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Channel: O Segredo do Rosário
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Um pecador se converte...

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     Diz S. Brígida que "assim como o magnete atrai o ferro, assim também Maria Santíssima atrai a Deus os corações". É um fato.
     Um dia foi S. Francisco Regis chamado para um enfermo que não queria de modo algum preparar-se para a morte. O infeliz negava-se a aceitar os socorros da religião, sabendo embora que o seu fim era iminente. Convencendo-se S. Francisco de que os meios humanos eram inúteis, tirou de seu breviário uma imagem de Nossa Senhora e, mostrando-a ao enfermo, disse:
-Olha! Maria de ama.
-Como! - replicou o pecador, como se acordasse de um sonho - então ela não me conhece.
-Mas eu sei que ela te ama! tornou o santo.
-Então ela não sabe que reneguei a minha fé e desprezei a minha religião?
-Sabe.
-Que insultei a seu Filho e calquei aos pés o seu sangue?
-Sabe.
-Que estas mãos estão manchadas de sangue inocente?
-Sabe.
-Padre, o Sr. fala a verdade?
-Sim; passarão os céus e a terra, mas a palavra de Deus não passará. Sabe, pois, que Deus disse outrora e te diz hoje ainda: "Filho, eis aí tua Mãe!"
-Uma mãe, que me ama!... murmurava o pecador enternecido; minha mãe, minha... e copiosas lágrimas brotavam de seus olhos. Eram lágrimas de sincero arrependimento, verdadeira dor.
     Fêz imediatamente uma confissão dolorosa e contrita de toda a vida. Recebeu com visível fervor a sagrada comunhão. Alguns dias depois, feliz e cheio de confiança, expirou no amor de Deus a quem fora atraído por Maria.
-Tesouros de exemplos, Pe. Francisco Alves.

