Quantcast
Channel: O Segredo do Rosário
Viewing all 2932 articles
Browse latest View live

Aos Falsos Motivos Para a Contracepção

$
0
0
VictorianPostcardSão insubsistentes os motivos com que pretendem justificar-se os fraudadores. Examinemos alguns dos mais comuns.
1) Situação econômica
Autoriza a continência periódica desde que seja real. Nunca autorizará um ato contra a natureza. Na verdade, os que argumentam com situação econômica são, em geral, os que melhor a desfrutam. Guilherme Schimidt chegou a estabelecer como uma tese que “o temor dos filhos é fruto da abundância, e não da necessidade”. Têm com que manter os próprios filhos e estão ainda obrigados em consciência a concorrer para as crianças pobres que vivem na miséria. Mas desejam uma vida cada vez mais burguesa, gozadores, impenitentes e insaciáveis.
Move-os a desmedida ambição da riqueza, a preocupação obsedante do luxo, a vaidade imbecil da ostentação. Aqueles, cuja situação econômica é deveras penosa, são os grandes procriadores em que se estaria a densidade demográfica, se o Estado acudisse à mortalidade infantil que dizima assustadoramente as classes proletárias.
2) Melhor educação aos filhos
Não consiste, porém, em colégios caros, vida folgada, estágios no estrangeiro, mimos excessivos, absoluta ociosidade servida à mão por serviçais bem pagos. Pelo contrário. Nada melhor para prejudicar a educação dos filhos! Como nada melhor para realizar uma boa educação doméstica e social do que o ambiente da família numerosa.
3) Saúde da esposa
Quer o marido poupar a saúde da esposa, em prejuízo da consciência dela impondo-lhe sacrifícios morais, enchendo-a de remorsos, atribulando-lhe o coração cristão – contanto que ele não diminua a dose de prazeres sexuais! esta é a verdade. Sei de casos em que o “delicado” esposo, para poupar a cara metade, franzida e doentia, fê-la correr o risco de uma operação esterilizadora – quando o cavalheirismo (já não digo o amor) mandava conter-se, se fosse real o motivo alegado.
Já vimos que os processos anti-concepcionais são todos eles nocivos aos cônjuges, especialmente à esposa. Ao invés, a medicina diz que é na maternidade que se realiza plenamente o organismo feminino. A maternidade é necessária à saúde e ao desenvolvimento da mulher, diz o Dr.Pinard. A maternidade é uma função normal e fisiológica do organismo feminino, junta o Dr. Guchtencere. Podíamos alinhar dezenas de citações semelhantes.
Mas não se trata somente do aspecto físico do problema. Igualmente importante é o lado psíquico. Os processos anti-concepcionais não são tão esterilizantes como parecem… Não geram filhos, mas geram perturbações nervosas. Alguns são unicamente responsabilizados pelos médicos como fonte de desequilíbrios psíquicos.
“O nervosismo da mulher contemporânea progride inquietadoramente dia a dia, escreve o Dr. Cattier em seu La Procréation Humanine. Eis um fato em que todos convêm… Já sabemos, agora, de modo seguro, que a causa do desequilíbrio da mulher reside muitas vezes na esfera genital. Deve-se perguntar se, na vida conjugal, os atos contra a lei natural e a lei fisiológica e principalmente as fraudes anti-concepcionais… não são as verdadeiras causas do desequilíbrio tantas vezes verificado”.
E ele conclui esta página dizendo:
“É banal repetir que a mulher foi feita para a maternidade. É para ela uma lei inelutável: procurando fugir-lhe, ela o faz sempre em prejuízo de sua saúde geral”.
O médico belga Schockaert (Mariage et Natalité) depois de acentuar os males orgânicos dos métodos neo-maltusianistas…, aponta os inconvenientes psíquicos: irritabilidade, irascibilidade, tristezas, emotividade, falta de energia e coragem, idéias de suicídio. Os estados de angústia se acentuam quando a mulher é católica – o que quase sempre acontece entre nós, o estado de pecado a abate; o remorso a tortura; o pensamento da morte a apavora. Vive sobressaltada. Repelida (dos Sacramentos) da Confissão e da Eucaristia, sente-se diminuída, humilhada em face das companheiras piedosas, retrógrada espiritual em vista dos seus tempos de vida sacramental.
Não sei como é possível preconizar o neo-maltusianismo em nome do bem-estar da esposa.
4) Ordem médica
Há um grave risco de vida com nova concepção, afirma o médico; e vai logo aconselhando a evitar filhos… Esses riscos graves são, em geral, muito fáceis em proclamá-los; mas a experiência mostra felizmente que eles são mais raros. A verdadeira medicina, em vez de secar a fonte da vida, cuja proteção e defesa é sua missão, tem feito precisamente diminuir os inevitáveis perigos que acompanham a maternidade.
Os cuidados acépticos e anticépticos reduziram a porcentagem mínimas a mortalidade obstétrica. Há um século, Semmelweis estabelecia 10% de morte nestes casos; já hoje De Lee dá 1,5% (NB: a edição deste livro é de 1955). E que fossem os perigos frequentes; poderão os homens transtornar as leis naturais, mudar a natureza das coisas e sobrepor-se à vontade de Deus? Têm com que substituir a graça divina nas almas? Irão defender seus clientes no tribunal definitivo que decide da eternidade? Para o verdadeiro “é melhor morrer do que pecar”. As senhoras que morreram vítimas da maternidade, nos raros casos em que isto acontece, são verdadeiras heroínas, que não devem ser lastimadas, mas glorificadas.
São um exemplo, não apenas às outras senhoras, mas a todos os que só sabem cumprir deveres fáceis e se acovardarem diante do sacrifício. Mas, não esqueçamos de apontar o egoísmo gozador desses maridos: não sabem conter-se nem ante os riscos da vida da esposa! Ela é que deve sacrificar a consciência à sua fome de sexo.
5) A saúde dos filhos
Têm sido franzinos ou subnormais. Há casos frequentes de degenerecência na família – máculas perigosas. Preferimos, sem dúvida, uma prole sadia. Mas a eugenia nunca poderá tornar lícitos processos imorais. Recorram à continência periódica; aos atos contra a natureza, nunca. Para quem sabe o que é a graça de Deus mais valem filhos doentios do que um só pecado mortal. Os cristãos, sem perderem de vista os cuidados científicos, procriam primeiramente para gerar filhos de Deus.
Chamamos a atenção para a solução simplista e apressada de certos médicos. Correm logo ao “remédio” anti-concepcional, em vez de buscarem os verdadeiros remédios. É assim quando se trata da saúde da esposa, é assim quando se trata da saúde dos filhos. Àquela cortam os riscos, desviando-a da maternidade; destes se descartam, eliminando-os… A ciência tem já hoje preciosos recursos para prevenir males hereditários: eles os desconhecem, ou não querem aplicá-los. A lei do menor esforço diminui, ao mesmo tempo, a necessidade dos estudos e… os clientes.
No entanto, quem acompanha os progressos da pediatria, da psicoterapia, e vê como realizam verdadeiros prodígios os médicos e educadores conjugados, sabe quanto bem se pode fazer às crianças mal dotadas. Se isto não autoriza facilidades perigosas aos que vão contrair matrimônio, muito menos deve autorizar desrespeito às leis divinas e naturais aos que já o contraíram.
A Igreja reconhece as razões da verdadeira eugenia. Ainda a nova ciência não tinha organização e nome, e a Igreja já cuidava da saúde dos homens e exigia em consciência cuidados preciosos ao bem-estar da prole possível e nascitura. Nunca, porém, aprovará meios eugênicos que colidam com os princípios naturais em que se espelha a Razão Eterna, fonte imutável de toda a Moral.
Grande coisa é a saúde: muito mais importa a higidez espiritual. Na hierarquia de valores dos que se conservam fiéis à Moral mais vale a alma que o corpo, mais vale o espírito que os músculos, mais vale a virtude que a força. A humanidade cultura sábios e santos, que viveram em corpos fracos e doentios: o saber e a bondade deram-lhes auréola.
Venha a eugenia dentro da Moral. Cuide-se dos corpos, sem prejuízo das almas. Melhorem-se as condições físicas, sem detrimento das espirituais. Revigore-se a saúde, revigorando ainda mais a virtude. Que os cuidados higiênicos não sirvam para estabelecer o domínio dos instintos sobre o espírito. O progresso humano não deve ser medido pela resistência física mas pela inteligência e pela consciência.
Os que acreditam no espírito sabem que as disposições morais se transmitem aos filhos, tal como as físicas. E que mais precisamos de caracteres que de atletas. O grande mal dos nossos tempos, é que os homens estão ficando menos homens. Uma eugenia que procure melhorar a “raça”, em vez de elevar os homens, e que liberte as consciências dos preceitos espirituais para considerar as condições do “produto”, e que repute a geração humana condicionada exclusivamente às normas da higiene – equiparando a geração dos homens com a reprodução dos irracionais, está desservindo à civilização e fazendo retrogradar a humanidade.
A maior de todas as medidas eugênicas é a virtude. Os subprodutos humanos nascem da libertação dos instintos – que é o pecado. Da impureza vêm os sifilíticos; da embriaguez, os agitados – e assim por diante. Pois, em geral, os “eugenistas” são pregadores da liberdade sexual, e não se pejam de repetir que a castidade é impossível e até nociva. Acima das necessárias condições fisiológicas, venham as mais necessárias ainda condições morais!
6) É só por algum tempo…
Fosse por única vez!… É gravíssimo pecado mortal. E não se pode cometer um pecado que seja, mesmo que para salvar o mundo.
As maternidades, em si, não são prejudiciais. Já vimos precisamente o contrário: são benéficas. E de modo geral não são tão frequentes que se tornem indesejáveis. A média apresentada pelas estastisticas é de um intervalo de dois anos no mínimo… Os primeiros filhos vêm mais próximos; os outros vão-se naturalmente espaçando. A própria amamentação é, em muitas senhoras, um óbice à concepção.
Restam os casos de excessiva fecundidade e de senhoras realmente fraquinhas – em que se pode recorrer à continência periódica.
Nunca, porém, seria lícito, por nenhum motivo, seja para que for, recorrer a processos pecaminosos. Só os que desconhecem o que seja o pecado, os que calejaram a pobre consciência, ou os que perderam a fé e o santo temor de Deus, poderão apelar para o pecado mortal, mesmo que fosse uma só vez na vida. E os que não entendem esta linguagem não são dignos do reino do céu.
7) Já tem a “família normal”
Isto é, os três filhos de que falam os sociológos e economistas. Mas esta linguagem não tem sentido em moral. Em moral cada ato fraudado é contrário à natureza e à vontade de Deus. Tanto faz ter dez filhos como não ter nenhum. Trata-se de um ato intrinsecamente mau que nenhuma razão poderá jamais contestar.
Os que se detêm no segundo ou no terceiro filho cortam o passo à felicidade, mesmo natural. Interessantes pesquisas sobre a felicidade conjugal determinam que as famílias com muitos filhos são mais felizes. Têm mais com quem compartilhar os sacrifícios e mais a quem proporcionar alegrias. Têm menos preocupações absorventes e assustadoras. A perda de um filho é sempre dolorosa, é naturalmente compensada pelos que ficam. Eis mais um castigo da própria natureza aos que calculam contra ela!
8) A intolerância da Igreja
Aliás, não se trata de uma doutrina da Igreja propriamente dita. Trata-se de uma lei natural, que a Igreja não poderá jamais modificar, nem modificará. Esta sagrada intransigência só pode honrá-la. Enquanto os bispos anglicanos (protestantes dos mais conservadores) autorizam o desrespeito às leis naturais, a Igreja mantém-se inabalável como a rocha em que Cristo a firmou. Enganam-se os que pensam que ela venha um dia a ceder nesta matéria.
A própria Bíblia é positiva, quando afirma que Onam “fazia uma coisa detestável” porque, quando se unia à esposa, “impedia que ela concebesse”. E a severidade do castigo indica a gravidade da falta: “E por isto o Senhor o feriu de morte” (Gen. 38,10). De resto, contam pouco com a Igreja os cônjuges neo-maltusianos…
9) Não casou para a continência
É frequente este argumento na boca dos maridos. Laboram num engano: pensam que o casamento não exige continência. Exige, e não pequena. O nascimento de um filho exige de um marido decente o mínimo de dois meses de continência. Como o guardará, se não é capaz de conter-se uns poucos dias cada mês? Argumentando assim, ele justificará a infidelidade nas ausências ou enfermidades da esposa.
Não se casou para a continência absoluta, certo; casou-se, porém, para a continência conjugal, talvez ainda mais penosa. A esses maridos árdegos e sôfregos perguntaremos: Casaram-se, acaso, para o pecado? Ou pensam que o matrimônio dá-lhes alvará de licenciosidade conjugal?
Noivos e esposos - Pe. Álvaro Negromonte

Fonte:

O ecumenismo de São Maximiliano Maria Kolbe

$
0
0
São Maximiliano Maria Kolbe.
São Maximiliano Maria Kolbe.
“Não há maior inimigo da Imaculada e de Seu Reinado que o ecumenismo de hoje, o qual todo Cavaleiro [da Imaculada] deve não só combater, mas também neutralizar, por uma ação diametralmente oposta e, finalmente, destruir” (S. Maximiliano Maria Kolbe).

