é a oração que também nós, os padres devemos fazer. Digamos sempre com S. Paulo: Tudo quanto sou, à graça de Deus o devo. De fato, segundo o mesmo Apóstolo, somos incapazes, não só de boas obras, mas até de termos de nós mesmos um bom pensamento. Daí a advertência que o Senhor nos faz:
Uma vez cumprido o que vos é prescrito, dizei: Somos servos inúteis; só fizemos o que era do nosso dever. Que podem aproveitar a Deus todas as nossas obras? que necessidade pode ele ter dos nossos bens? Sois vós o meu Deus, dizia Davi, não careceis dos meus bens. Em Jó lê-se: Se fizerdes o bem, o que é que lhe dais? Que dádiva podeis oferecer a Deus, que o torne mais rico? Somos ainda servos inúteis, porque tudo quanto fazemos nada é, para um Deus que merece um amor infinito e tanto sofreu por nosso amor. Razão por que o Apóstolo dizia de si mesmo: Se pregar o Evangelho, não tenho que me gloriar disso, porque é dever meu fazê-lo43. Por dever e também por gratidão estamos obrigados a fazer por Deus o que pudermos, e tanto mais que tudo o que fazemos é mais obra sua do que nossa. “Quem não mofaria das nuvens, se elas se gloriassem da chuva que nos dão?” É S. Bernardo quem assim fala, e acrescenta que nas obras dos santos os louvores devem ir menos para os que as fazem, do que para Deus, que se serve deles para as fazer. No mesmo sentido diz Sto. Agostinho, dirigindo-se a Deus: Se algum bem há, grande ou pequeno, é de vós que ele promana; da nossa parte só há mal. E noutro lugar: Quem vos apresentar como seus alguns merecimentos, que vos apresentará senão os vossos dons?
Assim, quando fazemos algum bem, devemos dizer ao Senhor: O que das vossas mãos temos recebido, é o que vos retribuímos. Quando Sta. Teresa fazia ou via fazer alguma obra boa, louvava a Deus, dizendo que dele derivava todo o bem. Dali esta advertência de Sto. Agostinho, — que, se a humildade não caminhar na vanguarda, tudo quanto fizermos de bem se tornará presa do orgulho. Está o orgulho como de emboscada para fazer perecer as nossas boas obras. É o que fazia dizer a S. José Calasâncio: quanto mais Deus nos favorece com graças particulares, tanto mais nos devemos humilhar, se não queremos perder tudo.
Por um pouco de estima própria se compromete tudo. Multiplicar atos de virtude, sem a humildade, é o mesmo que lançar poeira ao vento, diz S. Gregório. E Tritêmio ajunta: Se desprezais os outros, tornais-vos piores que todos.
Nunca os santos se gloriam das suas vantagens, antes procuram fazer conhecer aos outros o que pode redundar em confusão sua. O Pe. Vilanova, da Companhia de Jesus, não tinha nenhuma repugnância em dizer a toda agente que o seu irmão era um pobre artista. O Pe. Sacchini, da mesma Companhia, encontrando em público seu pai, que era um pobre almocreve, correu logo a abraçá-lo, exclamando: “Ó! eis o meu pai!” Cuidemos de ler as Vidas dos santos, e perderemos o orgulho: nelas encontramos atos heróicos, e cuja vista coraremos de tão pouco havermos feito.
3. Manter-se na desconfiança de si mesmo
Em terceiro lugar, é necessário que vivamos numa contínua desconfiança de nós mesmos. Se Deus nos não assistir, não poderemos conservar-nos na sua graça: Se Deus não guardar a cidade, debalde vigiará o que a guarda.
Há santos que, com pouca ciência, converteram povos inteiros. Santo Inácio de Loyola fazia em Roma discursos familiares, e até cheios de expressões impróprias; apesar disso, como eram palavras que saíam dum coração humilde e abrasado do amor de Deus, produziam um tal fruto, que os ouvintes iam logo confessar-se com tantas lágrimas que mal podiam falar.
Pelo contrário, há sábios que pregam e, com toda a sua ciência e eloqüência, não convertem uma só alma. É sobre eles que recai esta palavra de Oséas: Dá-lhes um seio estéril e peitos sem leite. Inchados com o seu saber, tais pregadores são mães estéreis, mães apenas de nome e sem filhos. E, se os filhos dos outros vem pedir-lhes leite, morrerão à míngua, porque os orgulhosos só estão cheios de vento e fumo; só têm a ciência que incha5 Tal a desgraça a que os sábios estão expostos. É difícil, como escrevia o cardeal Belarmino a seu sobrinho, que um sábio seja muito humilde, que não despreze os outros, que não critique as suas ações; que não se apegue ao seu próprio juízo, e se sujeite de boa vontade ao pensar dos outros e às suas correções.
Sem dúvida, quem prega não deve falar ao acaso; é necessário que tenha meditado e estudado; mas, depois de termos preparado o nosso discurso, e depois de o pronunciarmos com clareza e facilidade, devemos dizer: Servi inutiles sumus. O fruto dele não devemos esperá-lo do nosso trabalho, mas da graça de Deus. Com efeito, que proporção pode haver entre as nossas palavras e a conversão dos pecadores? Poderá gloriar-se o machado, em detrimento de quem se serve dele?Terá direito a dizer-lhe: Fui eu que cortei esta árvore; não foste tu? Somos como bocados de ferro incapazes de nos movermos, se o próprio Deus nos não imprimir o movimento. Disse o divino Mestre: Sem mim, nada podeis; o que Sto. Agostinho comenta assim: Não diz: Sem mim pouco podeis; mas diz: Nada podeis. E de si mesmo diz o Apóstolo: Por nós mesmos, nem um bom pensamento podemos formas. Se nem um bom pensamento podemos ter, quanto menos fazer uma boa obra! Nem o que planta, nem o que rega é coisa alguma, só é tudo Deus, que dá o crescimento. Não são o pregador e o confessor que por suas palavras fazem crescer as almas na virtude; é Deus quem faz tudo. Donde S. João Crisóstomo conclui: Reconheçamos a nossa inutilidade, para que nos tornemos úteis. Assim, quando nos louvarem, devolvamos logo a honra para Deus, único a quem ela pertence e digamos: Só a Deus a honra e a glória! E, quando a obediência nos impuser algum cargo, ou mandar alguma ação, não nos deixemos ir à desconfiança, considerando a nossa incapacidade; confiemos em Deus que, falando-nos pela boca do superior nos diz: Eu estarei na vossa boca.
O Apóstolo dizia: De bom grado me gloriarei nas minhas enfermidades, para que a virtude de Jesus Cristo habite em mim. É o que nós devemos também dizer: devemos gloriar-nos no conhecimento da nossa fraqueza, para adquirirmos a virtude de Jesus Cristo, a santa humildade. Ó! que grandes coisas podem levar a cabo os humildes! Nada lhes é difícil, diz S. Leão. De fato, os humildes, confiando em Deus, operam com o braço de Deus e conseguem quanto querem. Os que operam no Senhor crescerão em força. S. José Calasâncio dizia: “Quem quer que Deus se sirva dele para grandes coisas, deve procurar ser o mais humilde de todos”. Só ao humilde pertence dizer: Posso tudo naquele que me conforta. Esse, à vista duma empresa difícil, não perde a coragem, antes diz confiado: Com o auxílio de Deus faremos grandes coisas. Para converter o mundo, não quis Jesus Cristo escolher homens poderosos e sábios, mas pescadores pobres e ignorantes, porque eram humildes e não confiavam nas suas próprias forças: Escolheu Deus as coisas fracas do mundo, para confundir os fortes… para que nenhuma carne se glorie na sua presença.
Não nos deve lançar no desalento a consideração dos nossos defeitos.
Por dolorosa que seja a facilidade com que recaímos nas mesmas faltas, apesar das resoluções tomadas e das promessas que fazemos a Deus, não nos abandonemos à desconfiança, como o demônio nos insinua, para nos precipitar em pecados mais graves. Então mais que nunca devemos avivar a nossa confiança em Deus, servindo-nos dos próprios defeitos para mais confiarmos na misericórdia divina, conforme a palavra do Apóstolo: Todas as coisas concorrem para o nosso bem. A Glosa acrescenta: “Até os nossos pecados”. Por vezes permite o Senhor que se caia, ou se recaia em certa falta, para que se aprenda a não confiar nas próprias forças, mas sim no socorro divino. Era o que fazia dizer a Davi: Senhor, permitiste as minhas quedas para meu bem.
4. Aceitar as humilhações
Em quarto lugar, para adquirir a humildade, é necessário acima de tudo que aceitemos as humilhações, que nos advierem, ou de Deus ou dos homens, dizendo então com sinceridade: Tenho pecado, sou verdadeiramente culpado, e não tenho sido castigado como merecia. Pessoas há, nota S. Gregório, que se dizem pecadoras e dignas de todo o desprezo, mas não se crêem tais; porque apenas são desprezadas ou repreendidas logo se irritam.
São muitos os que têm as aparências da humildade, diz igualmente Sto. Ambrósio, mas sem terem dela a realidade73. Fala Cassiano74 dum certo monge que protestava em altas vozes que era um grande pecador, indigno de permanecer sobre a terra. Na mesma ocasião foi repreendido duma falta considerável pelo abade Serapion: era de andar ocioso pelas celas dos outros, em vez de estar na sua, conforme o preceito da regra. Mas logo esse monge se perturbou, dando sinais exteriores de sua agitação. Então lhe disse o abade: “Como é isso, meu filho! Acabaste de te declarares digno de todos os opróbrios, e dás-te por magoado com a advertência caridosa que te fiz?” O mesmo acontece a muitos que desejariam ser tidos por humildes, mas que não querem sofrer nenhuma humilhação. Homem há, diz o Sábio, que se humilha com vistas humanas, mas tem o coração cheio de malícia. Procurar ser louvado pela sua humildade, dizia S. Bernardo, não é efeito, mas ruína da humildade. É isso alimentar o orgulho com a ambição de ser humilde. Quem é verdadeiramente humilde, não contente com ter de si mesmo uma baixa idéia, quer ainda que os outros a tenham também. É humilde, diz S. Bernardo, quem muda a humilhação em humildade. Quer isto dizer que o homem verdadeiramente humilde, ao receber desprezos, se humilha ainda mais, dizendo que bem os mereceu.
Pensemos enfim que, se não formos humildes, não só não faremos nenhum bem, mas nem mesmo chegaremos a salvar-nos: Se não vos converterdes, e não vos tornardes como pequeninos, não entrareis no reino dos céus. É necessário portanto, para entrarmos no Céu, fazermo-nos como criancinhas, não pela idade, mas pela humildade. Segundo S. Gregório, assim como o orgulho é um sinal da reprovação, a humildade é um sinal de predestinação. E S. Tiago nos dá estes aviso: Resiste Deus aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes. Para os orgulhosos fecha o Senhor a sua mão e retém as suas graças; mas abre-as para os humildes. — Sê humilde, diz o mesmo Eclesiástico, e espera da mão de Deus todas as graças que desejares. E o nosso Salvador diz: Na verdade, na verdade vos digo, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer nela, permanecerá só e estéril; mas se morrer produzirá muito fruto. O padre que morre ao orgulho, há de fazer muito fruto; o que não morre a si mesmo, o que é sensível aos desprezos, ou confia nos seus talentos, ipsum solum manet, esse permanecerá só, e nenhum fruto produzirá, nem para si, nem para os outros. 
A Selva – Sto Afonso de Ligório

Fonte:

Dom Antônio de Castro Mayer fala sobre Fátima - Bom Jesus R.J - 1978

Pela Santa Missa podemos satisfazer a justiça divina pelos pecados

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missa_antiga3A segunda obrigação que temos para com DEUS é de satisfazer à sua justiça por tantos pecados cometidos. Oh! Que dívida imensa esta! Um único pecado mortal pesa tanto na balança da Justiça Divina que não bastariam, para expiá-lo, todas as boas obras de todos os mártires e de todos os santos passados, presentes e futuros.
No entanto com o Santo Sacrifício da Missa, se considerarmos o seu valor intrínseco e seu preço, pode-se satisfazer plenamente por todos os pecados cometidos.
E aqui buscai compreender quanto de reconhecimento deveis a JESUS . Pensai-o bem: é Ele o ofendido; entretanto, não contente de no Calvário ter satisfeito por nós à Justiça Divina, deu-nos e continua a dar-nos incessantemente o meio de apaziguá-la no sacrifício da Santa Missa, pois ai renova a oferenda que, na Cruz, fez a DEUS PAI, pelos pecados do Mundo inteiro. O mesmo sangue que derramou para resgatar o gênero humano é aplicado e oferecido especialmente na Santa Missa pelos pecados daquele que a celebra ou manda celebrar, e de todos os que participam deste augusto Sacrifício. Não que o Sacrifício da Santa Missa apague por si mesmo e imediatamente nossos pecados, como é o caso do sacramento da Confissão; mas obtém que eles nos sejam apagados, proporcionando-nos, seja no momento mesmo da Santa Missa, seja em outra ocasião oportuna, boas inspirações, movimentos salutares e graças atuais que nos são indispensáveis para nos arrependermos dignamente de nossas faltas. Só DEUS sabe quantas almas escaparam das garras do pecado pelos socorros extraordinários que lhes provieram deste divino Sacrifício!
 
Assim conquanto às almas em estado de pecado mortal não lhes aproveite o valor no que tem de propiciatório, todos os pecadores deviam assistir muitas vezes à Santa Missa para alcançar mais facilmente a graça da conversão. Quanto às almas vivendo em paz com DEUS, o Sacrifício da Santa Missa lhes dá uma força surpreendente para se manterem nesse estado e, conforme a opinião comum, são apagados todos os pecados veniais, casso tenham ao mesmo tempo um arrependimento geral.
É o que ensina claramente Santo Agostinho: “Se alguém assiste devotamente à Santa Missa, não cairá em pecado mortal e os pecados veniais lhe serão perdoados”.
Narra São Gregório que uma pobre mulher encomendava a celebração de Santas Missas, todas as segundas-feiras, em ação de graças, para o seu marido, que ela julgava morto, pois ele caíra nas mãos dos bárbaros.
Estava vivo, porém, e durante o tempo em que se celebravam essas Santas Missas, a cadeias se lhe soltavam dos pés e das mãos e lhe caíam as algemas, e ele ficava livre e desembaraçado, como, ao libertar-se da escravidão, pôde contar a sua mulher. Quanto mais devemos crer na eficácia deste Sacrifício para desatar os laços espirituais, isto é, os pecados veniais, que de certo modo mantém cativa a alma, impedindo-a de agir com a liberdade e o fervor que ela teria, não fossem esses entraves.
Ó bem-aventurada Santa Missa, que nos restitui a liberdade de filhos de DEUS, e satisfaz todas as penas devidas por nossos pecados!
Mas então, me direis, basta assistir ou encomendar uma única Santa Missa para pagar as maiores dívidas com DEUS, em vista de tantos pecados cometidos, pois, sendo infinito o seu valor, com ela daremos a DEUS uma satisfação infinita. – Devagar!, eu vos peço.
Realmente, se bem que o valor do Santo Sacrifício seja infinito, deveis saber entretanto, que DEUS o aceita numa medida limitada e finita, mais ou menos, conforme a devoção maior ou menor de quem o celebra, manda celebrar, ou a ele assiste.
Quorum tibi fides cógnita est et nota devotio, diz a Santa Igreja no Cânon da Santa Missa, e, por esta linguagem, dá-nos a entender o que ensinam expressamente os Doutores, e é, que a maior ou menor satisfação proporcionada pela Santa Missa, quanto à pena devida por nossos pecados, depende da disposição de quem a celebra ou a ela assiste.
Note-se aqui o erro daqueles que preferem as missas mais curtas e menos devotas, ou, o que é pior, que a elas assistem com pouca ou nenhuma devoção. É verdade que todas as Missas são iguais do ponto de vista do Sacramento, como ensina São Tomás; não o são, porém, quanto aos efeitos que delas provêm. Quanto maior a piedade atual ou habitual do celebrante, maior será o fruto de seu sacrifício. Assim, não fazer diferença entre um padre mais fervoroso e outro menos, seria o mesmo que, para pescar, lançar mão indiferentemente de uma rede de malhas pequenas ou grandes.
Diga-se o mesmo dos que assistem à Santa Missa. E ainda que eu vos exorte, o mais que posso, a assistir muitas vezes à Santa Missa, advirto-vos de procurar, sobretudo assistir a cinquenta, mais glória dais a DEUS com aquela única Missa, e retirais mais fruto, mesmo desse que chamamos ex opere operato, do que o outro há de tirar de cinquenta, apesar do número considerável.
 