Créditos: A Catholic Life


Fonte:

Do modo de como não se deve assistir a Missa

$
0
0

ou

Assistir a Missa com devoção e modéstia meditando na grandiosidade que nela contém 



O Sacrifício da Santa Missa é o mesmo que o Sacrifício da Cruz


A Santa Missa é um sacrifício tão santo, o mais augusto e excelente de todos, e a fim de formardes uma ideia adequada de tão grande tesouro, algumas de suas excelências divinas; pois dize-las todas não é empreendimento a que baste a fraqueza da minha inteligência.

A principal excelência do santo Sacrifício da Missa consiste em que se deve considerá-lo como essencialmente o mesmo oferecido no Calvário sobre a Cruz, com esta única diferença: que o sacrifício da Cruz foi sangrento e só se realizou uma vez e que nessa única oblação JESUS CRISTO satisfez plenamente por todos os pecados do Mundo; enquanto que o sacrifício do altar é um sacrifício incruento, que se pode renovar uma infinidade de vezes, e que foi instituído pra nos aplicar especialmente esta expiação universal que JESUS por nós cumpriu no Calvário. Assim o Sacrifício cruento foi o MEIO de nossa Redenção, e O Sacrifício incruento nos proporciona as GRAÇAS da nossa Redenção. Um abre-nos os tesouros dos méritos de CRISTO Nosso Senhor, o outro no-los dá para os utilizarmos.


Notai, portanto que na Missa não se faz apenas uma representação, uma simples memória da Paixão e Morte do nosso Salvador; mas num sentido realíssimo, o mesmo que se realizou outrora no Calvário aqui se realiza novamente: tanto que se pode dizer, a rigor, que em cada Santa Missa nosso Redentor morre por nós misticamente, sem morrer na realidade, estando ao mesmo tempo vivo e como imolado: Vidi agunum stantem tanquan accisum. (Apoc. 5, 6)


E o sacerdote diz: “Ecce agnus Dei,
ecce qui tolit peccata mundi.”
– E os fieis batendo três vezes
no peito confessam com profunda
humildade: “Domine non sum
dignus ut intres sub tectum meum,
sed tantum dic verbo et sanabitur
anima mea.”


No santo dia de Natal, a Igreja nos lembra o nascimento do Salvador, mas não é verdade que Ele nasça, ainda, nesse dia. Nos dias da Ascensão e Pentecostes, comemoramos a subida do Senhor JESUS ao Céu e a vinda do Espírito Santo, sem que, de modo algum nesses dias o Senhor suba ainda ao Céu, ou o Espírito Santo desça visivelmente à Terra.

A mesma coisa, porém, não se pode dizer do mistério da Santa Missa, pois aí não é uma simples representação que se faz, mas, sim, o mesmo sacrifício oferecido sobre a Cruz, com efusão de sangue, e que se renova de modo incruento: é o mesmo corpo, o mesmo sangue, o mesmo JESUS, que se imola hoje na Santa Missa. Opus trae Redemptionis exercetur, diz a Santa Igreja.
A obra de nossa Redenção aí se exerce: sim, exercetur, aí se exerce atualmente. Este santo sacrifício realiza, opera o que foi feito sobre a Cruz. Que obra sublime! Ora, dizei-me sinceramente se, quando ides à Igreja para assistir a Santa Missa, pensásseis bem que ides ao Calvário assistir à morte do Redentor, que diria alguém que vos visse ai chegar numa atitude tão pouco modesta? Se Maria Madalena fosse ao Calvário e se prostrasse aos pés da Cruz vestida, perfumada e ataviada como em seus tempos de desordem, quanto não seria censurada!

E que se dirá de vós que ides à Santa Missa como se fôsseis a uma festa mundana? Que aconteceria, sobretudo se profanásseis este ato tão santo, com gestos, risadas, cochichos, encontros sacrílegos?

Digo que, em qualquer tempo e lugar, a iniquidade não tem cabimento; mas os pecados que se cometem na hora da Santa Missa e na proximidade do altar, são pecados que atraem a maldição, de DEUS: Maledictus qui facit opus Domini fraudulenter (Jer 48,10). Meditai seriamente sobre esse assunto.

____________________
Texto tirado da obra de São Leonardo de Porto-Maurício, “As excelências da Santa Missa”, páginas 6-8. (grifos nossos)

Fonte:

A mulher impura que se condenou

$
0
0
"Os olhos não se fartam de ver, nem os
ouvidos de ouvir."
 (Eclesiastes 1,8)
Eis um triste exemplo de Condenação de uma mulher e a grandíssima importância da boa Confissão:

"Exemplo de uma senhora que por muitos anos calou na confissão um pecado desonesto. Refere Santo Afonso e mais particularmente o Padre Antônio Caroccio, que passaram pelo país em que vivia esta senhora dois religiosos, e ela, que sempre esperava confessor forasteiro, rogou a um deles que a ouvisse em confissão,e confessou-se. Logo que partiram os padres,o companheiro disse ao confessor ter visto que, enquanto a sr.ª se confessava,saiam de sua boca muitas cobras e uma serpente enorme deixava ver fora sua cabeça,mas voltava de novo para dentro, e após ela todas as que antes saíram. Suspeitando o confessor o que aquilo poderia significar, voltou a cidade e a casa daquela sr.ª, onde lhe disseram que ela, no momento de entrar na sala, morrera repentinamente.

Por três dias seguidos jejuaram e oraram por ela, suplicando ao Senhor que lhes manifestasse aquele caso.
AO TERCEIRO DIA APARECEU-LHES A INFELIZ SENHORA CONDENADA E MONTADA SOBRE UM DEMÔNIO, EM FIGURA DE UM DRAGÃO HORRÍVEL COM DUAS SERPENTES ENROSCADAS AO PESCOÇO, QUE A AFOGAVAM E LHE COMIAM OS PEITOS, UMA VÍBORA NA CABEÇA, DOIS SAPOS NOS OLHOS, SETAS ARDENTES NAS ORELHAS, CHAMAS DE FOGO NA BOCA E DOIS CÃES DANADOS QUE LHE MORDIAM E LHE COMIAM AS MÃOS; E DANDO UM TRISTE E ESPANTOSO GEMIDO, disse:

— Eu sou a desventurada sr.ª que vossa V. Rvm.ª confessou há 3 dias, conforme eu ia confessando, meus pecados saíam de minha boca, e aquela serpente enorme, que o companheiro viu sair de minha cabeça e voltou depois para dentro, em figura dum pecado desonesto que calei sempre por vergonha; quis confessá-lo com V. Rvma., mas também não me atrevi por isso, voltou a entrar dentro, e com ele todos os mais que haviam saído. Cansado já Deus de tanto esperar-me, tirou-me repentinamente a vida e me precipitou no inferno, onde sou atormentada pelos demônios em figura de horrendos animais. A VÍBORA ME ATORMENTA A CABEÇA PELA MINHA SOBERBA E EXCESSIVO CUIDADO EM PENTEAR OS CABELOS, OS SAPOS CEGAM-ME OS OLHOS, POR MEUS OLHARES LASCIVOS; AS FLECHAS ACESAS ME ATORMENTAM OS OUVIDOS, PORQUE ESCUTEI MURMURAÇÕES, PALAVRAS E CANTIGAS OBSCENAS; O FOGO ABRASA-ME A BOCA PELAS MURMURAÇÕES E BEIJOS TORPES; TENHO AS SERPENTES ENROSCADAS NO PESCOÇO E ME COMEM OS PEITOS, PORQUE OS LEVEI DUM MODO PROVOCATIVO, PELO DECOTE DE MEUS VESTIDOS E PELOS ABRAÇOS DESONESTOS; OS CÃES ME COMEM AS MÃOS, PELAS MÁS OBRAS E TATOS IMPUROSMAS O QUE MAIS ME ATORMENTA É O HORROROSO DRAGÃO EM QUE VOU MONTADA, E QUE ME ABRASA AS ENTRANHAS EM CASTIGOS DE MEUS PECADOS IMPUROS. Ai! Que não há remédios para mim, senão tormentos e pena eterna! AI DAS MULHERES! Acrescentou; porque muitas delas se condenam por 4 gêneros de pecados: por pecado de impureza, pelasgalas e enfeites, por feitiçaria e por calar pecados nas confissõesOs homens se condenam por toda a classe de pecados, mas as mulheres principalmente por estes quatro pecados.
Disto isto, abriu-se a terra e por ela entrou esta infeliz mulher, até o mais profundo do inferno, onde padece e padecerá por toda a eternidade!" [i]

Mas que vergonha! Pelo bem imutável, pelo prêmio inestimável, para honra suprema e pela glória sem fim, o menor esforço nos cansa. Envergonha-te, pois, servo preguiçoso e murmurador, por serem os mundanos mais solícitos para a perdição que tu para a salvação. Procuram eles com mais gosto a vaidade que tu a verdade. [ii]
Quem me segue não anda nas trevas, diz o Senhor (Jo 8,12). São estas as palavras de Cristo, pelas quais somos advertidos que imitemos sua vida e seus costumes, se verdadeiramente queremos ser iluminados e livres de toda cegueira de coração. Seja, pois, o nosso principal empenho meditar sobre a vida de Jesus Cristo. [iii]

Em todas as coisas olha o fim, e de que sorte estarás diante do severo Juiz a quem nada é oculto, que não se deixa aplacar com dádivas, nem aceita desculpas, mas que julgará segundo a justiça. Ó misérrimo e insensato pecador! Que responderás a Deus, que conhece todos os teus crimes, se, às vezes, te amedronta até o olhar dum homem irado? Por que não te acautelas para o dia do juízo, quando ninguém poderá ser desculpado ou defendido por outrem, mas cada um terá assaz que fazer por si? Agora o teu trabalho é frutuoso, o teu pranto aceito, o teu gemer ouvido, satisfatória a tua contrição. [iv]


Certo é que não podes fruir dois gozos: deleitar-se neste mundo, e depois reinar com Cristo. [v]

Vaidade das vaidades, e tudo é vaidade (Ecle 1, 2)senão amar a Deus e só a ele servir. A suprema sabedoria é esta: pelo desprezo do mundo tender ao reino dos céus. [vi]

_______________________________
Notas:
[i] Santo ANTÔNIO MARIA CLARET. O Caminho RETO. Exemplos de vários estados: p. 100 e 101.
[ii] KEMPIS, Tomás de. Imitação de Cristo. liv. III, cap. II, 3.
[iii] KEMPIS, Tomás de. Imitação de Cristo. liv. I, cap. I, 1.
[iv] KEMPIS, Tomás de. Imitação de Cristo. liv. I, cap. I, 3.
[v]  KEMPIS, Tomás de. Imitação de Cristo. liv. I, cap. XIV, 6.
[vi] KEMPIS, Tomás de. Imitação de Cristo. liv I.  cap. XXIV, 1.

Fonte:

Quatro fontes de ensino infalível

$
0
0
Ataíde Maria: Abaixo um riquíssimo texto que copiei do livro " O Derradeiro Combate do Demônio", indico a leitura atenciosa e se possível o compartilhamento com vossa lista de contatos. +Pax


+++


Há quatro modos principais segundo os quais o ensino da Igreja nos é apresentado de modo infalível:

Primeiro, por meio da promulgação, pelos Papas e pelos Concílios Ecumênicos, de credos que fornecem um resumo daquilo em que os Católicos devem crer para serem Católicos.
Segundo, por meio de definições solenes que contém frases como “Nós declaramos, pronunciamos e definimos (...)” ou alguma fórmula semelhante que indica que o Papa ou o Papa em conjunto com um Concílio Ecumênico têm claramente a intenção de impor à Igreja que creia nesse ensinamento. Tais definições são geralmente acompanhadas por anátemas (condenações) daqueles que, de qualquer modo, negarem o ensinamento assim definido.
Terceiro, as definições do Magistério Ordinário e Universal – ou seja, o ensino constante da Igreja de um modo “ordinário”, desde sempre e em qualquer parte do mundo -, mesmo se esse ensinamento não foi solenemente definido pelas palavras ”Declaramos, pronunciamos e definimos (...)” (Um bom exemplo é o ensino constante da Igreja, ao longo da Sua história, de que a contracepção e o aborto são gravemente imorais).

Quarto, há julgamentos definitivos do Papa – geralmente sobre proposições condenadas, nas quais é proibido a um Católico acreditar. Quando um Papa, ou um Papa em conjunto com um Concílio, condenam solenemente uma proposição, é possível saber-se, infalivelmente, que ela é contrária à Fé Católica.

Um exemplo de um Credo é a Profissão de Fé promulgada pelo Concílio de Trento. Apresentamo-lo aqui, convenientemente organizado em forma de pontos e sem alteração na linguagem:

·         Eu N. creio firmemente e confesso tudo o que contém o Símbolo da fé usado pela Santa Igreja Romana, a saber:

·         Creio em um só Deus, Pai Onipotente, Criador do céu e da terra e de todas as coisas, visíveis e invisíveis. E em

·         Um ó Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos; é gerado, não feito; consubstancial ao Pai, por quem foram feitas todas as coisas.