“Na satisfação, olha-se mais a piedade do oferente que a quantidade da oblação”. “In satisfactione magis attenditur affectus offrentis quam quantitas oblationis”, diz São Tomás.
Pode acontecer, sem dúvida, (como afirma um sério autor) que, com uma única Missa, assistida com extraordinária devoção, se dê satisfação à Justiça de DEUS, por todos os pecados ainda do maior pecador, conforme se depreende do Santo concílio de Trento, que diz: “Graças à oferenda deste santo Sacrifício, DEUS concede o dom da verdadeira penitência, e por ela o perdão dos pecados, ainda os mais graves”.
No entanto, visto que conhecermos claramente a disposição interior com que assistimos à Santa Missa, nem a satisfação correspondente devemos ter o cuidado em assistir a muitas, o mais que pudermos, e assistir com todo o amor e devoção possíveis. Felizes de vós se depositardes uma grande confiança em DEUS, que tão admiravelmente exerce Seu Amor neste Divino Sacrifício, e se assistirdes com fé, fervor e reverência, a todas as Santas Missas que puderdes!
Afirmo-vos que podeis alimentar a doce esperança de alcançar diretamente o Paraíso, sem passar pelo Purgatório.
À Santa Missa, portanto, à Santa Missa! E que jamais se ouça de vossos lábios esta palavra escandalosa: “Uma missa a mais, uma missa a menos não tem importância”.
 
“As Excelências da Missa” – São Leonardo de Porto Maurício

Fonte:

Os melhores ensinamentos que podemos dar aos nossos filhos

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O melhor Amigo : Deus
Os melhores companheiros: Os pais
A melhor lugar de se estar: O lar
A melhor felicidade: A consciência limpa
O mais belo dia: hoje
O melhor tempo: agora
A melhor regra para vencer : A disciplina
O melhor negócio : O trabalho
A melhor aquisição : O estudo
A coleção mais rica : a das boas ações
A estrada mais fácil para ser feliz: a atitude correta (a prática das virtudes)
A maior alegria: o dever cumprido
A maior força: o bem
A melhor atitude: a cortesia
O maior heroísmo: a coragem de ser bom
A maior falta: a mentira
A maior pobreza: a preguiça
O pior fracasso: o desânimo
O maior inimigo: a carne, o mundo e o Diabo
O melhor dos esportes: a prática do bem

Fonte:

http://farfalline.blogspot.com.br

Cor Jesu sacratissimum, miserere nobis!

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Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero humano, lançai os vossos olhares sobre nós, humildemente prostrados diante de vosso altar. Nós somos e queremos ser vossos; e para que possamos viver mais intimamente unidos a Vós, cada um de nós neste dia se consagra espontaneamente ao vosso Sacratíssimo Coração.
Muitos nunca Vos conheceram; muitos desprezaram os vossos mandamentos e Vos renegaram. Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso Sagrado Coração.
Senhor, sede o Rei não somente dos fiéis que nunca de Vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos que Vos abandonaram; fazei que eles tornem, quanto antes, à casa paterna, para que não pereçam de miséria e de fome.
Sede o Rei dos que vivem iludidos no erro, ou separados de Vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da fé, a fim de que em breve haja um só rebanho e um só pastor.
Sede o Rei de todos aqueles que estão sepultados nas trevas da idolatria e do islamismo, e não recuseis conduzi-los todos à luz e ao Reino de Deus.
Volvei, enfim, um olhar de misericórdia aos filhos do que foi outrora vosso povo escolhido; desça também sobre eles, num batismo de redenção e vida, aquele sangue que um dia sobre si invocaram.
Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e dai-lhe uma liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que de um a outro pólo do mundo, ressoe uma só voz: Louvado seja o Coração divino, que nos trouxe a salvação! A Ele, honra e glória por todos os séculos dos séculos. Amém.
S.S. Pio XI, 11 de dezembro de 1925.

Fonte:

Festa do Sagrado Coração de Jesus

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 Na sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, a Igreja celebra a festa do Sagrado Coração de Jesus. De acordo com os desejos de Nosso Senhor, manifestados a Santa Margarida Maria Alacoque, deve ser dia de reparação, pela ingratidão, frieza, desprezo e sacrilégios que muitas vezes sofreu na Eucaristia, por parte de maus cristãos, e às vezes até por parte de pessoas que se presumem piedosas. Em todas as igrejas se fazem neste dia, solenes atos coletivos de reparação. Para estimular os cristãos e retribuir com amor tantas e tão grandes provas de amor do Divino Coração de Jesus, dedicou à sua veneração, não só a primeira sexta-feira de cada mês, mas também um mês inteiro, o mês de junho.

No dia 16 de junho de 1675, durante uma exposição do Santíssimo Sacramento, Nosso Senhor apareceu a Santa Margarida Maria Alcoque e, descobrindo seu Coração, disse-lhe: “Eis o coração que tanto tem amado aos homens e em recompensa não recebe, da maior parte deles, senão ingratidões pelas irreverências e sacrilégios, friezas e desprezos que tem por Mim neste Sacramento de Amor”.

Quem é devoto do Sagrado Coração de Jesus?

“Tem devoção ao Sagrado Coração de Jesus, quem considera o amor que Jesus Cristo patenteou na sua vida, na morte e no Santíssimo Sacramento, quem considera os afetos, os sofrimentos da alma de Jesus Cristo. É devoto do Sagrado Coração de Jesus, quem ama a Jesus Cristo, imita suas virtudes; quem Lhe faz reparação honorífica dos ultrajes que recebe e tudo isto, para corresponder ao amor que Ele nos vota”.

“O Sagrado Coração de Jesus, na “GRANDE PROMESSA”, concedeu a inestimável graça da perseverança final aos que comungarem na primeira sexta-feira de nove meses seguidos. Pelo que se introduziu o exercício de devoções em honra do Sagrado Coração, na primeira sexta-feira de cada mês. Além da graça prometida, ganha-se uma indulgência plenária (Comunhão, reparação, oração e meditação por algum tempo sobre a infinita bondade do Sagrado Coração). (Pe. Réus: “Orai”)Jesus, portanto, quer que Lhe demos amor e reparação das ofensas contra a Eucaristia, honrando e venerando o seu divino Coração. E como para nos obrigar a isto, fez as seguintes magníficas promessas, em que fala a misericórdia do seu Sagrado Coração:

AS PROMESSAS

<> Dar-lhes-ei todas as graças necessárias ao seu estado.
<> Porei paz em suas famílias.
<> Consolá-los-ei em todas as suas aflições.
<> Serei o seu refúgio na vida e principalmente na morte.
<> Derramarei abundantes bênçãos sobre todas as suas empresas.
<> Os pecadores acharão no meu Coração o manancial e o oceano infinito de misericórdia.
<> As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas.
<> As almas fervorosas| altear-se-ão, rapidamente, às eminências da perfeição.
<> Abençoarei as casas, onde se expuser e venerar a imagem do meu Sagrado Coração.
<> Darei aos sacerdotes o dom de abrandarem os corações mais endurecidos.
<> As pessoas que propagarem esta devoção, terão os seus nomes escritos no meu Coração, para nunca dele serem apagados.
<> A GRANDE PROMESSA: Prometo-te, pela excessiva misericórdia e pelo amor todo-poderoso do meu Coração, conceder a todos que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, a graça da penitência final, que não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os seus sacramentos, e que o meu Divino Coração lhes será seguro asilo nesta última hora.

Segue abaixo, a ficha de controle para as pessoas que se dispuserem a fazer as Comunhões Reparadoras ao Sagrado Coração de Jesus:

MINHAS COMUNHÕES REPARADORAS:

EU, ___________________________________________________, eu fiz a Comunhão Reparadora nas primeiras sextas-feiras dos seguintes meses:

1. No mês de ____________________ de 20___
2. No mês de ____________________ de 20___
3. No mês de ____________________ de 20___
4. No mês de ___________________ de 20___
5. No mês de ____________________ de 20___
6. No mês de ____________________ de 20___
7. No mês de ____________________ de 20___
8. No mês de ____________________ de 20___
9. No mês de ____________________ de 20___

E PROMETO ao Sagrado Coração de Jesus em levar uma vida digna de católico (a) praticante e fervoroso (a).

MINHA CONSAGRAÇÃO

Divino Salvador que, perseguido pelos inimigos e ferido no Coração pela tibieza de tantos amigos, Vos queixastes a Santa Margarida: “Tenho procurado consoladores e não os tenho encontrado...”.

Aqui estou, Senhor, para Vos consolar: Quero adorar vossa Majestade escondida, quero reparar as ofensas minhas e dos outros, quero amar o vosso amor desprezado e abandonado. Consagro-me inteiramente ao vosso Divino Coração. Sede Vós somente o meu Rei. Ajudai-me, Senhor a difundir nas almas o reino do vosso Coração. Acendei a chama do Vosso Amor no coração dos vossos sacerdotes, para que se tornem apóstolos infatigáveis e portadores das bênçãos do Vosso Divino Coração.

Fazei que compreendam, finalmente, a honra e a obrigação que têm de Vos amar, para que, unidos entre si com os laços da vossa caridade, glorifiquem todos o vosso Divino Coração, que é para nós, fonte de vida e salvação.

“Divino Coração de Jesus reine em meu coração”!

Imaculado Coração de Maria defenda e dilate nele o Reino de vosso Filho. Amém!"

ENTRONIZAI O CORAÇÃO DE JESUS EM VOSSO CORAÇÃO!

Divino Amigo, perseguido pelos inimigos e ferido no Coração pela tibieza de tantos amigos, vos queixastes a Santa Margarida: “Não acho, quem me ofereça um lugar de repouso... quero que teu Coração me sirva de asilo...”, eu quero aliviar vossa queixa e dar ao Vosso Coração o asilo, que tantas almas lhe negam, quando dizem, ao menos com as suas obras: “Não queremos que Ele reine sobre nós”. De minha parte, pelo contrário, só Vós haveis de ser o meu Rei. Vivei em mim que já não quero outra vida senão a vossa, outros interesses senão o da vossa glória esvazia inteiramente meu coração e de par em par vo-lo abro. Entrai Senhor! Dai-me o vosso Coração. Ele será o meu Rei muito amado. A Ele consagro e abandono meus interesses espirituais e temporais, meus sentidos e potências, minha vontade e todo o meu ser. Divino Coração de Jesus reine no meu coração! Imaculado Coração de Maria defenda e dilate nele o Reino de vosso Filho. Amém.

Jaculatórias: Coração Eucarístico de Jesus, Modelo do coração sacerdotal,

Tende piedade de nós! (300 dias)

Enviai Senhor, à vossa Igreja, Santos sacerdotes e fervorosos religiosos! (300 dias)

Ato de Consagração aos Sagrados Coração de Jesus 
e de Maria da Família.

"Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, a vós me consagro, assim como toda minha família. Consagramos a vós nosso próprio ser, toda nossa vida, tudo o que somos, tudo o que temos, e tudo o que amamos. A vós damos nossos corações e nossas almas. A vós dedicamos nosso lar e nosso país. Conscientes de que, através desta consagração nós, agora, vos prometemos viver cristãmente praticando as virtudes de nossa religião, sem nos envergonharmos de testemunhar a fé.

Ó Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, aceitai esta humilde oferta de entrega de cada um de nós, através deste ato de consagração.


Leitura da Epístola dos

São Paulo ao Efesios 3, 8-12 e 14-19
8.A mim, o mais insignificante dentre todos os santos, coube-me a graça de anunciar entre os pagãos a inexplorável riqueza de Cristo,9.e a todos manifestar o desígnio salvador de Deus, mistério oculto desde a eternidade em Deus, que tudo criou.10.Assim, de ora em diante, as dominações e as potestades celestes podem conhecer, pela Igreja, a infinita diversidade da sabedoria divina,11.de acordo com o desígnio eterno que Deus realizou em Jesus Cristo, nosso Senhor.12.Pela fé que nele depositamos, temos plena confiança de aproximar-nos junto de Deus. 14. Por esta causa dobro os joelhos em presença do Pai,15.ao qual deve a sua existência toda família no céu e na terra,16.para que vos conceda, segundo seu glorioso tesouro, que sejais poderosamente robustecidos pelo seu Espírito em vista do crescimento do vosso homem interior.17.Que Cristo habite pela fé em vossos corações, arraigados e consolidados na caridade,18.a fim de que possais, com todos os cristãos, compreender qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade,19.isto é, conhecer a caridade de Cristo, que desafia todo o conhecimento, e sejais cheios de toda a plenitude de Deus.

Sequência do Santo Evangelho

São João 19, 31-37
31.Os judeus temeram que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque já era a Preparação e esse sábado era particularmente solene. Rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.32.Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiro e do outro, que com ele foram crucificados.33.Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas,34.mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água.35.O que foi testemunha desse fato o atesta (e o seu testemunho é digno de fé, e ele sabe que diz a verdade), a fim de que vós creiais.36.Assim se cumpriu a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado (Ex 12,46).37.E diz em outra parte a Escritura: Olharão para aquele que transpassaram (Zc 12,10).

Fonte:

A falsa igreja conciliar é uma zombaria contra Cristo

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Parece não haver mais fim as traições que a igreja conciliar comete contra Cristo. Em todos os planos, doutrinal, moral, litúrgico, etc, em tudo se encontram provas claras de que os herdeiros do Vaticano II trabalham avidamente contra Cristo. Mas, se em questão de doutrina é necessário certo estudo para chegar a esta conclusão, por outro lado, quando olhamos a "arte" produzida por estes modernistas, não há ignorância no mundo que possa justificar a adesão de um católico sincero a este dito "progressismo", que é pregado, desde o cume, pela falsa igreja. Vejam, por exemplo, as seguintes imagens de crucifixos:









Quem, sendo verdadeiro católico, consegue olhar para eles e não sentir forte compunção pelo que estão fazendo com Nosso Senhor? Quem consegue não se revoltar contra esta seita maldita que se faz passar por Igreja Católica?
O "clero" modernista zomba de Cristo da mesma forma que outrora o fez o sinédrio. Quem é o católico sincero que pode querer estar em comunhão com tão grandes inimigos de Cristo?

30 de junho: COMEMORAÇÃO DE SÃO PAULO, APÓSTOLO

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30 de junho


COMEMORAÇÃO DE SÃO PAULO, APÓSTOLO



São Paulo nasceu entre o ano 5 e 10 da era cristã, em Tarso, capital da Cilícia, na Ásia Menor, cidade aberta às influências culturais e às trocas comerciais entre o Oriente e o Ocidente. Descende de uma família de judeus da diáspora, pertencente à tribo de Benjamim, que observava rigorosamente a religião dos seus pais, sem recusar os contatos com a vida e a cultura do Império Romano.

Os pais deram-lhe o nome de Saul (nome do primeiro rei dos judeus) e o apelidoPaulo. O nome Saul passou para Sauloporque assim era este nome em grego. Mais tarde, a partir da sua primeira viagem missionária no mundo greco-romano, Paulo usa exclusivamente o sobrenome latino Paulus.

Recebeu a sua primeira educação religiosa em Tarso tendo por base o Pentateuco e a lei de Moisés. A partir do ano 25 d.C. vai para Jerusalém onde frequenta as aulas de Gamaliel, mestre de grande prestígio, aprofundando com ele o conhecimento do Pentateuco escrito e oral.

Aprende a falar e a escrever aramaico, hebraico, grego e latim. Pode falar publicamente em grego ao tribuno romano, em hebraico à multidão em Jerusalém (Act 21,37.40) e catequizar hebreus, gregos e romanos.

Paulo é chamado “o Apóstolo” por ter sido o maior anunciador do Cristianismo depois de Cristo. Entre as grandes figuras do Cristianismo nascente a seguir a Cristo, Paulo é de fato a personalidade mais importante que conhecemos. É uma das pessoas mais interessantes e modernas de toda a literatura grega, e a sua Carta aos Coríntios é das obras mais significativas da humanidade.

Escreveu 13 cartas às igrejas por ele fundadas: cartas grandes: duas aos tessalonicenses; duas aos coríntios; aos gálatas; aos romanos. Da prisão: aos filipenses; bilhete a Filémon; aos colossenses; aos efésios. Pastorais: duas a Timóteo e uma a Tito.