·         O qual, por amor de nós homens e pela nossa salvação, desceu dos céus. E se encarnou por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e se fez homem.

·         Foi também crucificado por nossa causa; e padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos e foi seputado. E

·         Ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E subiu ao céu,

·         Está sentado à mão direita de Deus Pai. E pela segunda vez há de vir com majestade e julgar os vivos e os mortos. E o seu reino não terá fim.

·         E [creio] no Espírito Santo, [que também é] Senhor e Vivificador, o qual procede do Pai e do Filho. O qual, com o Pai e o Filho, é juntamente adorado e glorificado, e foi quem falou pelos profetas.

·         E [creio] na Igreja, que é uma, santa, católica e apostólica.

·         Confesso um só batismo para a remissão dos pecados. E aguardo a ressurreição dos mortos e a vida da eternidade. Assim seja.

·         Aceito e abraço firmemente as tradições apostólicas e eclesiásticas, bem como as demais observâncias e constituições da mesma Igreja.

·         Admito também a Sagrada Escritura naquele sentido em que é interpretada pela Santa Madre Igreja, a quem pertence julgar sobre o verdadeiro sentido e interpretação das Sagradas Escrituras. E jamais aceitá-la-ei e interpretá-la-ei senão conforme o consenso unanime dos Padres.

·         Confesso também que são sete os verdadeiros e próprios sacramentos da Nova Lei, instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo, embora nem todos para cada um necessários, porém para a salvação do gênero humano.

·         São eles: Batismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema-Unção, Ordem e Matrimônio, os quais conferem a graça; mas não sem sacrilégio se fará a reiteração do Batismo, da Confirmação e da Ordem.

·         Da mesma forma aceito e admito os ritos da Igreja Católica recebidos e aprovados pela administração solene do todos os supracitados sacramentos.

·         Abraço e recebo tudo o que foi definido e declarado no Concílio Tridentino sobre o pecado original e a justificação.

·         Confesso, outrossim, que na Missa se oferece a Deus um sacrifício verdadeiro, próprio e propiciatório pelos vivos e defuntos, e que no santo sacramento da Eucaristia estão 
verdadeira, real e substancialmente o Corpo e o Sangue com a Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, operando-se a conversão de toda a substância do pão no corpo, e de toda a substância do vinho no sangue; conversão esta chamada pela Igreja transubstanciação.

·         Confesso também que sob uma só espécie se recebe o Cristo todo inteiro e como verdadeiro sacramento.

·         Sustento sempre que há um purgatório, e que as almas aí retidas podem ser socorridas pelos sufrágios dos fiéis;

·         Que os Santos, que reinam com Cristo, também devem ser invocados; que eles oferecem sua orações por nós, e que suas relíquias devem ser veneradas.

·         Firmemente declaro que se devem ter e conservar as imagens de Cristo, da sempre Virgem Mãe de Deus, como também as dos outros Santos, e a eles se devem honra e veneração.

·         Sustento que o poder de conceder indulgências foi deixado por Cristo à Igreja, e que o seu uso é muito salutar para os fiéis cristãos.

·         Reconheço a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, como Mestra e Mãe de todas as Igrejas.

·         Prometo e juro prestar verdadeira obediência ao Romano Pontífice, Sucessor de S. Pedro, Príncipe dos Apóstolos e Vigário de Jesus Cristo.

·         Da mesma forma aceito e confesso indubitavelmente tudo o mais que foi determinado, definido e declarado pelos sagrados cânones, pelos Concílios Ecumênicos, especialmente pelo santo Concílio Tridentino (e pelo Concílio Ecumênico do Vaticano – nota do blog: Não confundir com o nefasto Concílio Vaticano II -, principalmente no que se refere ao Primado do Romano Pontífice e ao Magistério infalível)

·         Condeno ao mesmo tempo, rejeito e anatematizo as doutrinas contrárias e todas as heresias condenadas, rejeitadas e anatematizadas pela Igreja.

·         Eu mesmo, N. prometo e juro como o auxílio de Deus conservar e professar integra e imaculada até o fim de minha vida esta verdadeira fé católica, fora da qual não pode haver salvação, e que agora livremente professo. E quanto em mim estiver, cuidarei que seja mantida, ensinada e pregada a meus súditos ou àqueles, cujo cuidado por ofício me foi confiado. Que para isto me ajudem Deus e estes santos Evangelhos!


Com respeito às definições solenes e infalíveis do dogma Católico, um exemplo recente é a Carta Apostólica do Bem-aventurado Papa Pio IX, Ineffabilis Deus (1854), onde se define infalivelmente o Dogma da Imaculada Conceição de Maria:

            “Declaramos, pronunciamos e definimos: A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça a privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda a mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis.”

Portanto, se alguém (que Deus não permita!) deliberadamente entende pensar diversamente de quanto por Nós foi definido, conheça e saiba que está condenado pelo seu próprio juízo, que naufragou na fé, que se separou da unidade da Igreja, e que, além disso, incorreu por si, “ipso facto”, nas penas estabelecidas pelas leis contra aquele que ousa manifestar oralmente ou por escrito, ou de qualquer outro modo externo, os erros que pensa no seu coração.

Texto retirado do livro: O Derradeiro combate do demônio, compilado e editado pelo Padre Paul Kramer, págs. 179-182.

Fonte:

Catecismo Maior de São Pio X

Falando sobre o uso do véu

$
0
0
Apesar do Concílio Vaticano II ter produzido um hecatombe na vida católica, alterando praticamente tudo o que havia na Igreja, da liturgia aos hábitos das freiras, paradoxalmente um aspecto foi silenciado pelo Concílio e pelo Código de Direito Canônico de 1983, promulgado pelo papa João Paulo II: refiro-me ao uso do véu pelas mulheres.



Ao contrário do que se diz por aí, o uso do véu não passou a ser objetivamente facultativo, após as mudanças litúrgicas do pós-concílio: oficialmente nada se disse a respeito. Tudo o que temos em mãos a respeito do tema é:

1 – As Sagradas Escrituras, especialmente a determinação de São Paulo para que as mulheres nas Igrejas tenham a cabeça coberta.

2 – A Tradição de mais de 2000 anos da Igreja, em que as mulheres em todos os tempos e em todos os lugares sempre respeitaram o costume de ter a cabeça coberta;



3 – O Código de Direito Canônico de 1917 que OBRIGA o uso do véu, mas na verdade não faz outra coisa que sancionar uma norma que sempre fez parte do dia-a-dia da Igreja. Está escrito no Código de Direito Canônico de 1917: “As mulheres, entretanto, têm que cobrir suas cabeças e vestir-se com modéstia, especialmente quando se aproximam da mesa do Senhor” (Mulieres autem, capite cooperto et modest vestitae, maxime cum ad mensam Domincam accedunt, Código de Direito Canônico de 1917, cân. 1262).

4 – Para o nosso caso brasileiro, de forma mais específica, o Concílio Plenário brasileiro de 1929 confirma esta obrigatoriedade, isso antes de existir a CNBB. Ora: esta norma nunca foi suprimida oficialmente, e antes de tudo repete o que fez parte do dia-a-dia católico desde a fundação da Igreja, baseado nas Escrituras, na Tradição e nos costumes.

5 – Mesmo o atual Código de Direito Canônico de 1983 omite o assunto. Mas para outras questões em que existe o claro propósito de supressão, podemos encontrar com todas as letras. O atual Código, como dito, nada fala sobre o uso do véu, mas por outro lado, o novo Código diz nos cânones 20 e 21 que a nova lei canônica só abole a velha lei quando ela escrever explicitamente isto, e que em caso de dúvidas, a lei antiga não deve ser revogada, mas pelo contrário:

A lei posterior ab-roga ou derroga a anterior, se expressamente o declara, se lhe é diretamente contrária, ou se reordena inteiramente toda a matéria da lei anterior; a lei universal, porém, de nenhum modo derroga o direito particular ou especial, salvo determinação expressa em contrário no direito (Código de Direito Canônico de 1983, cân. 20).
E ainda:

Na dúvida, não se presume a revogação de lei preexistente, mas leis posteriores devem ser comparadas com as anteriores e, quanto possível, com elas harmonizadas (Ibid., cân. 21).



O novo Código de Direito Canônico é questionável, para dizer o mínimo. Mas o foco deste post é mostrar que até mesmo ele omite o assunto. Logo, é muito provável que o assunto não seja apenas para tradicionalistas, mas as mulheres que não utilizam o véu laboram em erro e desobedecem a disciplina da Igreja ainda que não saibam disso, ainda que sejam proibidas por seus próprios párocos ou bispos. Não cabe a mim apontar a falha ou o pecado alheio, mas o fato de 99,9% da população – a começar pelo clero – desobedecer as normas não anula as leis, mas torna negligentes 99,9% da população. Portanto: quem agora sabe destes dados e não é mais ignorante no assunto, que ponha a mão na consciência e faça o que é certo, ao invés do que convém.


                                                                                 Extraído do ótimo blog Regi Saeculorum

Fonte:

Cruzada do Coração de Maria


Confissão – Quem quer e quem não quer, ou seja, desculpas e pretextos

$
0
0
confiD- Discípulo
M – Mestre
D. — Quanto a mim, estou plenamente convencido de tudo o que foi dito até aqui e das excelentes vantagens da Confissão bem feita e freqüente; mas há também muitos que, ou por não a freqüentarem sempre, ou por não a frequentarem nunca, arranjam desculpas e pretextos: o senhor quer ter a bondade de me sugerir um modo de combatê los e convencê-los?
M. — De boa vontade. Exponha as “desculpas e pretextos” de uns e de outros.
D. — “Eu não tenho pecados para confessar”, dizem alguns.
M. — Será verdade?… O Espírito Santo diz que até o justo peca sete vêzes por dia e São João Evangelista escreve: “Se dissermos que não temos culpas enganaremos a nós próprios e em nós não haverá verdade. Os que dizem que não têm pecados para confessar são pobres cegos que não conhecem a própria miséria e, se não a conhecem, é justamente porque não se confessam com bastante freqüência. As pessoas asseadas não toleram nem as pequeninas manchas. Mas as pouco asseadas não se apoquentam nem com manchas grandes e nem com sujeira.
Um oficial perguntou certa vez a um sacerdote:
—Diga-me uma coisa, Padre: Quem não peca é obrigado a se confessar?… Eu nunca me confesso porque nunca peco.
O sacerdote respondeu de pronto:
— Senhor oficial, eu só conheço duas categorias de pessoas que não pecam: crianças, que ainda não atingiram a idade do uso da razão e… os loucos que, infelizmente, já o perderam.
D. — “Eu não sei o que dizer ao Confessor.”
M. — É muito simples. Mesmo quando não tiverem nem roubado, nem morto, nem odiado, nem dado escândalo, etc… e na sua consciência um tanto grosseira não tiverem achado nem mesmo pequenas mentiras, murmurações, maledicências, pensamentos inúteis, afeições, distrações, omissões, negligências e outras muitas coisas parecidas, apresentem-se do mesmo modo ao Confessor e declarem simplesmente que não sabem o que lhe dizer.
Podem estar certos de que, com a sua caridade e prudência ele saberá fazer cora que descubram o que não foram capazes de achar. Além disso, ele terá sempre muitas coisas para lhes dizer, muitos conselhos para lhes dar e também um pouco de penitência, de modo que, quando o deixarem, estarão melhorados, terão mais fervor, sentir-se-ão satisfeitos e felizes pelo contacto que tiveram com Jesus, cujo ministro é o Confessor.
D. — “Não tenho a tranqüilidade suficiente para isso.
M. — Vocês têm desgostos, preocupações, aborrecimentos? Vão a ele do mesmo modo. O Confessor terá compaixão de vocês, será caridoso, ajuda-los. Deus não exige mais do que lhe podem dar. Os Sacramentos é que são feitos para os homens e não os homens para a grandeza dos Sacramentos. Coragem e boa vontade e, sobretudo confiança no Confessor e em Deus.
D. — “Não tenho tempo e nem facilidade para me confessar frequentemente”.
M. — Outra desculpa que não serve. Querer é poder! Quantas coisas não se fazem, mesmo à custa de sacrifícios, para o bem corporal, para a saúde, para os interesses? Será que para a nossa alma não havemos de querer fazer nada? Tratemo-la ao menos como o pobre cadáver do nosso corpo. Aliás, o tempo gasto com a alma, Deus o recompensa generosamente mesmo aqui na terra.
Um dia um campônio forte e sadio foi confessar-se com um padre jesuíta.
A primeira pergunta do confessor foi:
— Há quanto tempo não se confessa?
— Há dez anos!
— E agora está disposto a se confessar bem?
— Estou, Padre!
— Dê-me então dez cruzeiros!
— Como? dez cruzeiros? Mas eu sempre ouvi dizer que não se paga nada pela confissão.— Não se paga nada, rebateu o sacerdote, e o Sr. vem se confessar só de dez em dez anos?
Compreendeu o campônio a justa repreensão, pediu humildemente perdão e prometeu freqüentar melhor os Sacramentos.
D. — “Eu não tiro proveito algum da confissão; estou sempre do mesmo jeito”.
M. — Não são vocês que o devem julgar, mas o Confessor. De mais a mais, essa é uma argumentação às avessas. Se não se confessarem ou se o fizerem raramente, não ficarão sempre do mesmo jeito, mas se tornarão certamente cada vez piores, sem darem por Isso.
D. — “Muitas vêzes, eu não tenho coragem para me confessar, porque o Confessor me conhece”.
M. — Mas quem é que os obriga a se confessarem com um Confessor que os conhece? Há tantos por aí que nem se quer sabem se vocês existem ou não; procurem um desses e confessem-se com sinceridade e sem medo.
D. — “Mas o que direi ao meu Confessor quando voltar para ele?”
M. — Digam-lhe o mesmo que das outras vezes, sem mencionar os pecados absolvidos pelo outro. O melhor, porém seria escolher um Confessor de plena confiança com o qual poderiam ser absolutamente sinceros.
D. — “E quando não for possível, por não haver outros?”
M. — Se vocês tivessem uma ferida mortal, se por engano tomassem veneno, será que não correriam logo à procura de um médico ou cirurgião qualquer, a custa de qualquer sacrifício, contanto que pudessem salvar-se?
Pois bem, façam o mesmo para tirar logo da alma o veneno do pecado, recorrendo, a contra-gosto se for preciso, ao Confessor de sempre.
D. — “O quê dirá ele de mim?”
M. — Dirá que você também é humano como os demais; admirará a sua coragem, a sua humildade, a sua sinceridade; ficará satisfeito ao pensar que merece toda a sua confiança; o seu afeto e a sua estima por você serão aumentados. De mais a mais, ele que diga o que bem entender, contanto que o seu coração fique em paz!
D. — Outros então — e são os que têm menos vontade — vão repetindo: “Para quê me confessar?”
M. — Porque Deus assim o quer! Porque você tem necessidade disso!… Porque é só mediante a Confissão que obteremos o perdão e a verdadeira paz de espírito!… Porque os pecados são punidos com penas eternas!
Riam-se e neguem à vontade que nunca conseguirão destruir o inferno e a eternidade, Deus e a sua justiça, a alma e a sentença que a espera.
Para quê se confessar? Porque vocês têm necessidade de ouvir palavras de um amigo que lhes diga toda a verdade, sem rodeios nem enganos. Porque longe da Confissão, vocês acabarão tendo uma morte desgraçada e uma eternidade infeliz!
D. — “Eu não creio na Confissão”.
M. — Confessem-se, e acreditarão, como acreditaram muitos que antes eram incrédulos como vocês; como acreditaram os homens mais célebres, os mais insignes cientistas, os mais importantes personagens.
Um dia, um senhor apresentou-se ao Santo Cura de Ars para vê-lo e para falar-lhe.
As primeiras palavras do visitante o Padre respondeu:
— Ponha-se aqui no confessionário e confesse-se. — Mas… continuou o visitante, eu não creio em nada.
— Não importa, eu creio pelo senhor; confesse-se.
— Acredite, Padre, que não há nada no mundo mais ridicularizado e detestado do que a confissão.
Desculpas e rodeios foram inúteis: com suave insistência o Santo Cura obrigou-o a ajoelhar-se e o ajudou na confissão. Assim que terminou, o homem se levantou alegre, exclamando:
— Agradecido, Padre; eu creio!… estou plenamente satisfeito! O Sr. não podia causar-me maior benefício!…
D. — “Não sei me confessar”.
M. — Nada mais fácil para quem tem boa vontade! Do mesmo modo que confiam ao médico as dores de cabeça ou de estômago, confiem ao Confessor os males da alma. De qualquer maneira, apresenten-se a ele, que os livrará de todo e qualquer embaraço.
D. — “Eu não me confesso, porque, se o fizesse fariam caçoada de mim, me chamariam de beato, de clerical, e de não sei que mais”.
M. — Oh, soldado de papelão! Onde está o seu valor? Se o mundo estivesse cheio de beatos e clericais, haveria menos roubos, menos fraudes, menos escândalos, menos cárceres e penitenciárias. Se todos se confessassem haveria mais honestidade, mais decoro, mais segurança individual e coletiva e — digamo-lo francamente — maior bem estar e civilidade!
Aliás, se lhes falta mesmo a coragem, quem os obriga a se fazerem ver? Vão quando e onde não sejam vistos.
D. — “Não me confesso, porque não tenho confiança nos padres da minha paróquia”.
M. — Seja, mas porque não procuram outros? Muitos o fazem, por ocasião de festas, feiras, mercados e voltam para casa satisfeitos e felizes. Para arrancar um dente vocês são capazes de maiores sacrifícios, procedam do mesmo modo para arrancar os pecados! E se lhes acontecesse uma desgraça? Se adoecessem grave e repentinamente? o quê fariam? Será que haveriam de querer morrer assim, sem Sacramentos, ou, ainda pior, com Sacramentos mal recebidos? Afastem pois esses temores de criança; a salvação da alma antes de tudo!
D. — “Não posso deixar esse pecado”.
M. — Então vocês querem ir para o inferno, para toda a eternidade? Querem, em troca de míseras satisfações, continuar a injuriar a Deus e a causar pesar a Jesus?
D. — “Não posso deixar essa pessoa”.
M. — Maldita seja essa pessoa que é causa de pecado! Mas será que vocês calculam não deixá-la nem com a morte? Será que pretendem levá-la para além do túmulo, para o juízo, para a eternidade? Não vêm que ela os desonra, os envergonha, os arruína? É preferível dizer de uma vez que não querem! Lembrem-se da história do que cedeu à sova.
D2— “A confissão é uma invenção dos padres”.
M. — Ah, é? Vocês falam sério?! Têm mesmo certeza? Pois bem, citem os nomes!
Conhecem-se todos os inventores de todas as maiores descobertas, portanto, não seria difícil saber o nome de quem inventou a confissão. Que venha o nome!
Mas vocês se calam. Digam-me, ao menos, o ano, a época, o lugar de tal invenção. Vocês continuam calados: não sabem, nem nunca o saberão, porque não existe. Isso é mentira, grande mentira! E vocês deixam-se enganar por alguns indignos desprezíveis que, por não crerem, negam, desprezam, mentem sabendo que mentem?
D. — “Os que se confessam são piores do que os outros”.
M. — Eis a grande objeção! Pois bem eu o reconheço em parte e digo: Alguns o são, mas por se confessarem mal, o que é para eles vergonhoso. Mas absolutamente não é esse o caso da maior parte, digo mesmo da grande maioria. Se Deus tivesse a complacência de descobrir em praça pública o estado real das almas, que enorme diferença notaríamos entre as que se confessam e as que o fazem raramente ou nunca. É o mesmo que duas fazendas idênticas e usadas da mesma maneira, das quais uma é sempre lavada e a outra não.
Naturalmente, se tomarem para exemplo os piores dos que se confessam e os compararem com os melhores dentre os que não se confessam, o resultado os satisfará. Mas comparem os bons com os bons, os maus com os maus e verão que a coisa muda de aspecto. É preciso considerar o conjunto e não os indivíduos em particular. Sobre cem pessoas que se confessam poderão encontrar duas, talvez dez más; mas sobre cem que não se confessam encontrarão mais de noventa, justamente porque não freqüentam a confissão. Gallerani, escreve:
“Se deitamos um olhar sobre os países e as cidades, veremos com nossos próprios olhos os ladrões, os sicários, os assassinos, as mulheres infiéis, as libertinas, as que se vendem, e enfim toda essa imundície que enche e infeta os cárceres e as penitenciárias, sai de lugares bem diferentes das fileiras dos que se confessam”.
São estas as palavras de um contemporâneo ilustre: “Filhos, injuriai a confissão, se quiserdes, mas lembrai-vos de que foi ela que fez com que vossas mães amassem as aflições que a vossa infância lhes custou. Injuriai a confissão, ó maridos; mas lembrai-vos de que é ela que mantém vossas mulheres firmes e imaculadas durante a vossa ausência. Injuriá-la, ó pobres, mas é ela que faz descer sobre vós, com maior delicadeza e abundância, a caridade do rico. Injuriai-a, á ricos, mas é ela que, melhor do que todas as leis humanas, garante e salva os vossos bens e os vossos direitos sempre tão ameaçados”.
Reflitam também sobre três fatos gerais que todos percebem facilmente:
1) É verdade ou não que todos os que se confessam dão mostras de que têm intenção de se conservar no caminho dos bons costumes e, mesmo quando já caíram dão a perceber que tencionam ressurgir?
2) É ou não verdade que, aquele que se quer deixar levar à mercê do vício abstêm-se logo da confissão e vai engrossar as fileiras dos que já não se confessam mais?
3) É ou não verdade que, todo o indivíduo que quer voltar para o bom caminho começa por recorrer ao ministério do Sacerdote, à Confissão?
“Pois bem, se isso é verdade; exclama o supra citado Padre Gallerani, temos o direito de concluir que na cidade de Deus, onde se pratica a confissão, há bem mais virtude do que na cidade do mundo onde não se freqüentam os Sacramentos. Pelo contrário, na cidade do mundo, onde não se pratica a confissão, há uma soma de vícios muito mais alta do que na cidade de Deus, onde é praticada”.
Oh! como é fácil compreender que todas essas dificuldades sobre a confissão partem do coração e da paixão, e não da razão. Afastem os vícios do coração, façam calar as paixões e amanhã mesmo confessar-se-ão com os outros aos pés do Sacerdote.
D. — Muito bem Padre: guardarei todas essas belas respostas e, de agora em diante, todas as vêzes que eu ouvir despropósitos e horrores sobre a confissão, saberei servir medelas e responder pelas rimas.
M. — Quanto a você, tenha sempre gravadas na memória estas palavras de São Paulo: “Mesmo que um Anjo baixasse do Paraíso para dizer coisas contrárias ao Evangelho, e, portanto, contrárias à confissão, não creias nem no Anjo”. Assim, você será sempre um bom cristão — e é o que lhe desejo de todo o coração — porque a confissão é vida e luz.
Um professor convertido há pouco, encontra casualmente um sacerdote; olha-o atentamente, e depois, cumprimentando-o gentilmente, exclama:
— O senhor é o meu confessor!…
— Mas… eu não tenho certeza, responde o sacerdote um tanto incerto.
— Sim, o senhor é o meu confessor, eu, o estou reconhecendo. Devo-lhe a minha felicidade, porque a confissão é vida e luz! Quem não se confessa não podo ser crente nem se pode gabar de ter fé.
Diante dessa cena comovente, um advogado que havia muitos anos não comungava pela Páscoa, comovido até o fundo da alma, decidiu experimentar também, e acabou persuadindo os seus amigos a seguirem o seu exemplo, para que se convencessem também de que a confissão é vida e luz.
Confessai-vos bem - Pe. Luiz Chiavarino
Fonte:

O amor no casamento

$
0
0
27c60fe5O amor que é caridade na alma religiosa, estima no pensamento, ternura no coração, devotamento bem regulado na atividade externa, e sob todos os pontos de vista, amizade cristã – não tem motivo para ser “paixão na carne”.
Só se trata de não romper o laço que une e prende tudo a Deus, pelo Cristo. Bastará fazer circular por toda a esfera a mesma influência moral e cristã.
O amor que une o casal – homem e mulher – está no seu direito quando nos esposos enlaça alma e corpo. Mas essa união deve ter por centro a vida da alma.
Esposos cristãos, lembrai-vos de tudo que Deus quer, e depois gozai nobremente do que Deus vos dá nas relações de casados. Não quer o Cristão casado ofertar sua esposa à Deus? Então que lhe ofereça uma parte dos direitos e das intimidades do amor humano. Essa oferta contribuirá para aumentar o amor divino. Que tudo aconteça, porém, de mútuo acordo.
Que as renúncias sejam determinadas com prudência, que sejam temporárias. E depois voltem os casados às suas núpcias carnais segundo o conselho do Apóstolo (1 Cor 7,5) - Não se recusem um ao outro, a não ser que estejam de comum acordo e por algum tempo, para se entregarem à oração; depois disso, voltem a unir-se, a fim de que Satanás não os tente por não poderem dominar-se. 
As 3 Chamas do Lar – Esposa – Pe. Geraldo Pires de Souza
Fonte:

22 de agosto: Festa do Imaculado Coração de Maria

$
0
0


22 de agosto

FESTA DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA




clique para ver mais imagens
Memória mariana de origem devocional, instituída por Pio XII, a atual celebração nos convida a meditar sobre o Mistério de Cristo e da Virgem em sua intimidade e profundidade. Maria, que guarda as palavras e os fatos do Senhor, meditando-os em seu coração (Lc. 2,19), é a morada doEspírito Santo, a Sede da Sabedoria (Lc. 1,35), a imagem e o modelo da Igreja, que ouve e testemunha a mensagem do Senhor (cfr. Lc. 11,28). (Miss. Rom.)

No Martirológio Romano: Memória do Imaculado Coração da Beata Virgem Maria: guardando no próprio coração a memória dos mistérios de salvação cumpridos em seu Filho, espera com confiança o cumprimento em Cristo.