Quando estava preso em Cesareia, Paulo apela para César e o governador Festo envia-o para Roma, aonde chegou na Primavera do ano 61. Viveu dois anos em Roma em prisão domiciliária. Sofreu o martírio no ano 67, no final do reinado de Nero, na Via Ostiense, a 5 quilómetros dos muros de Roma.


A CONVERSÃO

Ainda adolescente, sem idade para poder apedrejar, assistiu ao martírio do diácono Estêvão, o primeiro mártir da Igreja. (Act 8,1). Paulo, hebreu convicto, perseguia os cristãos porque os considerava hereges, como uma seita contrária à verdadeira fé, que ameaçava a autoridade religiosa do judaísmo.

No ano 35, quando Saulo tinha cerca de 30 anos, na sua luta contra os cristãos chefia um grupo que vai galopando para Damasco, com autorização dos sumos sacerdotes para eliminar um grupo de cristãos e levar os seus chefes algemados para Jerusalém.

Paulo diz que no caminho, já próximo de Damasco, se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu e lhe apareceu Cristo Ressuscitado, que lhe disse: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?» Saulo perguntou: «Quem és Tu, Senhor?» A voz respondeu: «Eu sou Jesus a quem tu persegues. Agora levanta-te, entra na cidade e e aí te dirão o que deves fazer» (Act 9,1-7). Perseguindo os membros da Igreja, Paulo estava a perseguir Cristo que é a sua Cabeça.

Após o diálogo com Cristo Ressuscitado, Paulo, de perseguidor dos cristãos torna-se um homem novo, o mais ardente missionário do Evangelho, que irá dedicar o resto da sua vida a Cristo, numa contínua identificação com Ele ao ponto de poder dizer: «Para mim viver é Cristo» (Fl 1-21); «Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.» (Gl 2,20)

Desde aquele momento começa para Paulo uma nova etapa da vida, uma grande aventura que o levará por montes, desertos, mares, aldeias e cidades do Mediterrâneo Oriental, e que terminará em Roma com o martírio. 

CHAMADO POR DEUS

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Ananias, sacerdote hebreu-cristão, faz a iniciação cristã de Paulo e administra-lhe o Batismo (Act 9,18). Jesus, falando de Paulo, disse a Ananias: «Esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o meu Nome aos pagãos, os reis e ao povo de Israel. Eu vou mostrar a Saulo quanto ele deve sofrer por causa do meu Nome.» (Act 9,15-17)

Paulo, sempre atento à voz de Deus, é conquistado por Cristo. Reconhece que está no caminho errado e decide pronta e corajosamente mudar de rumo. Depois de catequizado por Ananias, Paulo fez algumas tentativas missionárias entre os judeus que viviam em Damasco, mas passado pouco tempo teve de fugir e retirar-se durante algum tempo para o deserto da Arábia, situado entre o rio Jordão e o Eufrates. Paulo terá dedicado este tempo à sua formação, a interpretar em sentido cristão a leitura rabínica da Bíblia e as tradições religiosas de Israel.


Depois encontramo-lo novamente em Damasco «durante muitos dias» (Act 9,23) a pregar aos hebreus; mas as hostilidades, que vão aumentando contra ele, obrigam-no a fugir de noite, às escondidas. Paulo decide então ir a Jerusalém para se encontrar com Pedro (Gl 1,19) e segundo esta mesma carta este primeiro tempo de atividade cristã de Paulo durará 3 anos, ou seja, até ao ano 38 d. C.


Em Jerusalém, não obstante a amizade de Pedro e de Barnabé, Paulo sofre a contínua hostilidade dos hebreus gregos e é aconselhado a regressar a Tarso, sua cidade natal (Act 9,29s; Gl 1,21). Uma apari

ção de Jesus no Templo de Jerusalém fez-lhe compreender claramente, naqueles dias, que deveria ser o Apóstolo das gentes. (cf. Act 22,17s)

No Concílio de Jerusalém, recebe a missão de anunciar Jesus Cristo ao mundo pagão, a todos os povos (cf. Gl 2,7-9). É a esta missão que ele vai dedicar toda a sua vida, animado por um apaixonado amor a Cristo. Vai anunciar o Evangelho nas grandes cidades do Mediterrâneo, e fundar Igrejas, comunidades de homens e mulheres, livres ou escravos, judeus, gregos ou gentios que crêem em Cristo, que O amam e observam os seus mandamentos. A sua missão não é fácil. O seu passado de perseguidor da Igreja não lhe permite eliminar todas as suspeitas sobre a sua sinceridade e idoneidade. A sua vontade de procurar sempre o essencial da fé, choca com aqueles que querem misturar todas as religiões e criar novas exigências da Lei.


Perseguido pelos seus antigos colegas, tem de fugir para o deserto da Arábia para se encontrar com Deus e amadurecer a sua vocação.


O PENTATEUCO - LEI DE DEUS

Para todo o israelita e para Paulo, a Lei era Luz, sabedoria, justificação e salvação, o seu orgulho e sustentáculo. Para Paulo, a Lei foi apenas um mestre que formava e educava com os seus preceitos. Inicialmente esculpida por Moisés em pedras, era exterior ao homem, que depois a interiorizava através do estudo e observância rigorosa.


Na Nova Aliança estabelecida por Cristo, com a sua morte e ressurreição, é o próprio Deus que infunde uma «lei nova» no coração do homem, dando-lhe o seu Espírito. (Jr 31-33; Ez 36,26). A Lei Nova, que substitui a Lei Antiga, é um dom de Deus que o homem deve acolher através da fé. É a acção de Deus no homem que O acolhe e a Ele se abre. 


A SALVAÇÃO VEM DE DEUS

Paulo, anuncia Jesus Cristo, partindo de Abraão, e mostra os desígnios de Deus através de Moisés e dos Profetas. Parte da contemplação das maravilhas do cosmo para chegar a Deus, seu princípio e inteligência ordenadora. Paulo afirma que a salvação não é conquistada pelo esforço e empenho do homem, mas é dom gratuito de Deus. O Espírito de Deus e de Cristo é que se apodera do homem e se torna o seu guia interior e inspirador, no caminho indicado por Jesus. No concílio dos Apóstolos, em Jerusalém, reconhece-se que a salvação só vem de Jesus e do seu Espírito, e que não é necessário impor aos convertidos do paganismo a circuncisão e a observância de outras práticas hebraicas da lei de Moisés. (Gl 2,7-9). Para Paulo a salvação vem de Deus, através de Jesus Cristo, e não através da lei de Moisés. 


JESUS CRISTO PARA PAULO

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Para Paulo, Jesus Cristo veio ocupar o lugar que o Pentateuco (Lei) ocupava na sua mente e coração dos judeus. A Lei Nova substitui a Lei Antiga. Jesus é para ele o fim da Lei, é a Nova Aliança, a nova criação, é o único mediador da justificação e salvação do homem. 

Em 2Cor 5,18-19, Paulo escreve: «Tudo isto vem de Deus, que nos reconciliou consigo por meio de Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação.»

Em Rm 1,4 Paulo afirma:«A promessa a Abraão concretizou-se em Cristo, consti-tuído Filho de Deus com o poder do Espírito de santificação, através da ressurreição dos mortos».Jesus Cristo é a sua vida, a sua esperança, o seu apoio, o seu modelo de vida, o seu Senhor e meta. (cf. Gl 2, 19-20). Jesus Cristo é o seu ponto de referência; é com Ele que relaciona todo o seu ser.


Tudo sacrificou por Cristo. Para ele o viver é imitar Cristo, cristificar-se, anunciá-l’O e servi-l’O. Em Ef 1,10 Paulo escreve: «Deus estabeleceu reunir todas as coisas em Cristo, uni-las a Ele como Cabeça da qual recebem orientação e força». Jesus Cristo aparece como a razão profunda da história e do futuro do homem: «Cristo, a glória esperada, está em vós.» (Cl 1,27)


Jesus Cristo é o fundamento em que se apoia, é o sangue que o faz viver, o modelo que ele procura imitar, é a meta que procura alcançar. Jesus faz nascer nele o ser novo, a «nova criatura» e o «homem interior». (2Cor 4,16). 


O CENTRO DE PREGAÇÃO DE PAULO

Jesus Cristo estava sempre diante dos seus olhos e no seu coração. Aplica a Jesus Cristo tudo o que São João, no início do seu Evangelho, aplica ao Logos. Transfere para Cristo todas as qualificações fundamentais do Pentateuco. Assim, para Paulo, Jesus Cristo é vida, luz, sabedoria, salvação, norma de vida, água viva, fonte de graça e de justificação, Criador do Universo, Filho de Deus, que encarnou por obra do Espírito Santo. Passou a ter com Cristo a relação que tinha com o Pentateuco.


O credo de Paulo é estar com Cristo, viver com Cristo, entrar em comunhão com Cristo, participar no mistério da sua morte e ressurreição, receber o Espírito Santo, conformar-se a Jesus (cristificar-se), unir-se a Jesus e seguir os seus passos até ao ponto de dar a vida, crer na sua Ressurreição.


Nas suas cartas, Paulo afirma que Jesus Cristo está vivo e reconcilia os homens através do Espírito Santo. Cristo traz a salvação ao mundo. A reconciliação dos homens com Deus e entre si é possível e já começou. É através da Igreja que se realiza esta reconciliação.


Pe. João Gomes Filipe, ssp (Fonte). 


Vide também:  

Modéstia no falar

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Nota do blogue: Segue alguns textos antigos do blogue que abordam o tema da modéstia no falar, creio que nunca é demais lembrarmos deste assunto, pois a pureza é defendida também com a mortificação deste órgão tão pequeno e que faz estragos tão grandes, como diz São Tiago: "Observai como uma faísca incendeia uma floresta inteira. A língua, também, é um fogo. Como um mundo de injustiça, a língua, instalada entre nossos membros, contamina o corpo inteiro e, alimentada pelo fogo do inferno, inflama o curso da existência." (Tiago 3, 6-7).

P.S: Em alguns posts eu coloquei trechos dos textos citados, porém o interessante seria ler, se possível todos os textos (inteiros), pois a verdade sempre se repete. 

Fonte:

MODÉSTIA NO FALAR


Conversas obscenas (Fr. Frutuoso Hockenmaier, O.F.M)
Da prática da caridade nas palavras (Sto. Afonso Maria de Ligório)
Do silêncio (Sto. Afonso Maria de Ligório)
A língua - órgão da palavra (Cônego Augusto Saudreau)
As excelências da mortificação (Sto. Afonso Maria de Ligório), segue um trecho que bem se aplica ao tema proposto:

2. Mortificação do ouvido
"Evita ouvir conversas inconvenientes ou difamações, e mesmo conversas mundanas sem necessidade, pois estas enchem nossa cabeça com uma multidão de pensamentos e imaginações que nos distraem e perturbam mais tarde nas nossas orações e exercícios de piedade. Se assistires a conversas inúteis, procura quanto possível dar-lhes outra direção, propondo, por exemplo, uma importante questão. Se isso não der resultado, procura retirar-te ou, ao menos, cala-te e baixa os olhos para mostrar que não achas gosto em tais conversas." Grifos meus
O valor do silêncio (Padre Manuel Bernardes), segue um trecho que bem se aplica ao tema proposto:
"Primeiramente, a matéria das nossas palavras há de ser planaonde não ache tropeços a consciência, e limpa, onde não haja sombras e manchas contra a pureza do coração. Ó grande engano o nosso! Nós não queremos falar coisas boas, e queremos falar bem?" Grifos meus
"Se lhe apresentassem na sua mesa o pão ou qualquer outro manjar, em um prato ou vaso que houvesse servido em coisas que não são para nomear, quanto se indignaria contra o seu criado, por esta grosseria e desatenção. E quem duvida que muito mais repreensível é que a língua de um fiel, que serve de patena ao verdadeiro corpo de Cristo quando comunga, sirva de instrumento a palavras torpes e indecentes? (II – 530)

Quem usa de semelhante linguagem, por mais que se desculpe, dizendo que lhe não entra da boca para dentro, e que é só para rir e passar o tempo, dá claro indício de que o seu interior está corrupto. Porque oráculo é de Cristo Senhor nosso que a boca fala conforme o de que abunda o coração: Ex abundantia enim cordis os loquitur; e outra vez disse: Que do coração saem os maus pensamentos; e claro é que o que vem a língua primeiro esteve no pensamento; e ainda Sêneca assentou que o modo com que cada um fala é o translado ou cópia do seu espírito: Imago mentis sermo est; qualis vir, talis oratio... Logo, quem é acostumado a falar descomposturas, com que verdade afirma que lhe não entram no coração? E se até os sonhos de um adormecido e os delírios de um frenético são ordinariamente das coisas a que a natureza estava acostumada, quanto mais se conhecerá o nosso interior pelas palavras que proferimos, estando em nosso siso e liberdade? (II 530/531)

Escreve Estrabão que há na Índia um gênero de serpentes com asas como de pergaminho, que, voando de noite, sacodem uns pingos de suor tão pestífero que onde caem causam corrupção. Tais me parecem os que entre conversação soltam palavras e chistes descompostos; que são estes senão pingos de suor asquerosíssimo, que onde caem geram maus pensamentos e corrompem os costumes dos ouvintes? E se estes são gentes de tenra idade, a corrupção é mais pronta e mais certa, porque meninos são tábuas rasas onde o bem e o mal se pintam facilmente; pelo que mais respeito se deve ter a um menino, para não falar ruins palavras em sua presença, do que a homens de cãs veneráveis, porque estes sabem conhecer e reprovar o mal e aqueles não; neste caso ficará quem falou mal temeroso de achar repreensão, naquele outro ficará contente de achar imitadores. (Tratado da Virtude da castidade – Padre Manuel Bernardes - II – 532.) Grifos meus
A caridade proíbe a maledicência (Padre J.Baeteman), segue boa frase contida no texto:
"Pensai nisso, escrevia o P. Lacordaire: toda palavra tem seu livro, e tudo o que na terra não se escreve pela mão dos homens, é escrito no céu pela mão dos anjos. Cada dia, a cada instante, o inexorável buril da justiça divina recolhe o hálito dos vossos lábios, e grava-o, para vossa glória ou para vossa vergonha, nas tábuas da imortalidade." Grifos meus.
A modéstia nas conversas e nos recreios (Padre F. Maucourant)No prefácio deste livro encontra-se a seguinte observação: "Este livro foi composto, especialmente, para as almas religiosas. Parece-nos todavia, que ele pode ser lido e meditado, com proveito, por toda a alma desejosa de viver em toda a delicadeza, seja qual for a vocação que a Providência lhe tenha feito sentir".) Segue algumas frases e trechos bem edificantes tiradas do texto:
"A modéstia põe, em toda a pessoa das virgens, uma graça moderada, e, na sua vida, hábitos pacíficos; ela regula as suas palavras e até o tom da sua voz" (Santo Ambrósio).

"A modéstia é uma virtude que dá as leis de uma boa conversação" (Hugues card.)

"As vossas palavras sejam como maçãs de ouro em vasos de prata" (Prov., XXV, 11)

A segunda qualidade das conversações das virgens é a piedade. Santo Inácio, mártir, no meio dos seus suplícios, repetia sem cessar o nome de Jesus, e, quando morreu, encontraram este nome bendito gravado no seu coraçãoAssim, cada um fala voluntariamente daquilo que mais ama: "tal é o coração, tais são as palavras" (São João Crisóstomo). Um modelo acabado de verdadeiro religioso, "Santo Inácio de Loiola, parecia só saber falar de Deus, de tal modo que o tinham cognominado de 'o padre que não tem na boca senão a Deus'" (Santo Afonso Maria de Ligório). Grifos meus.
O Padre e o bom exemplo (Padre. A.A. Moraes Junior), segue um trecho que bem se aplica ao tema proposto:
"Sejamos circunspectos antes de falar, e não profiramos uma só palavra sem primeiro a ter pesado, conforme este belo dito de Santo Agostinho: "omnia verba prius veniant ad limam quam ad linguam;" o que não acontece com os que, falando sempre precipitadamente, começam de atirar suas ascumas, em vez de chorar o mal irreparável que elas causam. É a necessidade que sente o padre santo, em si mesmo, de dar bom exemplo a todo o mundo por suas conversas, que o leva a regular de tal modo sua língua, que não deixa nunca escapar voluntariamente um só palavra que ofenda o decoro ou uma qualquer virtude, impondo-se pelo cortejo de virtudes, que o acompanha sempre por toda a parte, onde se encontra!" Grifos meus.
As conversações (Pe. Hoornaert), segue abaixo o texto inteiro [baixar esse livro AQUI]:

As conversações


"Oh, língua bendita..."
Em 1263, quando seu corpo foi exumado,
sua língua estava intacta e continua intacta até hoje,
numa redoma de vidro,
 na Basílica de Santo Antônio, em Pádua,
onde estão seus restos mortais.