A devoção ao Imaculado Coração de Maria consiste na veneração do Coração de Maria, mãe de Jesus, e ganhou grande destaque com as Aparições de Fátima, mas a origem deste culto pode ser encontrada nas palavras do Evangelista Lucas, onde o Coração de Maria aparece como umaarca de tesouros (Lc. 2,19) que guarda as mais santas lembranças. Depois, segue aumentando na Era Patrística, tendo-se desenvolvido, na Idade Média e nos tempos modernos, por obra de grandes Santos como São BernardoSanta GertrudesSanta BrígidaSão Bernardino de Sena eSão João Eudes (1601-1680), que foi um grande promotor da festa litúrgica do Imaculado Coração de Maria e que, já em 1643, começou a celebrá-la com os religiosos de sua congregação. Em 1648, consegue do Bispo de Autun (França) a concessão da festa. Em 1668, a festa e os textos litúrgicos são aprovados pelo Cardeal delegado de toda a França, enquanto Roma se negava, por diversas vezes, a confirmar a festa. Foi somente após a introdução da festa do Sagrado Coração de Jesus, em 1765, que será concedida, aqui e ali, a faculdade de celebrar a festa do Coração de Maria, tanto que o Missal Romano de 1814 a elenca ainda entre as festas “pro aliquibus locis”. São João Eudes, em seus escritos, nunca separou os dois Corações de Jesus e de Maria, e enfatiza a união profunda da Mãe com o Filho de Deus encarnado, cuja vida pulsou por nove meses ritmicamente com aquela do Coração de Maria.

A festa foi instituída oficialmente em 1805, pelo Papa Pio VII. Cinquenta anos mais tarde, Pio IXaprovou a Missa e o Ofício próprios. Papa Pio XII[1] estendeu, em 1944, a toda a Igreja, em perene memória da Consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, realizada por ele em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1948, o Papa Pio XII convida a todos os Católicos a se consagrarem ao Imaculado Coração de Maria através da Encíclica Auspicia Quaedam, onde diz: 
“(...) E como o nosso predecessor de imortal memória Leão XIII, nos albores do século XX, quis consagrar todo o gênero humano ao Sacratíssimo Coração de Jesus, também nós, como que representando a família humana por ele redimida, quisemos solenemente consagrá-la ao coração imaculado de Maria virgem. Desejamos que todos façam o mesmo, sempre que a oportunidade o aconselhar; e não só em cada diocese e cada paróquia, mas também em cada família. Assim esperamos que desta consagração particular e pública nasçam abundantes benefícios e favores celestiais. Seja presságio desses favores celestes e penhor de nossa benevolência paterna a bênção apostólica que damos com efusão de coração a cada um de vós, veneráveis irmãos, a todos aqueles que de boa mente corresponderem a esta nossa carta de exortação, e de um modo particular as caríssimas crianças” (1º de Maio de 1948).

Em 1952, o Papa Pio XII consagra a Rússia ao Imaculado Coração de Maria, através daCarta Apostólica Sacro Vergente Anno[2].

O culto do Imaculado Coração de Maria recebeu um forte impulso após as Aparições de Fátima, em 1917.

Os pastorzinhos viram que Nossa Senhora tinha sobre a palma da mão direita um Coração cercado de espinhos que penetravam nele, fazendo-o sangrar horrivelmente. Era o Coração Imaculado de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, a pedir reparação...

De acordo com o legado dos pastorzinhos de Fátima, foi Nossa Senhora quem, em 1917, depois de mostrar a visão do Inferno a Lúcia, Jacinta e Francisco, lhes revelou o “Segredo”. Contava a Irmã Lúcia que: 
“(…) para salvar as almas (...) Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao Meu Imaculado Coração” (13 de Junho de 1917, in Memórias, da Irmã Lúcia).

Deus escolheu o Imaculado Coração de Maria, sem mancha e sem pecado, para que, assim como a salvação do mundo veio por Ela na pessoa de Jesus Cristo, também é por meio dEla que nós haveremos de ser salvos. Nossa Senhora afirma: “Se fizerem o que eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão a paz” (in Memórias, da Irmã Lúcia).

A Liturgia da festa ressalta a intensa atividade espiritual do Coração da primeira discípula de Cristo, e apresenta Maria propensa, no íntimo de seu coração, à escuta e ao aprofundamento da palavra de Deus. Maria medita em seu Coração os eventos em que é envolvida junto com Jesus, procurando penetrar o mistério que está vivendo: guardar e meditar em seu Coração todas as coisas, a faz descobrir a vontade do Senhor, como um pão que a nutre no íntimo, como uma água que brota em um terreno fecundo. Com este seu modo de agir, Maria nos ensina a nos alimentarmos em profundidade do Verbo de Deus, a viver saciando-nos e abeberar-nos dEle, e, sobretudo, a encontrar Deus na meditação, na oração e no silêncio. Maria, enfim, nos ensina a refletir sobre os acontecimentos de nossa vida cotidiana e a descobrir neles Deus que se revela, inserindo-se em nossa história.

O objeto primário da festa do Coração Imaculado de Maria é a Sua pessoa. O objeto secundário é o Coração simbólico, isto é, o coração físico da Virgem, por ser o símbolo de seu amor e de toda sua vida íntima, sendo a expressão de todos os seus sentimentos, afetos, e, sobretudo, de sua ardentíssima caridade para com Deus, para com seu Filho e para com todos os homens, que lhe foram confiados solenemente por Jesus agonizante.

A festa sugere o louvor e ação de graças ao Senhor por nos haver dado uma Mãe tão poderosa e misericordiosa, à qual nós podemos nos dirigir confiantemente, em qualquer necessidade. Inspira também que conduzamos uma vida segundo o Coração de Deus, e que peçamos à Virgem Santa a chama de uma ardente caridade.


 


Fonte:
http://farfalline.blogspot.com.br/

Como se reparte....

$
0
0
O amor que é: caridade na alma religiosa, estima do pensamento, ternura no coração, devotamento bem regulado na atividade externa,e sob todos os pontos de vista, amizade cristã – não tem motivo para não ser paixão na carne.
Só se trata de não romper o laço que une e prende tudo a Deus, pelo Cristo. Bastará fazer circular por toda a esfera a mesma influência moral e cristã.O amor que une o casal – homem e mulher – está no seu direito quando nos esposos enlaça alma e corpo. Mas essa união deve ter por centro a vida da alma.
Esposos cristãos, lembrai-vos de tudo que Deus quer, e depois gozai nobremente do que Deus vos dá nas relações de casados. Não quer o cristão casado ofertar sua pessoa a Deus? 
Então que lhe ofereça uma parte dos direitos e das intimidades do amor humano. Essa oferta contribuirá para aumentar o amor divino. Que tudo aconteça, porém, de mútuo acordo. Que as renúncias sejam determinadas com prudência, que sejam temporárias. E depois voltem os casados às suas núpcias carnais, segundo o conselho do Apóstolo (I Cor 7, 5).
As três chamas do lar - Pe. Geraldo Pires de Sousa
Fonte:
http://catolicosribeiraopreto.com/

O principal motivo da perdição

$
0
0
imagesDiscípulo — Padre, poderia explicar-me a razão deste livro?
Mestre — Chamei-o assim por causa do fato seguinte:
 
Conta-se certa moça, tendo caído por desgraça num desses pecados que tanto envergonham na confissão, vivia triste e desconsolada. Passaram-se assim muitos meses, sem que nenhuma das companheiras da coitada descobrisse a causa de tanta aflição. Nesse ínterim, aconteceu que a sua melhor amiga, muito virtuosa e devota, morreu santamente.
 
Uma noite, a chamam pelo nome, quando está no melhor do sono; reconhece perfeitamente a voz da amiguinha morta que vai repetindo: Confesse-se bem… se você soubesse o quanto Jesus e bom! A moça tomou aquela voz por uma revelação do céu, criou coragem e, decidida, confessou o pecado que era a causa de tanta vergonha e de tantas lágrimas. Naquela ocasião, tamanha foi a sua comoção, tão grande o seu alívio que depois disso, contava o fato a todo o mundo, e repetia por sua vez: “Experimentem e vejam o quanto Jesus é bom”.
 
D. — Muito bem! — acredito nisso plenamente, porque, já fiz mais de cem vezes a experiência de tal verdade.
 
M. — Pois então agradeça a Deus de todo o coração e continue a fazer boas confissões. Ai daquele que envereda, pelo caminho do sacrilégio! É essa a maior desgraça que nos pode acontecer, porque dela não teremos mais a força de nos afastar, e assim prosseguiremos, talvez até à morte, precipitando-nos no abismo da perdição eterna.
 
D. — É assim tão nefanda uma confissão mal feita?
 
M. — É o principal motivo, a causa capital da perdição!
 
D. — Deveras?
 
M. — Assim é, infelizmente! São as confissões mal feitas o motivo pelo qual tantas pessoas perdem suas almas e vão para o inferno.
 
D. — Mas não há exagero nisso?
 
M. — Exagero nenhum, e nem sou eu quem o diz: afirmam-nos os Santos que melhor conhecem as almas e viu-o Santa Teresa em uma visão. Estava a Santa rezando, quando, de repente abrem-se diante dos seus olhos uma voragem profunda, cheia de fogo e de chamas; e nesse abismo precipitam-se com abundância, como neve no inverno, as pobres almas perdidas.
 
… são as confissões mal feitas o motivo pelo qual tantas pessoas perdem suas almas e vão para o inferno!…
 
Assustada, a Santa levanta os olhos ao céu e:
 
— Meu Deus, exclama, meu Deus! O que é que eu estou vendo? Quem são elas, quem são todas essas almas que se perdem? Com certeza devem ser as almas dos pobres infiéis.
 
— Não, Teresa, não! Responde o Senhor. As almas que neste momento vês precipitarem-se no inferno com o meu consentimento, são, todas elas, almas de cristãos como tu.
 
— Mas então devem ser almas de pessoas que não acreditavam, que não praticavam a Religião, que não freqüentavam os Sacramentos!
 
— Não, Teresa, não! Fica sabendo que essas almas pertencem todas a cristãos batizados como tu, e, que, como tu, eram crentes e praticantes…
 
— Mas se assim é, naturalmente essa gente nunca se confessou, nem mesmo na hora da morte…
 
— No entanto, são almas que se confessavam, e confessaram-se também antes de morrer…
 
— Por qual motivo então, ó meu Deus, são elas condenadas?
 
— São condenadas porque se confessaram mal… Vai Teresa, conta a todos esta visão e recomenda aos Bispos e Sacerdotes que nunca se cansem de pregar sobre a importância da confissão e contra as confissões mal feitas, afim de que os meus amados cristãos não transformem “o remédio em veneno; afim de que não se sirvam mal desse sacramento, que é o sacramento da misericórdia e do perdão.”
 
D. — Pobre Jesus!… São assim tão numerosas as confissões mal feitas?
 
M. — S. Afonso, S. Felipe Néri, S. Leonardo de Porto Maurício, afirmam unanimemente que, infelizmente, o número das confissões mal feitas é incalculável. Eles, que passaram à vida no confessionário e à cabeceira dos moribundos, sabem dizer a pura verdade.
 
E nós que erramos, de terra em terra, pregando exercícios e missões, somos obrigados a afirmar a mesma coisa. O célebre Padre Sarnelli, na sua obra “O mundo santificado” exclama: “Infelizmente são incalculáveis as almas que fazem confissões sacrílegas: sabem disso, em parte, os Missionários de longa experiência, e cada um de nós virá sabê-lo, com grande pasmo, no vale de Josafá. Não só nas grandes capitais, mas nas cidades menores, nas comunidades, no meio daqueles que passam por piedosos e devotos encontram-se em grande número os sacrílegos…”
 
O Padre Tranquillini, da Companhia de Jesus, tendo sido chamado à cabeceira duma senhora gravemente enferma, acode com solicitude e a confessa: mas, chegada à hora da absolvição, ele sente qualquer coisa que, como se fosse uma mão de ferro, o impede de prosseguir.
 
— Minha senhora, diz ele, talvez se tenha esquecido de alguma coisa…
 
— Impossível, Padre, estou me preparando há oito dias…!
 
Depois de algumas preces, tenta uma segunda vez; mas, a mesma mão o impede de novo.
 
— Desculpe, minha senhora, replica o Padre, talvez a senhora não ouse confessar algum pecado…
 
— O quê diz, Padre? Isso me ofende. Como pode supor que eu queira cometer um sacrilégio?
 
Torna a tentar pela terceira vez a absolvição e ainda uma vez aquela força invisível o impede de agir. Não podendo compreender qual o mistério que se escondia num fato tão extraordinário, cai de joelhos, e, chorando, suplica àquela senhora, que não se traia, que não seja a causa da própria perdição.
 
— Padre, exclama ela então, Padre, há quinze anos que eu me confesso mal! Veja, portanto, como é fácil achar-se quem se confessa mal!
 
D. — Chega, Padre, isto me faz estremecer.
 
M. — Antes tremer aqui do que queimar no inferno: e, falando disso, lembro-me de outro exemplo. São João Bosco, numa obra sobre a confissão diz textualmente: “Eu vos afirmo que enquanto escrevo, minha mão treme, porque eu penso no número de cristãos que vão para a perdição eterna, somente por terem escondido, ou por não terem exposto sinceramente os seus pecados na confissão”!
 