As conversações! o escolho clássico das reuniões da juventude!

Sê inabalável.
Não te importes.
Não escutes.

1º - Não te importes

Um livro, que ninguém taxará de hipócrita, "Safo", diz: a imoralidade "propaga-se, queimando o corpo e a alma, à maneira dos archotes, de que fala o poeta latino, que corriam de mão em mão pelo estádio".

Pensa que com ela correm risco muitas almas: a tua e a daquele ou as daqueles com quem falas. Com tais conversas pecas e és causa de outros pecarem. A culpa pessoal já é coisa deplorável! Mas a culpa com outro!... Quem sabe? Será para ele, quiçá, o primeiro anel duma cadeia que, afinal, o vem prender ao inferno.

Há de ser peso insuportável à consciência, no leito de morte, lembrar-se ter sido causa de tentação ou talvez de perdição de uma alma. "Ai daqueles que der escândalo", dizia o divino Mestre. Um homem fica inconsolável, por haver durante uma caçada ferido de morte um seu amigo. Aquele, que pelas suas palavras, concorre para a perdição de um companheiro, não mata inadvertida mas conscientemente.

Não é já um homicídio por imprudência mas por perversidade.

"Que as palavras desonestas sejam banidas da vossa boca". (Col. 3-8)

"Que nem mesmo se ouça dizer que há entre vós, fornicação, impureza de qualquer sorte, nem concupiscência... Nada de palavras nem de galanteios nem de gracejos grosseiros: todas coisas que são indecorosas... Porque, tende-o bem presente: nenhum impudico, nenhum desonesto... terá parte no reino de Cristo e de Deus. Que  ninguém vos iluda com enganosas palavras, pois é por tais vícios que a cólera de Deus vem sobre os filhos da incredulidade. Não tenhais relações de espécie alguma com eles". (Ef. 5-3)

2º - Não lhes prestes ouvidos

Mas aqui aparecem as tais objeções:

- "Para este gênero de conversações, a consciência já está formada".
Formada ou deformada?

- "Não podemos contudo trazer sempre algodão nos ouvidos".
Evidentemente, não: ouvistes por ventura que os pregadores ordenassem trazer algodão nos ouvidos? Mas podes pelo menos não provocar essas conversações picantes, nem entretê-las com perguntas curiosas,etc...

- "Com certeza, hão de taxar-me de carola".
E Deus há de chamar-te corajoso. Mas vale este tão soberano juízo.

- "Chamar-me-ão capuchinho, o que incomoda; ou pior ainda: jesuíta".
E tu lhes responderás: Tenho muita honra nisso! Prefiro lograr tão boa companhia, no Céu.

- "Que pensarão de mim"?
Hão de te admirar.

Apelo para ti mesmo. Na intimidade, os moços conhecem-se muito bem mutuamente. Pois bem: quais são os colegas verdadeiramente estimados, aqueles a quem tu, em ocasião crítica, sendo preciso, irás pedir um conselho sério?! Aqueles a quem todos verdadeiramente respeitam? Quais são eles? Serão acaso os covardes, que escondem a sua bandeira, no bolso (e neste caso já não é uma bandeira mas um lenço de assoar), ou aqueles que se dizem e são católicos?

Os que o são à valer e "descaradamente" como diria L.Veuillot, mas que por outra parte não têm esse pudor assustadiço, que imaginam, serem tudo gracejos traiçoeiros; que confundem conversas grosseiras com as conversas más, sem saber adotar um gênero de conversação alegre e sã.

Os jovens detestam um trato arisco e pesado que dá ocasião a tornar-se a virtude objeto de zombaria. Procura, pois, pelo contrário (este ponto é muito importante) tornar a religião simpática, mediante o apostolado da alegria. Um jovem educado não só pode ser alegre, mas para sê-lo terá cem razões mais que os outros. A única nostalgia permitida a um cristão é a do Céu.

Não conheço textos na Sagrada Escritura que nos recomendem a melancolia; são muitos, porém, os que nos recomendam a amabilidade e a alegria.

"Regozijai-vos no Senhor, sem cessar: regozijai-vos em alegria". (II Cor. 13-11).

"Andai sempre alegres". (I Tes. 5-16)

"Vosso coração se alegrará e ninguém arrebatará a vossa alegria... Que a vossa alegria seja perfeita". (Jo. 16-22)

"Bem-aventurados os puros" (Ps. 118)

Por um motivo parecido é que as donzelas cristãs devem trajar com bom gosto. A modéstia não as condena ao espetáculo esquisito de modas antiquadas ou rústicas. Não seja pois a religião, para o jovem, sinônimo de enfado, nem para a jovem, sinônimo de fealdade. Ele deve rir, ela deve trajar-se bem.

-"Mas hão de perseguir-me".
Sim se ficardes sozinho, sem formar com outros amigos um grupo decente contra o grupo sujo. Sim, se tomardes atitude de santo gótico, de que acima falamos. Não, se conservares a devida naturalidade, se fores divertido (porque não?) e bom companheiro.

Ouve: dezenas de acadêmicos me afirmaram: "Basta ter coragem nos dez primeiros dias. Observam-nos. Se os dez primeiros dias nos fazemos respeitar, não mais nos inquietam e, por vezes, nos confessam: Muito bem. Isso é que é ter caráter! Se, pelo contrário, cederdes, acabou-se! Começais por uma fraqueza, por uma complacência que, aliás, só vos granjeou desprezo! E então já vos será muito difícil a reabilitação e fazer recuar amachina".

Não tenhais medo!... "Os maus dizia Mons. Darboy, bispo e mártir, só são valentes porque os bons são covardes". Sim, covardes!

Quanto mais se estudam os jovens, mais claramente se nota que os moços dos colégios cristãos se deixam arrastar pelos maus, sobretudo por causa do respeito humano. O respeito humano é que os leva a gabarem-se, às vezes, de certas "aventuras felizes", quando realmente elas não passam de umas criancices bem arquitetadas e que a sua famosa "garçoniére" não passa de um bairro onde se refugiam, para cautelosamente se furtarem a olhares perscrutadores.

Felizmente o viver destes jovens vale muito mais daquilo que dizem de si mesmo. São fanfarrões do vício unicamente por se envergonharem de parecer virtuosos, mas não compreendem - pobres infelizes - que, até quanto a granjearem a estima, que tanto ambicionam, tudo teriam a ganhar, se se mostrassem lógicos, quanto às suas convicções.

Santamente orgulhosos se deveriam antes mostrar por serem batizados, confirmados e participarem do augusto Sacramento do Altar, na Sagrada Comunhão! Um rei possui um único diadema. Um cristão tem tantos quantos forem os Sacramentos recebidos...

Para levar os homens ao que é nobre, generoso e heróico, requerem-se idéias nobres, coração magnânimo, linguagem ardente, e unção penetrante. Para ser alguém corifeu de estroinice ou de corrupção não se precisam esses brilhantes predicados. Basta o cinismo, a grosseria uma boca exercitada a vomitar injúrias, sarcasmos, e isto com muita naturalidade, sem cólera, sem esforços, eis tudo.

Com tão rico cabedal já podem contar com a popularidade e também com as covardias secretas e as baixas e lúbricas cumplicidades do vulgo...

Pavoroso escolho das conversações juvenis são, realmente, essas fanfarronadas de impureza! Por toda parte continua produzindo os mesmos deletérios frutos: o rebaixamento das almas, a morte do ideal, o aniquilamento do pudorContra este mal, insurgem e lutam os piedosos educadores pela vigilância, pelas salutares diversões de exercícios musculares e sobretudo pela religião, cujo freio possante e nobre, sofreia os corações ardentes e fecha os lábios às palavras dissolutas. É mesmo assim, não chegam nem podem impedir todos os males. Oferecem, todavia, a todos, até mesmo aos caracteres pusilânimes e fracos, a possibilidade de se libertarem do mal, se tiverem alguma boa vontade...(Livro A Grande Guerra) Grifos meus.

As nossas conversas (São Francisco de Sales), segue trechos do texto:

"A boca do justo, diz a Escritura, meditará sabedoria e a sua língua falará prudência."

"Fala, pois, muitas vezes de Deus e experimentarás o que se diz de S. Francisco -- que, quando pronunciava o nome do Senhor, sentia a alma inundada de consolações tão abundantes que até sua língua e seus lábios se enchiam de doçura."




CAPÍTULO XXVII
Honestidade das palavras e respeito que se deve ao próximo

Se alguém não peca por palavras, é um homem perfeito, diz S. Tiago.

Tem todo o cuidado em não deixar sair de seus lábios alguma palavra desonesta, porque, embora não proceda duma má intenção, os que a escutam a podem interpretar de outra forma. Uma palavra desonesta que penetra num coração frágil estende-se como uma gota de azeite e às vezes toma posse de tal modo dele que o enche de mil pensamentos e tentações sensuais.

É ela um veneno do coração, que entra pelo ouvido; e a língua que serve de instrumento a esse fim é culpada de todo o mal que o coração pode vir a sofrer, porque, ainda que neste se achem disposições tão boas que frustrem os efeitos do veneno, a língua desonesta, quanto dela dependia, procurou levar esta alma à perdição. Nem se diga que não seu prestou atenção, porque Nosso Senhor disse que a boca fala da abundância do coração. E, mesmo que não se pensasse nada de mal, o espírito maligno o pensa e por meio dessas palavras suscita o sentimento mau nos corações das pessoas que as ouvem.

Diz-se que quem comeu a raiz denominada angélica fica um hálito doce e agradável e os que possuem no coração o amor à castidade, que torna os homens em anjos na terra, só têm palavras castas e respeitosas. Quanto às coisas indecentes e desonestas, o apóstolo nem quer que se nomeiem nas conversas, afirmando que nada corrompe tanto os bons costumes como as más conversas.

Se se fala dissimuladamente e em torneios sutis e artificiosos de coisas desonestas, o veneno encerrado nessas palavras é ainda mais sutil, danoso e penetrante, assemelhando-se aos dardos, que são tanto mais para temer quanto mais finos são e mais agudas têm as pontas. Quem quer granjear deste modo o nome e a estima de homem espirituoso ignora completamente o fim da conversa; a conversa deve parecer-se com o trabalho comum de um enxame de abelhas para fazer um mel precioso, e o modo de agir dessas pessoas pode-se comparar a um montão de vespas em torno duma podridão.

Assim, se um louco te disser palavras indecentes, testemunha-lhe logo a tua indignação, voltando-te para falar com uma outra pessoa ou de algum outro modo que te sugerir a prudência.

Muito má qualidade é ter um espírito motejador. Deus odeia extremamente este vício e puniu-o, como se lê no Antigo Testamento, com muita severidade. Nada é mais contrário à caridade e máxime à devoção que o desprezo do próximo; mas a irrisão e mofa trazem forçosamente consigo este desprezo; e´, pois, um pecado muito grave e dizem os moralistas que, entre todos os modos de ofender o próximo por palavras, este é o pior, porque tem sempre unido o presprezo, ao passo que nos outros a estima ainda pode subsistir.

Mas, quanto a esses jogos de palavras espirituosas com que pessoas honestas costumam divertir-se, com uma certa animação, sem pecar contra a caridade ou a modéstia, são até uma virtude, que os gregos chamam eutrapelia ou arte de sustentar uma conversa agradável; servem-se para recrear o espírito das ocasiões insignificantes que as imperfeições humanas gerais fornecem ao divertimento.

Somente deve-se tomar o cuidado que essa alegria inocente não se vá tornando em mofa, porque esta provoca a rir-se do próximo por desprezo, ao passo que esses gracejos delicados só fazem rir por prazer e pelo espírito de certas palavras, ditas por liberdade, confiança e familiaridade, com toda a franqueza, e recebidas de boa mente, tendo-se completa certeza que ninugém as levará a mal.

Quando os religiosos da corte de S. Luís queriam entabular uma conversa séria e elevada depois do jantar, dizia-lhes o santo rei: Agora não é tempo de arrazoar muito, mas de divertir-se com uma conversação animada; diga, pois, cada um, livre e honestamente, o que lhe vem ao pensamento. Queria com isso dar um prazer à nobreza de que se rodeava, condescendendo nestas provas familiares da bondade de sua real majestade.

Enfim, Filotéia, passemos o pouco tempo que nos é dado para uma conversa recreativa e agradável, de modo que a devoção aí praticada nos assegure uma eternidade feliz.

(Filotéia - Parte III - São Francisco de Sales) Grifos meus.

Bom uso da língua (Pe. Matias de Bremscheid), segue trechos do texto:


"Ouvi, filhos, as regras que vos dou sobre a moderação da língua:
 aquele que as guardar não perecerá pelos lábios,
 nem cairá em ações criminosas"
(Ecli., 23,7)

- Livro do Eclesiástico (cap. 28): "As chicotadas produzem vergões, mas os golpes da língua quebram os ossos... Faze uma porta e fechadura diante da tua boca: Funde o teu ouro e a tua prata e faze com isso uma balança para pesares as tuas palavras e um freio bem ajustado para a tua boca".

- O bom uso da língua pode transformá-la em instrumento de graças.

No ano de 1263 retirou-se o corpo de Santo Antônio de Pádua do sepulcro, a fim de o transportar para a nova igreja, edificada em sua honra. Ao se abrir o sarcófago, os membros caíram aos pedaços, a carne já se havia transformado em pó e cinza. Mas, o queixo, os cabelos e os dentes estavam ainda conservados, e sobretudo a língua de todo incorrupta e com a sua cor naturalSanto Cardeal Boaventura, que de Roma fora a Pádua por ocasião dessa festividade, tomou em suas mãos com grande respeito esse língua, beijou-a e disse entusiasmado: "Ó língua, que em todo o tempo louvaste ao Senhor e ensinaste os demais a louvá-Lo, agora se torna a todos manifesto, quanto és apreciada de Deus".

- Deves calar-te e não falar de coisas impuras e ignóbeis. Sabes o que diz o Apóstolo: "Nem sequer se nomeie entre vós ... qualquer impureza ... como convém a santos" (Ef., 5,3).

Como este Apóstolo não seria tomado de santa indignação, se em nossos dias surgisse de improviso numa reunião de moços e ali ouvisse as conversas tais que fazem subir o rubor à faces! Até mesmo na presença de crianças inocentes, se proferem, às vezes, palavras obscenas! Não deveriam tais libertino sentir pavor daquela terrível "Ai!" que o Divino Salvador pronunciou contra os que escandalizam os pequenos?

"Ouvi, filhos, as regras que vos dou sobre a moderação da língua: aquele que as guardar não perecerá pelos lábios, nem cairá em ações criminosas" (Ecli., 23,7) Grifos meus.

Fonte:

“HONRARÁS PAI E MÃE”

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honrarOs discípulos da Sabedoria são uma assembleia de justos e a sua comunidade é marcada pela obediência e o amor.
Ouvi, ó filhos, a advertência de um pai, e procedei de tal modo que sejais salvos.
Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe.
Quem honra seu pai intercederá pelos pecados, evitará cair neles e será ouvido na oração quotidiana.
Quem respeita sua mãe é como alguém que ajunta tesouros.
Quem honra seu pai terá alegria em seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido.
Quem honra seu pai terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da mãe.
Quem teme o Senhor honra seus pais e como a senhores servirá aos que o geraram.
Com obras e palavras honra teu pai, para que dele venha sobre ti a bênção.
A bênção do pai consolida a casa dos filhos, mas a maldição da mãe destrói até os alicerces.
Não te glories da injúria sofrida por teu pai, pois não é glória para ti a sua afronta.
A glória de cada um vem dahonra de seu pai, e é uma desonra para o filho a mãe desprezada.
Filho, ampara a velhice de teu pai e não lhe causes desgosto enquanto vive.
Mesmo que esteja perdendo a lucidez, sê tolerante com ele e não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida.
A ajuda prestada a teu pai não será esquecida, mas será plantada em lugar dos teus pecados e contada como justiça para ti; no dia da aflição serás lembrado e teus pecados se dissolverão, como o gelo em dia de sol.
Como é infame, quem desampara seu pai, e é amaldiçoado por Deus, quem exaspera sua mãe!
(Eclo 3, 1-18)

Fonte:
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