D. — O senhor disse também: por não terem exposto sinceramente os seus pecados?
 
M. — Certamente! Aquele que, por exemplo, confessa só os maus pensamentos, quando além disso cometeu ações ou atos impuros; aquele que confessa ter cometido tais atos sozinho, quando os cometeu com outros; aquele que esconde o número conhecido de suas faltas; aquele que, interrogado pelo confessor não diz a verdade; todos esses fazem más confissões.
 
D. — O quê é que pensam os que assim procedem?
 
M. — Pensam que no futuro poderão remediar, isto é, confessam-se para viver como diz São Felipe Néri, quando toda e qualquer confissão devia ser feita como se fosse a última, como se nos preparássemos para a morte. Um dia uma mulher do povo confessou-se com um célebre Missionário: de volta do confessionário, ela passou casualmente por cima de uma laje que cobria uma sepultura. A laje, gasta pelo tempo, cedeu, e a mulher caiu lá em baixo, no meio dos ossos e dos esqueletos. Imagine o susto de todas as pessoas que acudiram; mas isso não foi nada, comparado ao terror o aos berros da coitada! Logo depois que, com muito esforço e trabalho conseguiram tirar a mulher dali, ela, que escapou ilesa, voou para o confessionário e:
 
— Padre, padre, até hoje eu só me tinha confessado para viver, mas agora que eu vi a morte diante do mim quero confessar-me como se eu fosse morrer – e tornou a fazer, tremendo, aquela confissão que, momentos antes, tinha feito mal.
 
D. — Ah! o pensamento da morte é terrível.
 
M. — É terrível sim, mas muitíssimo salutar e é pior isso que, cada vez que nos confessamos, devíamos tê-lo na mente. Dentre os inúmeros fatos maravilhosos que se contam na história de D. Bosco destaca-se este: No Salesiano de Turim faziam-se os santos exercícios espirituais, e, todos os presentes, alunos e internos com a máxima seriedade, muito piedosos, rezavam com fervor e colhiam os frutos de suas preces para o bem de suas almas. Enquanto esses cumpriam o seu piedoso dever, um jovem, refratário a toda e qualquer suplica e aos mais afetuosos cuidados de D. Bosco e dos demais superiores, teimou em não se querer confessar nem mesmo naquela circunstância. Os bons Padres tinham feito todo o possível para convencê-lo, mas inutilmente. Ele repetia sempre: “Em qualquer outra ocasião, sim, mas agora não! Vou pensar nisso depois… Agora não sei tomar uma resolução”!
 
Com essa desculpa, chegou ao ultimo dia das cerimônias; D. Bosco, então recorreu a um estratagema. Escreveu numa folha de papel estas palavras: “… e se você morresse durante a noite?!…” e escondeu-a entre o lençol e o travesseiro do rapaz. Cai à noite: todos se vão deitar, e o nosso jovem, despreocupado, também se despe, mas eis que quando vai entrar na cama encontra a tal folha. Um oh! de espanto que ele não pode conter lhe sai dos lábios; pega no papel olha-o, vira-o e revira-o e, por fim, descobrindo que há nele qualquer coisa escrita, arregala os olhos e lê: “… e se você morresse durante a noite”… D. Bosco.
 
D. Bosco! Exclama ele; mas D. Bosco é um santo… Ele conhece o futuro… Talvez aconteça isso mesmo! E se eu morresse durante a noite? ‘ Mas eu não quero morrer, não: quero viver, quero viver e… Enquanto isso, para que os companheiros não reparem, ele se deita, cobre-se e cheio de coragem, tenta pegar no sono. Qual nada! Adormecer naquele estado? Com aquelas palavras que o atormentavam como se fossem espinhos agudos? É impossível! Ele vira e revira na cama, fecha os olhos com força, mas… tudo inútil; ouve sem cessar, cada vez mais vivo, cada vez mais forte, o som daquelas palavras; ele imagina, como se visse o inferno aberto e Jesus que o condena, e diz: “Pobre de mim! E se eu morresse mesmo?…” Um arrepio gelado corre-lhe pela espinha, ele sua frio…
 
— Ah, não — exclama, — eu não quero ir para o inferno, eu quero me confessar…
 
Invoca a proteção de Maria Auxiliadora, do seu Anjo da Guarda e depois, decidido, veste-se, sai devagarzinho, desce a escada, atravessa corredores, sobe para o quarto de D. Bosco e bate na porta.
 
D. Bosco, que, como bom padre o esperava, abre a porta e:
 
— Quem é você?… A estas horas?… O que é que você quer?
 
— Oh! D. Bosco, eu quero confessar-me!
 
— À vontade! se você soubesse com que ansiedade eu o esperei!
 
Introduzido na antecâmara, o rapaz cai de joelhos e, depois de feita a confissão, com o perdão de Jesus volta feliz e tranqüilo para a cama. E já não tem medo! O pensamento da morte já não o assusta e ele diz:
 
“Como estou contente! Mesmo que eu tenha que morrer que importa se eu recuperei a graça, se eu tornei a ser amigo de Jesus”! Adormece serenamente e sonha… vê o céu aberto, os Anjos jubilosos que voam levíssimos, entoando os cânticos mais lindos, os mais belos hinos! Que rapaz de sorte!
 
M. — De sorte são todos aqueles que acreditam – no grande bem da confissão e se servem dela, impedindo assim a própria perdição; enquanto que é bem diferente o caso da infeliz de quem lhe vou falar. São Leonardo de Porto Maurício, acode à cabeceira de uma moribunda, acompanhado por um frade leigo. Depois de confessada a doente, o padre sai sossegado, e, reunindo-se ao companheiro que o esperava no quarto vizinho, apronta-se para sair, quando este, muito triste e assustado lhe diz:
 
— “Padre Leonardo, o quê significa aquilo que eu vi?”
 
— O que é que você viu?
 
– Eu vi uma mão horrendamente negra que vagava pela antecâmara; e, assim que o senhor saiu ela entrou, rápida como um raio, no quarto da doente. Diante de tal história São Leonardo volta para trás, torna a entrar no quarto e oh! Que cena terrível. Aquela mão negra estrangulava aquela desgraçada que, com olhos fora das órbitas, e a língua caída, morria gritando: “Malditos sejam os sacrilégios… Malditos sejam os sacrilégios…”
 
D. — Oh, Padre, então é mesmo verdade que as confissões mal feitas são a causa
 
principal da perdição!
 
M. — Por conseguinte, guerra à mentira e sinceridade absoluta na confissão.
 
Confessai-vos bem - Pe. Luiz Chiavarino

Fonte:

Pensamentos consoladores sobre o purgatório de São Francisco Sales

$
0
0


Pensamentos consoladores sobre o purgatório.

A opinião de São Francisco de Sales, diz o Bispo de Belley, era que do pensamento do purgatório pudéssemos tirar mais consolações do que temor.

A maior parte dizia ele, dos que tanto temem o purgatório, fazem-no em vista do seu interesse e do amor que têm a si mesmos mais do que por interesse de Deus e isto origina-se dos que falam nos púlpitos, não representando ordinariamente senão as penas deste lugar e não as felicidades e a paz que gozam as almas que aí estão.

É verdade que os tormentos são tão grandes, que as maiores dores desta vida se lhes não podem comparar; mas também as satisfações interiores aí são tais, que não há prosperidade nem contentamento na terra que os possam igualar.

1 - As almas estão em uma contínua união com Deus.
2 - Estão perfeitamente submissas à sua vontade, ou para melhor dizer, a sua vontade esta por tal forma transformada na de Deus, que só podem querer o que Deus quer; de forma que, se o paraíso lhes estivesse aberto, antes quereriam precipitar-se no inferno do que aparecer diante de Deus com as manchas que ainda notam em si.
3 - Purificam-se aí, voluntária e amorosamente, porque tal é o agrado divino.
     As almas que estão no purgatório, estão aí, sem dúvida, pelos seus pecados, pecados que detestaram e detestam soberanamente; mas, quanto à objeção e pena que lhes fica de estarem postas neste lugar e privadas por algum tempo do gozo do bem aventurado amor do paraíso, sofrem-no amorosamente e pronunciam com devoção o cântico da justiça divina: "Vós sois justo, Senhor, e os vossos juízos são cheios de equidade".
4 - Querem permanecer da forma que agradar a Deus e por todo o tempo que Ele quiser.
5 - São invencíveis e não podem ter o menor movimento de impaciência, nem cometer a menor imperfeição.
6 - Amam a Deus mais do que a si mesmas e que tudo, com um amor completo, puro e desinteressado.
7 - São consoladas pelos anjos.
8 - Estão certas de sua salvação com uma esperança que as não pode enganar.
9 - A sua penosa amargura tempera-se com uma profunda paz.
10 - Se é uma espécie de inferno, quanto a dor, é um paraíso, quanto a doçura que derrama a caridade mais forte do que a morte, mais poderosa do que o inferno e cujas lâmpadas são fogo e chamas.
11 - Feliz estado, mais desejável do que temível, pois que as suas chamas são chamas de amor.
12 - Temíveis no entanto, porque retardam o termo de toda a consumação, que consiste em ver a Deus e amá-lo, e, por esta vida e amor, louvá-lo e glorificá-lo por toda a duração da Eternidade. A este respeito São Francisco de Sales aconselhava muito a leitura do admirável Tratado do Purgatório, que escreveu Santa Catarina de Gênova.

Se isto assim é, me dirão, para que recomendar tanto as almas do purgatório.

É que, apesar destas vantagens, o estado destas almas é muito doloroso e em verdade digno de compaixão, e além disso é que retardam a glória que renderão a Deus no céu. Estes dois motivos devem mover-nos a procurar-lhes um pronto livramento, por nossas orações, jejuns, esmolas e toda espécie de boas obras, mas particularmente pela oferta do sacrifício da Santa Missa.




Fonte: São Pio V

O Sacrifício da Santa Missa

$
0
0


A GRANDEZA DO SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA



I. É Jesus Cristo a vítima oferecida na Santa Missa

O Concílio de Trento (Sess. 22) diz da Santa Missa: “Devemos reconhecer que nenhum outro ato pode ser praticado pelos fiéis que seja tão santo como a celebração deste imenso mistério”. O próprio Deus todo-poderoso não pode fazer que exista uma ação mais sublime e santa do que o santo sacrifício da Missa. Este sacrifício de nossos altares sobrepassa imensamente todos os sacrifícios do Antigo Testamento, pois não são mais bois e cordeiros que são sacrificados, mas é o próprio Filho de Deus que se oferece em sacrifício. “O judeu tinha o animal para o sacrifício, o cristão tem Cristo”, escreve o venerável Pedro de Clugny; “seu sacrifício é, pois, tanto mais precioso, quanto mais acima de todos os sacrifícios dos judeus está Jesus Cristo”. E acrescenta que, “para os servos (isto é, para os judeus, no Antigo Testamento), não convinham outros animais senão aqueles que eram destinados ao serviço do homem; para os amigos e filhos foi Jesus Cristo reservado como cordeiro que nos livra do pecado e da morte eterna” (Ep. cont. Petrobr.). Tem, portanto, razão São Lourenço Justiniano, dizendo que não há sacrifício maior, mais portentoso e mais agradável a Deus do que o santo sacrifício da Missa (cfr. Sermo de Euch.).
S. João Crisóstomo diz que durante a Santa Missa o altar está circundado de anjos que aí se reúnem para adorar a Jesus Cristo que, nesse sacrifício sublime, é oferecido ao Pai celeste (De sac., 1, 6). Que cristão poderá duvidar, escreve S. Gregório (Dial. 4, c. 58), que os céus se abram à voz do sacerdote, durante esse Santo Sacrifício, e que coros de anjos assistam a esse sublime mistério de Jesus Cristo. S. Agostinho chega até a dizer que os anjos se colocam ao lado do sacerdote para servi-lo como ajudantes.



II. Na Santa Missa é Jesus Cristo o oferente principal

O Concílio de Trento (Sess. 22, c. 2) ensina-nos também que neste sacrifício do Corpo e Sangue de Jesus Cristo é o próprio Salvador que oferece em primeiro lugar esse sacrifício, mas que o faz pelas mãos do sacerdote que escolheu para seu ministro e representante. Já antes dissera São Cipriano: “O sacerdote exerce realmente o ofício de Jesus Cristo” (Ep. 62). Por isso o sacerdote diz, na elevação: "Isto é o meu corpo; este é o cálice de meu sangue".
Belarmino (De Euch., 1. 6, c. 4) escreve que o santo sacrifício da missa é oferecido por Jesus Cristo, pela Igreja e pelo sacerdote; não, porém, do mesmo modo por todos: Jesus Cristo oferece como o sacerdote principal, ou como o oferente próprio, contudo, por intermédio de um homem, que é, no mesmo tempo sacerdote e ministro de Cristo; a Igreja não oferece como sacerdotisa, por meio de seu ministro, mas como povo, por intermédio do sacerdote; o sacerdote, finalmente, oferece como ministro de Jesus Cristo e como medianeiro ele todo o povo.
Jesus Cristo, contudo, é sempre o sacerdote principal na Santa Missa, onde ele se oferece continuamente e sob as espécies de pão e de vinho por intermédio dos sacerdotes, seus ministros, que representam a sua Pessoa quando celebram os santos mistérios. Por isso diz o quarto Concílio de Latrão (Cap. Firmatur, de sum. Trinit.) que Jesus Cristo é ao mesmo tempo o sacerdote e o sacrifício. De fato, convém à dignidade deste sacrifício que ele não seja oferecido, em primeiro lugar, por homens pecadores, mas por um sumo sacerdote que não esteja sujeito ao pecado, mas que seja santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e mais elevado que os céus (Heb 7, 26).



III. A Santa Missa é uma representação e renovação do sacrifício da cruz

Segundo São Tomás (Off. Ss. Sac., I. 4), o Salvador nos deixou o Santíssimo Sacramento para conservar viva entre nós a lembrança dos bens que nos adquiriu e do amor que nos testemunhou com sua morte. Por isso o mesmo Doutor chama a Sagrada Eucaristia “um manancial perene da paixão”.
Ao assistires, pois, à Santa Missa, alma cristã, pondera que a hóstia que o sacerdote oferece é o próprio Salvador que por ti sacrificou o seu sangue e a sua vida. Entretanto, a Santa Missa não é somente uma representação do sacrifício da cruz, mas também uma renovação do mesmo, porque em ambos é o mesmo sacerdote e a mesma vítima, a saber, o Filho de Deus Humanado. Só no modo de oferecer há uma diferença: o sacrifício da cruz foi oferecido com derramamento de sangue; o sacrifício da missa é incruento; na cruz, Jesus morreu realmente; aqui, morre só misticamente (Conc. Trid., Sess. 22, c. 2).
Imagina, durante a Santa Missa, que estás no monte Calvário, para ofereceres a Deus o sangue e a vida de seu adorável Filho, e, ao receberes a Santa Comunhão, imagina beberes seu precioso sangue das chagas do Salvador. Pondera também que em cada Missa se renova a obra da Redenção, de maneira que, se Jesus Cristo não tivesse morrido na cruz, o mundo receberia, com a celebração de uma só Missa, os mesmos benefícios que a morte do Salvador lhe trouxe. Cada Missa celebrada encerra em si todos os grandes bens que a morte na cruz nos trouxe, diz São Tomás (In Jo 6, lect. 6). Pelo sacrifício do altar nos é aplicado o sacrifício da cruz. A paixão de Jesus Cristo nos habilitou à Redenção; a Santa Missa nos faz entrar na posse dela e comunica-nos os merecimentos de Jesus Cristo.



IV. A Santa Missa é o maior presente de Deus

Na Santa Missa, o próprio Jesus Cristo dá-se a nós. É uma verdade de fé que o Verbo Encarnado se obrigou a obedecer ao sacerdote, quando este pronuncia as palavras da consagração e a vir às suas mãos sob as espécies do pão e do vinho. Fica-se estupefato por Deus ter obedecido outrora a Josué e mandado ao sol que parasse, quando ele disse: Sol, não te movas de Gabaon, e tu, ó lira, do vale de Ajalon (Jos 10, 12). Entretanto, muito mais admirável é que Deus mesmo desce ao altar ou a qualquer outro lugar a que o Padre o chama com umas poucas palavras, e isso tantas vezes quantas é chamado pelo sacerdote, mesmo que este seja seu inimigo. E, tendo vindo, se põe o Senhor à inteira disposição do sacerdote; este o leva, à vontade, de um lugar para o outro, coloca-o sobre o altar, fecha-o no tabernáculo, tira-o da igreja, toma-o na Santa Comunhão, e o dá em alimento a outros. São Boaventura diz que o Senhor, em cada Missa, faz ao mundo um benefício igual àquele que lhe fez outrora pela encarnação (cfr. De inst. Novit., p. 1, c. 11). Se Jesus Cristo não tivesse vindo ao mundo, o sacerdote, pronunciando as palavras da consagração, o introduziria nele. “Ó dignidade sublime a do sacerdote”, exclama por isso Santo Agostinho (Mol. lnstr. Sach., t. 1, c. 5), “em cujas mãos o Filho de Deus se reveste de carne, como no seio da Virgem Mãe”.
Numa palavra, a Santa Missa, conforme a predição do profeta (Zac 9, 17), é a coisa mais preciosa e bela que possui a Igreja. São Boaventura (De inst. Nov., 1. c.) diz que a Santa Missa nos põe diante dos olhos todo o amor que Deus nos dedicou e que é, de certo modo, um compêndio de todos os benefícios que ele nos fez.



                          

OS QUATRO FINS DO SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA


I. A Santa Missa é um sacrifício latrêutico

No Antigo Testamento os homens procuravam honrar a Deus por toda a espécie de sacrifícios, no Novo Testamento, porém, presta-se maior honra a Deus com um só sacrifício da Missa do que com todos os sacrifícios do Antigo Testamento, que eram só figuras e sombras da Sagrada Eucaristia. Pela Santa Missa se presta a Deus a honra que lhe é devida, porque, por meio dela, Ele recebe a mesma honra infinita que Jesus Cristo lhe prestara sacrificando-se na cruz. Uma só Missa presta a Deus maior honra que todas as orações e penitências dos santos, todos os trabalhos dos apóstolos, todos os sofrimentos dos mártires, todo o amor dos serafins e mesmo da Mãe de Deus, porque todas as honras dos homens são de natureza finita, enquanto a honra que Deus recebe pela Missa é infinita, pois lhe é prestada por uma pessoa divina, o seu Filho.
Devemos por isso reconhecer, com o santo Concílio de Trento, que a Santa Missa é a mais santa e divina de todas as obras (Sess. 22). Nosso Senhor morreu especialmente para esse fim, para poder criar sacerdotes do Novo Testamento. Não era necessário que o Salvador morresse para remir o mundo; uma só gota do seu sangue, uma lágrima, uma só oração teria bastado para operar a salvação de todos, porque, sendo essa oração de valor infinito, seria suficiente para remir não só um mundo, mas também mil mundos. Para criar, porém, um sacerdote devia Jesus Cristo morrer, pois, do contrário, donde se tiraria esse sacrifício que agora oferecem a Deus os sacerdotes do Novo Testamento, esse santo e imaculado sacrifício que, por si só, basta para dar a Deus a honra que lhe é devida? Ainda que se sacrificasse a vida de todos os anjos e santos, mesmo assim, esse sacrifício não prestaria a Deus essa honra infinita, que lhe dá uma única Santa Missa.



II. A Santa Missa é um sacrifício propiciatório

Pode-se deduzir já da instituição da Sagrada Eucaristia que a Santa Missa é verdadeiramente um sacrifício propiciatório, ou seja, que inclina Deus a nos perdoar a pena e a culpa dos pecados, que foi feita especialmente para a remissão dos pecados: Este é o meu, sangue, que será derramado por muitos, para remissão dos pecados, disse Jesus Cristo (Mt 26, 28). A Santa Missa perdoa até os maiores pecados, não imediatamente, mas só mediatamente, como afirmam os teólogos, isto é, Deus, em consideração ao sacrifício do altar, concede a graça que leva o homem a detestar seus pecados e a purificar-se deles no sacramento da Penitência. Quanto às penas temporais, que devem ser expiadas depois da destruição da culpa, são elas perdoadas por virtude da Santa Missa, ao menos parcialmente, quando não de todo. Numa palavra, a Santa Missa abre os tesouros da divina misericórdia em favor dos pecadores.
Desgraçados de nós se não houvesse esse grande sacrifício, que impede à justiça divina de nos enviar os castigos que merecemos por nossos pecados. É certo que todos os sacrifícios do Antigo Testamento não podiam aplacar a ira de Deus contra os pecadores. Se se sacrificasse a vida de todos os homens e anjos, a justiça divina não seria satisfeita devidamente nem sequer por uma única falta que a criatura tivesse cometido contra seu Criador. Só Jesus Cristo podia satisfazer por nossos pecados: Ele é a propiciação pelos nossos pecados (1 Jo 2, 2). Por isso o Padre Eterno enviou o seu Filho ao mundo, para que se fizesse homem mortal e, pelo sacrifício de sua vida, o reconciliasse com os pecadores. Esse sacrifício é renovado em cada Missa. Não há dúvida: o sangue inocente do Redentor clama muito mais fortemente por misericórdia em nosso favor, que o sangue de Abel por vingança contra Caim.
Este sacrifício pode ser oferecido também pelos defuntos. Por isso o sacerdote, na Santa Missa, pede ao Senhor que se recorde de seus servos que partiram para a outra vida e que lhes conceda, pelos merecimentos de Jesus Cristo, o lugar de repouso, da luz e da paz. Se o amor de Deus que possuem as almas ao saírem desta vida não basta para purificá-las, essa falta será reparada pelo fogo do Purgatório; muito melhor, porém, a repara o amor de Jesus Cristo por meio do sacrifício eucarístico, que traz às almas grande alívio e, muitas vezes, até a libertação completa dos seus sofrimentos. O Concílio de Trento declara que as almas que sofrem no Purgatório podem ser muito auxiliadas pela intercessão dos fiéis, mas em especial pelo santo sacrifício da Missa. E acrescenta (Sess. 22, c. 2) que isso é uma tradição apostólica. Santo Agostinho exorta-nos a oferecer o sacrifício cia Santa Missa por todos os defuntos, caso que não possa aproveitar às almas pelas quais pedimos.



III. A Santa Missa é um sacrifício eucarístico

É justo e razoável que agradeçamos a Deus pelos benefícios que nos fez em sua infinita bondade. Mas que digno agradecimento podemos dar-lhe nós, miseráveis? Se Deus nos tivesse dado uma única vez um sinal de sua afeição, estaríamos obrigados a um agradecimento infinito, porque esse sinal de amor seria o favor e dom de um Deus infinito. Mas eis que o Senhor nos deu esse meio de cumprir com nossa obrigação e de agradecer-lhe dignamente. E como? Tornando-nos possível oferecer-lhe na Santa Missa a Jesus Cristo. Dessa maneira dá-se a Deus o mais perfeito agradecimento e satisfação; pois, quando o sacerdote celebra a Santa Missa, dá-lhe um digno agradecimento por todas as graças, mesmo por aquelas que foram concedidas aos santos no céu; uma tal ação de graças, porém, não podem prestar a Deus todos os santos juntos, de maneira que também nesse respeito a dignidade sacerdotal sobrepuja todas as dignidades, não excetuadas as do céu.
Na Santa Missa, a vítima que é oferecida ao Eterno Pai é seu próprio Filho, em quem pôs toda a sua complacência. Por isso dirigia Davi suas vistas a este sacrifício, quando pensava num meio de agradecer a Nosso Senhor pelas graças recebidas: Que darei ao Senhor por tudo que ele me tem feito? pergunta ele, e responde: Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor (S1 115, 12). O próprio Jesus Cristo agradeceu a seu Pai celeste todos os benefícios que tinha feito aos homens, por meio deste sacrifício: E, tomando o cálice, deu graças e disse: Tomai-o e distribuí-o entre vós (Lc 22, 17).



IV. A Santa Missa é um sacrifício impetratório

Se já temos a segura promessa de alcançar tudo que pedimos a Deus em nome de Jesus Cristo (cfr. Jo 16, 23), muito maior deve ser a nossa confiança se oferecemos a Deus seu próprio Filho. Este Salvador que nos ama roga por nós sem cessar lá no céu (cfr. Rom 8, 31), mas, de modo todo especial, durante a Santa Missa, em que se sacrifica a seu Eterno Pai, pelas mãos do sacerdote, para nos alcançar suas graças. Se soubéssemos que todos os santos e a Santíssima Virgem estão rezando por nós, com que confiança não esperaríamos de Deus os maiores favores e graças. Está, porém, fora de dúvida que um só rogo de Jesus Cristo pode infinitamente mais que todas as suplicas dos santos.
No Antigo Testamento era permitido unicamente ao sumo sacerdote, e isso uma só vez no ano, entrar no santo dos santos; hoje, porém, todos os sacerdotes podem sacrificar todos os dias ao Eterno Pai o cordeiro divino, para alcançar de Deus graças para si e para todo o povo.
O sacerdote sobe ao altar para ser o intercessor de todos os pecadores. “Ele exerce o ofício de um medianeiro”, diz São Lourenço Justiniano (Sermo de Euchar.), “e por isso deve ser um intercessor para todos que pecam”. "Dessa maneira“, diz São João Crisóstomo, “está o Padre no altar, no meio, entre Deus e o homem; oferece a Deus as súplicas dos homens e alcança-lhes as graças de que precisam” (Hom. 5 in Jo.). Deus distribui as suas graças sempre que é rogado em nome de Jesus Cristo, mas as distribui com mais largueza durante a Santa Missa, atendendo às suplicas do sacerdote, diz São João Crisóstomo; pois essas súplicas são então acompanhadas e secundadas pela oração de Jesus Cristo, que é o sacerdote principal, visto que é ele mesmo que se oferece neste sacrifício para nos alcançar graças de seu Eterno Pai.
Segundo o Concílio de Trento (Sess. 22, c. 2), é especialmente durante a Santa Missa que o Senhor está sentado naquele trono de graças ao qual devemos nos chegar, diz o Apóstolo, para alcançarmos misericórdia e encontrarmos graças no momento oportuno (Heb 4, 16). Até os anjos esperam o tempo da Santa Missa, diz São João Crisóstomo (Hom 13. De incomp. Dei nat.), para pedirem com mais resultado por nós, acrescentando que dificilmente se alcançará aquilo que não se consegue durante a Santa Missa.
A Santíssima Virgem, depondo uma vez o Menino Jesus nos braços de Santa Francisca Farnese, disse-lhe: “Eis aqui o meu Filho; aprende a torná-lo favorável a ti, oferecendo-o muitas vezes a Deus. Dize, por isso, a Deus, quando vires presente no altar o divino Cordeiro: Ó Pai Eterno, ofereço-vos hoje todas as virtudes, todos os atos e todos os afetos de vosso mui amado Filho. Recebei-os por mim, e por seus merecimentos, que ele mos deu e, por isso, são meus, dai-me as graças que Jesus Cristo pedir por ruim. Ofereço-vos esses merecimentos para vos agradecer por todas as misericórdias que tendes usado comigo e para satisfazer por meus pecados. Pelos merecimentos de Jesus Cristo espero alcançar de vós todas as graças, o perdão, a perseverança, o céu, mas especialmente o mais precioso de todos os dons, o vosso puro e santo amor”.



Por: Santo Afonso Maria Ligório, Escola da Perfeição Cristã. Org: Pe. Saint-Omer.

Fonte:

Mensagem de São Gregório Magno aos pretensos carismas

$
0
0

“Eis os sinais que acompanharão aqueles que terão acreditado: em meu nome, eles expulsarão os demônios, eles falarão em línguas novas, eles pegarão em serpentes, e se tiverem bebido algum veneno mortal, ele não lhes fará nenhum mal. Eles imporão suas mãos aos doentes e estes serão curados” (São Marcos, XVI,16).

Será que, meus caros irmãos, pelo fato de que vós não fazeis nenhum destes milagres, é sinal de que vós não tendes nenhuma fé?

Estes sinais foram necessários no começo da Igreja. Para que a Fé crescesse, era preciso nutri-la com milagres. Também nós, quando nós plantamos árvores, nós as regamos até que as vemos bem implantadas na terra. Uma vez que elas se enraizaram, cessamos de regá-las.
Eis porque São Paulo dizia:”O dom das línguas é um milagre não para os fiéis, mas para os infiéis” (I Cor, XIV,22).

Sobre esses sinais e esses poderes, temos nós que fazer observações mais precisas?

A Santa Igreja, faz todo dia, espiritualmente, o que ela realizava então nos corpos, por meio dos Apóstolos. Porque, quando os seus padres, pela graça do exorcismo, impõem as mãos sobre os que crêem, e proibem aos espíritos malignos de habitar sua alma, faz outra coisa que expulsar os demônios?
Todos esses fiéis que abandonam o linguajar mundano de sua vida passada, cantam os santos mistérios, proclamam com todas as suas forças os louvores e o poder de seu Criador, fazem eles outra coisa que falar em línguas novas?
Aqueles que, por sua exortação ao bem, extraem do coração dos outros a maldade, agarram serpentes.

Os que ouvem maus conselhos sem, de modo algum, se deixar arrastar por eles a agir mal, bebem uma bebida mortal, sem que ela lhes faça mal algum.
Aqueles que todas a vezes que vêem seu próximo enfraquecer, para fazer o bem, e o ajudam com tudo o que podem, fortificam, pelo exemplo de suas ações, aqueles cuja vida vacila, que fazem eles senão impor suas mãos aos doentes, a fim de que recobrem a saúde?

Estes milagres são tanto maiores pelo fato de serem espirituais, são tanto maiores porque repõem de pé, não os corpos, mas as almas.
Também vós, irmãos caríssimos, realizais, com a ajuda de Deus, tais milagres, vós os realizais, se quiserdes.

Pelos milagres exteriores não se pode obter a vida. Esses milagres corporais, por vezes, manifestam a santidade.Eles não criam a santidade.
Os milagres espirituais agem na alma.Eles não manifestam uma vida virtuosa. Eles fazem vida virtuosa.

Também os maus podem realizar aqueles milagres materiais. Mas os milagres espirituais só os bons podem fazê-los.
É por isso que a Verdade diz, de certas pessoas:
“Muitos me dirão, naquele dia: “Senhor, Senhor, não foi em teu nome que nós profetizamos, que nós expulsamos os demônios e que realizamos muitos prodígios? E Eu lhes direi:”Eu não vos conheço. Afastai-vos de Mim, vós que fazeis o mal” (São mateus VII, 22-23).

Não desejeis, ó irmãos caríssimos, fazer os milagres que podem ser comuns também aos réprobos,, mas desejai esses milagres da caridade e do amor fraterno dos quais acabamos de falar: eles são tanto mais seguros pelo fato de que são escondidos, e porque acharão, junto a Deus, uma recompensa tanto mais bela quanto eles dão menor glória diante dos homens”

(São Gregório Magno, Papa, Sermões sobre o Evangelho, Livro II, Les éditions du Cerf, Paris, 2008, volume II, pp. 205 a 209).

Fonte:

A misericórdia, mas também a ira

$
0
0
IRAMesmo se um só tivesse sido rebelde,seria de admirar que ficasse impune!
Pois em Deus está a misericórdia mas também a ira: é paciente, deixa-se abrandar, mas também derrama sua cólera.
Segundo a sua grande misericórdia, assim é o seu castigo: ele julga as pessoas segundo as suas obras.
Não escapará o pecador com a sua rapina, como não ficará em vão a perseverança do justo.
A cada ato de misericórdia, a sua retribuição: cada um, segundo o mérito de suas obras, a encontrará diante de si, segundo a inteligência da sua conduta.
O Senhor endureceu o coração do Faraó, para que não o reconhecesse, a fim deque suas obras fossem manifestadas debaixo do céu.
Sua misericórdia apareceu para todas as suas criaturas: Sua luz e as trevas, ele as distribuiu aos filhos de Adão
(Eclo 16, 11-15)
Fonte:

Catecismo do Matrimônio em PDF

$
0
0
Nota do blogue: Parabéns ao ótimo apostolado do Alexandria Católica. Que Deus os ajude sempre.

Fonte:


Obra aprovada por 48 cardeais, arcebispos e bispos da
França e Bélgica
Pe. Joseph Hoppenot, S.J.
Livro de 1928 - 274 páginas
(Clique no título acima para baixá-lo)


ÍNDICE
PREFÁCIO
PRIMEIRA PARTE
I — O casamento primitivo
II — O matrimônio sacramento
III — A cerimônia chamada «Casamento civil»
IV — A união livre
V — A unidade do casamento
VI — Indissolubilidade do matrimônio
VII — O divórcio

VIII — A fecundidade no casamento e a esterilidade voluntária
SEGUNDA PARTE
I — Exame preliminar do casamento
II — Escolha dum companheiro na vida
III — É preciso casar cedo?
IV — Da preparação para o casamento
V — Celebração do casamento
VI — Deveres mútuos dos esposos
VII — Deveres dos pais para com os filhos
VIII - Mais alto!
apêndice: Os Impedimentos do casamento
explicação do memorial
AS GRANDES DATAS DA VIDA DE FAMÍLIA

LINK PARA DOWNLOAD;

Das Bem-Aventuranças Evangélicas

$
0
0
102922) Quantas e quais são as Bem-aventuranças evangélicas?
As Bem-aventuranças evangélicas são oito:
1. Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino do Céu;
2. Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra;
3. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados;
4. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados;
5. Bem-aventurados os que usam de misericórdia, porque alcançarão misericórdia;
6. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus;
7. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus;
8. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino do Céu.
923) Por que Jesus Cristo nos propôs as Bem-aventuranças?
Jesus Cristo propôs-nos as Bem-aventuranças para os fazer detestar as máximas do mundo, e para nos convidar a amar e praticar as máximas do seu Evangelho.
924) Quem são aqueles que o mundo chama bem-aventurados?
O inundo chama bem-aventurados aqueles que desfrutam abundância de riquezas e de honras, que vi vem ein delícias e que não têm nada que os faça sofrer.
925) Quem são os pobres de espírito, que Jesus Cristo chama bem-aventurados?
Os pobres de espírito, segundo o Evangelho, são aqueles que têm o coração desapegado das riquezas; fazem bom uso delas, se as possuem; não as procuram com solicitude, se não as têm; e sofrem com resignação a perda delas se lhes são tiradas.
926) Quem são os mansos?
Os mansos são aqueles que tratam o próximo com brandura, e lhe sofrem com paciência os defeitos e as ofensas que dele recebem, sem alteração, ressentimentos ou vingança.
927) Quem são os que choram, e todavia são chamados bem-aventurados?
Os que choram, e todavia são chamados bem-aventurados, são aqueles que sofrem com resignação as tribulações, e que se afligem pelos pecados cometidos, pelos males e pelos escândalos que se vêem no mundo, pela ausência do céu, e pelo perigo de o perder.
928) Quem são os que têm fome e sede de justiça?
Os que têm fome e sede de justiça são aqueles, que desejam ardentemente crescer cada vez mais na graça de Deus e na prática das obras boas e virtuosas.
929) Quem são os que usam de misericórdia?
Os que usam de misericórdia são aqueles que amam, em Deus e por amor de Deus, o seu próximo, se compadecem das suas misérias, assim corporais como espirituais, e procuram socorrê-lo conforme as suas forças e o seu estado.
930) Quem são os puros de coração?
Os puros de coração são aqueles que não têm nenhum afeto ao pecado, sempre se afastam dele, e evitam sobretudo toda a espécie de impureza.
931) Quem são os pacíficos?
Os pacíficos são aqueles que vivem em paz com o próximo e consigo mesmos,e procuram estabelecer a paz entre aqueles que estão em discórdia.
932) Quem são os que sofrem perseguição por amor da justiça?
Os que sofrem perseguição por amor da justiça são aqueles que suportam com paciência os escárnios, as censuras, as perseguições por causa da Fé e da Lei de Jesus Cristo.
933) Que significam os diversos prêmios prometidos por Jesus Cristo nas Bem aventuranças?
Os diversos prêmios prometidos por Jesus Cristo nas Bem-aventuranças significam todos, sob diversos nomes, a glória eterna do Céu.
934) Alcançam-nos as Bem-aventuranças só a glória eterna do Paraíso?
As Bem-aventuranças não nos alcançam só a glória eterna do Paraíso; são também meios de tornar nossa vida feliz, tanto quanto é possivel, neste mundo.
935) Recebem já alguma recompensa nesta vida os que seguem as Bem-aventuranças?
Sim, certamente, os que seguem as Bem-aventuranças recebem já alguma recompensa nesta vida, porque já gozam de uma paz e de um contentamento íntimos que são princípio, embora imperfeito, da felicidade eterna.
936) Poderão dizer-se felizes os que seguem as máximas do mundo?
Não. Os que seguem as máximas do mundo não são felizes, porque não têm a verdadeira paz da alma e estão em risco de se condenar.
Fonte:

São Pio X e Nossa Senhora

$
0
0

 Quando ainda era Bispo, São Pio X proferiu um belo discurso sobre Nossa Senhora que vale a pena recordar aqui:
  

«Deus pôs sobre a Cabeça de Maria uma coroa de preço infinito, ou melhor, pôs um privilégio que lhe e próprio: Maria tem direito a todas as coroas.

A coroa do mérito e da virtudelaurea virtutis, porque é a única criatura humana que nunca contraiu e nem cometeu pecado, ultrapassando em santidade aos anjos e serafins. 

A coroa da ciência e da doutrinalaurea doctoralis, porque Ela conheceu todos os segredos do verbo e o livro da vida Lhe foi revelado.

A coroa do combate e da vitória, corona triunphalis, porque conquistou as legiões do Inferno e exterminou todas as heresias.

A coroa do mérito e da coragemcorona muralis, porque defendeu os muros da cidade santa contra o furor dos salteadores, preservando da ruína os assediados e por Ela conquistamos o direito de cidadãos do Céu.

A coroa de núpcias e de esposacorona nuptialis, porque, sem perder o Seu diadema de Virgem, ela foi associada por um matrimónio inefável à fecundidade da divina natureza.

A coroa real e sacerdotalcorona regni, infuia sacerdotii, porque, tendo dado à vida a quem é Rei e Sacerdote por excelência, participou e participará eternamente da autoridade do Seu Reinado, mérito da Sua imolação.

Mas... que profundezas nos metemos a sondar, ó filhos meus? Se em nós refulgem raios, em Maria descansa o sol. Se para uns correm as águas das fontes, em Maria se despeja o mar. Se alguns tem a participação medida, Maria tem a soberania absoluta, de tal modo que as coroas de graças que cingem a Sua fronte correspondem à esplêndida manifestação da coroa de gloria que a esperou no Céu”.

Fonte: Pio X – D.Frei Vitorino Facchinetti, O.F.M.
Editora Vozes Petropólis – 1938
Pgs. 343,344

Fonte:
http://vashonorabile.blogspot.com.br/
Viewing all 2932 articles
Browse latest View live


<script src="https://jsc.adskeeper.com/r/s/rssing.com.1596347.js" async> </script>