Fonte:
http://vashonorabile.blogspot.com.br/

O Sngue de Cristo Corre na Santa Missa

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Sancta MissaNosso Senhor JESUS disse a Santa Matilde: “Pelo meu Sangue, venço a cólera de meu PAI e reconcilio o homem com o seu DEUS.” Isso se realiza principal e especialmente no Sacrifício da Santa Missa. O Seu Sacrifício na Cruz torna-se presente pela Santa Missa. Por isso, o preciosíssimo Sangue de CRISTO corre na Santa Missa como se saísse das Chagas de JESUS na Cruz.
Todos os exercícios, todas as devoções e todas as homenagens, não podem igualar o sublime Sacrifício eucarístico, que atualiza, duma maneira não cruenta, mas com o mesmo valor real, o Sacrifício de CRISTO na CRUZ.
Na Santa Missa, DEUS PAI é honrado, solicitado a perdoar, e obtém-se a reconciliação, pelo Sangue preciosíssimo do Cordeiro, porque o Cordeiro possui uma dignidade e um poder infinitos.
Se o ateísmo, o esquecimento e desprezo a DEUS são cruéis ultrajes que pesam sobre o nosso século e provocam a ira divina, podemos reparar este horrível sacrilégio pela fonte de Sangue redentor que encerra o cálice da Nova e Eterna Aliança. Assistamos todos os dias, se possível, à Santa Missa, e, unindo-nos ao sacerdote, ao Cordeiro imolado e à Mãe Dolorosa, ofereçamo-nos com Eles ao Eterno PAI, suplicando-Lhe “graça e misericórdia” para com os pecadores e para o Mundo em geral.
Podemos também oferecer todos os dias, logo pela manhã, a DEUS PAI, todas as Santas Missas bem celebradas em todo o Mundo, nesse dia, e unir-nos aos sacerdotes celebrantes, para que o Sangue redentor de JESUS desça abundantemente sobre as nossas almas e as almas dos pecadores e aflitos, como um banho salvador, justificador e santificador.
São as seguintes as palavras de JESUS a Maria Graf- Sutter: “Aqueles que se unem, sem cessar, ao meu Sacrifício na Cruz e oferecem a DEUS PAI, o meu Preciosíssimo Sangue pela salvação das almas, podem, de certo modo, explorar o meu Coração, porque têm podersobre Ele. Eu purificarei as suas almas, lavando-as no meu Sangue.”
“Se uma alma oferece ao meu PAI Celeste o Santo Sacrifício, com o sacerdote e através dele, com verdadeiro espírito de imolação, ela participa de todas as graças deste Sacrifício.”
“Se assiste a uma Santa Missa, mas tendo no seu coração o desejo de oferecer muitas vezes a DEUS o Santo Sacrifício e, com esta pura intenção, se une a todos os sacerdotes da Santa Igreja, para oferecer com eles os meus sofrimentos, e a minha Morte, com esta perpétua oferta ela obterá perpetuamente graças. Com a minha Graça, esta alma unirse- á a todas as Santas Missas celebradas no Mundo inteiro, e a sua vida tornar-se-á uma perpétua união de sacrifício coMigo e em Mim.”
(11 de Março de 1957).
Somente no Céu iremos compreender que divina maravilha é a Santa Missa. Por mais que nos esforcemos, e, por santos inspirados que sejamos, nada mais podemos fazer, a não ser balbuciar pobres palavras como as crianças, se quisermos falar sobre esta obra divina, que está acima da compreensão dos homens e dos Anjos.
Segundo São Lourenço Justiniano, “Nenhuma língua humana, pode contar os favores, que nascem, como de uma fonte, do Sacrifício da Santa Missa: o pecador que se reconcilia com DEUS, o justo que se torna mais justo, as culpas que são canceladas, os vícios que são erradicados, as virtudes e os méritos que crescem, as insídias de satanás que são confundidas.”
Os efeitos salutares, pois que cada Santa Missa produz na alma de quem dela participa, são admiráveis: obtém o arrependimento e o perdão das culpas, diminui a pena temporal devida por causa dos pecados, desarma o império de satanás e abranda os furores da concupiscência.
A Santa Missa também reforma os vínculos de nossa incorporação com JESUS CRISTO, preserva de perigos e desgraças, abrevia a duração do Purgatório e aumente o grau de glória no Céu.
Santa Teresa de Jesus dizia às suas filhas: “Sem a Santa Missa, que seria de nós? Tudo pereceria neste Mundo, pois somente ela pode deter o braço de DEUS.”
Sem a Santa Missa, certamente a Igreja não teria durado até agora, e o Mundo já se teria perdido sem remédio. “Sem a Santa Missa, a Terra já teria sido aniquilada, há muito tempo, por causa dos pecados dos homens.”, ensinava Santo Afonso de Ligório.
Segundo São Boaventura, “A Santa Missa, é a obra na qual DEUS coloca sob nossos olhos todo o amor que Ele nos tem; é, de certo modo, a síntese de todos os benefícios que Ele nos faz.” São João Bosco recomendava vivamente: “Tende o máximo cuidado em assistir à Santa Missa, mesmo nos dias de semana, ainda que para isso tenhais que sofrer algumincômodo. Pois com isso obtereis do SENHOR toda espécie de bênçãos.”
“São João Berchmans, quando ainda jovem, saia bem cedo de casa para ir à igreja. Um dia a avó lhe perguntou porquê é que saia tão cedo. O santo respondeu-lhe: Para atrair as bênçãos de DEUS, eu consigo ajudar a celebrar três Santas Missas, antes de ir para a escola.”
São Pedro Julião Eymard assim exortava a cada um dos cristãos:
“Fica sabendo, ó cristão, que a Santa Missa é o ato mais santo da Religião cristã; tu não poderias fazer mais nada de gloriosos em honra de DEUS, e nada mais vantajoso para a tua alma do que assistir piedosamente à Santa Missa, quanto mais vezes te for possível.”
As Excelências da Missa - São Leonardo de Porto Mauricio
Fonte:

Desafio das 3 Ave-Marias

O Homem dado à sensulidade

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OlharDois tipos de gente multiplicam os pecados e um terceiro atrai a ira e a perdição:
A paixão ardente, como fogo aceso que não se extingue enquanto não se saciar;
Aquele que se entrega à sua própria sensualidade, que não para enquanto não acende o fogo…
Para quem se entrega à sensualidade, todo pão é saboroso: só deixará de prová-lo quando morre –  e quem é infiel ao leito matrimonial debochando no seu coração e dizendo: “Quem me vê?
As trevas me rodeiam, as paredes me escondem, ninguém me olha; de quem tenho medo?
E não percebe que o olhar divino vê tudo, porque o medo desse homem expele de si o temor de Deus. Seu medo são os olhos das outras pessoas e não sabe que os olhos do Senhor são muito mais luminosos que o sol, controlando todos os caminhos humanos e a profundeza do Abismo, e perscrutando os corações dos mortais nos seus recantos mais secretos.Pois ao Senhor e Deus eram conhecidas todas as coisas antes de serem criadas, e assim, depois de as ter feito, ele as controla todas.
Tal homem será punido nas praças da cidade e afugentado como potro selvagem e, quando menos esperar, será preso.
Será desonrado diante de todos, pelo fato de que não compreendeu o temor do Senhor.
Eclo 23, 21-31
Fonte:

Uso e abuso da palavra

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boca[Instrução sobre a boca.] Ouvi, filhos, a instrução sobre a boca: quem a guardar, não será surpreendido pelos lábios nem tropeçará em atos perversos.
O pecador será apanhado por seus lábios, e o maldizente e soberbo tropeçará por eles.
Não acostumes tua boca ao juramento: muitas têm sido as quedas por causa dele.
O nome de Deus não seja freqüente em tua boca nem o mistures aos nomes de seus anjos pois não estarás imune de ofendê-los.
Como o escravo, freqüentemente investigado,não pode ficar livre das marcas dos golpes, assim, quem jurar e pronunciar o Nome divino a toda hora, não ficará livre de pecado.
Quem muito jura, enche-se de iniqüidadee a praga não se afastará de sua casa.Se jurar por inadvertência, seu delito virá sobre ele; se o fizer por leviandade, pecará duplamente.
Se jurar em vão, não será justificado e a sua casa se encherá de males.
Há ainda outro modo de falar, comparável à morte: não seja ele encontrado na herança de Jacó
Dos que temem a Deus todas essas coisas estão afastadas, e eles não se envolverão nesses pecados.
Tua boca não se habitue a grosserias descontroladas, pois nelas sempre há pecado.
Lembra-te de teu pai e de tua mãe quando te sentares no meio dos grandes: para que não venhas, na presença destes, a esquecer quem tu és e, envaidecido com a tua assiduidade junto a eles, chegues a sofrer injúria. Então preferirias não ter nascido, e chegarias a maldizer o dia do teu nascimento.
Quem se habituou a destratar os outros não se corrigirá pelo resto dos seus dias.


Eclo 23, 7-20
Fonte:

Como tratar os amigos

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AmigosTravação de madeira bem presa ao fundamento do edifício não se solta; assim o coração, confirmado pela reflexão prudente, nenhum temor o abalará.
O coração firmado numa reflexão inteligente é como o enfeite em parede polida.
Assim como uma paliçada no alto e pedras colocadas sem cuidado não resistirão à força do vento.
Assim o coração hesitante pelos pensamentos estultos não resistirá diante das ameaças.
Quem fere o olho faz correr lágrimas; quem fere o coração, expulsa dele a amizade.
Quem atira pedras nos pássaros, afugenta-os; assim, quem censura a gritos o amigo, desfaz a amizade. Se brandiste a espada contra o amigo, não desesperes: o retorno é possível;
Se abriste amargamente a boca diante do amigo, não temas: pode haver reconciliação; se, porém, houve gritaria, injúria, soberba, revelação de segredos ou golpe desleal, nestes casos, qualquer amigo se afasta.
Guarda fidelidade ao amigo em sua pobreza, para que possas beneficiar da sua prosperidade;
No tempo da sua tribulação permanece-lhe fiel, para teres parte na sua herança.
Como o vapor e a fumaça da fornalha aparecem antes do fogo, assim, antes do sangue, as maldições e injúrias e ameaças.
Não me envergonharei de proteger um amigo e não me esconderei de sua face; se me vierem males por causa dele, aguentarei: todo aquele que o souber, porém, se precaverá contra ele.
Eclo 22, 19-32
Fonte:

Jesus pergunta a Sta Teresa: "Sabes o que é amar-me de verdade?"

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Certa vez enquanto fazia oração, senti-me invadida por uma felicidade muito íntima. Todavia considerando-me indigna de tal favor, comecei a pensar que merecia, com maior razão, estar naquele lugar que me estava destinado no inferno. O modo pelo qual nele me vi nunca me sai da memória. Com esta consideração, minha alma começou a inflamar-se mais. Sobreveio-me um arrebatamento de espírito que não sei descrever. Parecia-me estar imersa e repleta daquela majestade que já de outras vezes tenho entendido.

Nessa majestade compreendi uma verdade que é a plenitude de todas as verdades. Não sei dizer como, porque nada vi. Disseram-me - não sei quem, mas bem entendi ser a mesma Verdade: "Não é pouco isto que faço por ti: é uma das maiores graças de que me és devedora. Todo dano que vem ao mundo é porque os homens não conhecem com clareza as verdades da Escritura, da qual nem um til se deixará de cumprir."

Veio-me ao pensamento que sempre o havia crido e que todos os fiéis o crêem. O Senhor voltou a dizer-me: "Filha, quão poucos me amam verdadeiramente. Se me amassem, não lhes encobriria meus segredos. Sabes o que é amar-me de verdade? É compreender que tudo quanto não me agrada é mentira. Claramente verás isto, pelo fruto que sentirás em tua alma e que agora não entendes?"

Assim tem acontecido, Deus seja louvado! Desde então tudo que vejo não ir endereçado ao serviço de Deus, de tal modo me parece vaidade e mentira, que não saberia exprimir até que ponto o entendo. Que lástima sinto pelos que vivem em trevas acerca desta verdade!

Sta Teresa D'Avila, Livro da vida, Cap. 40, n.1-2.

Fonte:

A ruína que a ira desenfreada traz para alma

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angrySão Jerônimo diz que a ira é a porta pela qual todos os vícios entram na alma. “Omnium vi-tiorum janua est iracundia”. A ira precipita os  homens em ressentimentos, blasfêmias, atos de injustiça,  detrações, escândalos e outras  iniquidades, pois a paixão da ira escurece o entendimento e faz  o  homem agir como uma besta e um louco. “Caligavit ab indignatione oculus meus”  –  Jó 17:7.  Meu olho perdeu  a visão,  por causa  da  indignação. Davi disse:  “Meu olho está  atribulado pela ira.”  -  Salmo 30:10. Por isso, segundo São Boaventura, um homem irritado é incapaz de distinguir entre o que é justo e injusto. “Iratus non potest videre quod justum est, vel injustum“. Em uma palavra, São Jerônimo diz que a ira priva o homem da prudência, da razão e do entendimento.  “Ab omni consilio deturpat, ut donee irascitur, insanire credatur“. Assim, São Tiago  diz:  “Porque a ira do homem não  produz  a justiça de Deus.” -  Tiago 1:20. Os atos de um homem sob a influência da  ira  não podem  estar  de acordo com  a justiça divina e,  consequentemente, não podem ser irrepreensíveis.
Um homem que não refreia o impulso da ira  cai facilmente em ódio  contra a  pessoa que tenha sido  ocasião de sua paixão. Segundo Santo Agostinho, o ódio nada mais é que  uma  raivaperseverante. “Odium est ira diuturno tempore perseverans“. Por isso, Santo Tomás diz que “a ira é súbita, mas o ódio é duradouro“. Parece, então, que naquele  em quem persevera  a  ira,  o ódio também reina. Mas alguns dirão: Eu sou o chefe da casa, devo corrigir os meus filhos e servos, e, quando necessário, tenho que levantar a voz contra os distúrbios que testemunho. Digo  como resposta: Uma coisa é ter ira contra um irmão, outra coisa é ficar descontente com os pecados de um irmão. Ter ira  contra o pecado não  é ira,  mas  Zelo e, portanto, não  somente é permitido, mas às vezes é um dever.
Mas a nossa ira deve ser acompanhada pela Prudência, e deve ser dirigida contra o pecado,  não  contra o  pecador, pois se a pessoa que  estamos corrigindo  perceber  que falamos  por meio  da paixão e  do  ódio  contra  ele, a correção será inútil e até mesmo perversa. Portanto, ter ira  contra o pecado de um irmão é certamente legítimo. Santo Agostinho diz:  “Não está  irado contra  um irmão,  aquele que  está irado contra o pecado de um irmão”. Assim,  como disse Davi, podemos  estar irados sem pecar. “Irai-vos e não  queirais  pecar.”  -  Salmo 4:5. Mas, estar irado  contra um irmão por causa do pecado que  ele cometeu não é permitido, porque, de acordo com Santo Agostinho, não estamos autorizados a odiar os outros por  causa de seus vícios. “Nec propter vitia (licet) homines odisse“.
O ódio traz consigo um desejo de vingança, pois, segundo Santo Tomás, a  ira, quando totalmente voluntária, é acompanhada por um desejo de vingança. “Ira est appetitus vindictoe”. Mas talvez você  diga:  Se eu me ressinto  de  tal  injúria, Deus terá  piedade de mim, porque eu tenho motivos justos  de ressentimento. Quem, pergunto eu, lhe disse que você tem motivos justos  para buscar  vingança? É você,  cujo entendimento está obscurecido  pelas  paixões, quem  diz isso. Já disse que a raiva obscurece a mente e tira a razão e o entendimento.
Enquanto durar a paixão da ira, você considerará a conduta de seu próximo como muito injusta e intolerável, mas, quando a sua ira  tiver passado, você verá que  o ato dele não foi tão ruim como pareceu  antes. Mas, apesar de a  injúria  ser grave, ou  mesmo muito  grave, Deus não terá compaixão de você, se você procurar vingança.  Não,  Ele diz: A vingança pelos pecados não pertence a você, mas a Mim, e quando chegar o tempo, vou castigá-los como eles merecem. “A Mim pertence a vingança e eu lhes darei a paga a seu tempo.”  – Deuteronômio 32:35.
Se você se ressente de uma  injúria  feita pelo próximo, Deus justamente infligirá  vingança  sobre  você por todas as injúrias  que você tiver feito a ele, e em particular por  se vingar de um irmão, a quem Ele ordena que se perdoe. “Aquele que  quer vingar-se encontrará  a vingança do Senhor….  Um homem conserva a sua ira contra outro homem, e pede a Deus remédio?…. Aquele que, sendo  apenas carne,  conserva rancor e pede propiciação a  Deus?, quem  lhe alcançará  perdão por seus pecados?”  -  Eclesiástico 28:1,3,5.  O homem, um verme  feito  de  carne, conserva rancor  e se vinga de um irmão, e depois se atreve a pedir misericórdia de Deus? E quem, acrescenta o Sagrado Escri-or, pode obter o perdão para as culpas de tão ousado pecador? Diz Santo Agostinho: “Qua fronte indulgentiam peccatorem obtinere poterit, qui pr aecipienti   dare veniam non acquiescit“.  Como aquele que não obedece à ordem de Deus de perdoar o seu próximo pode esperar obter de Deus o perdão dos seus próprios pecados?
Imploremos  ao Senhor que nos preserve  de ceder a qualquer paixão forte e particularmente à ira. “Não me entregueis a uma alma sem vergonha e sem recato.” – Eclesiástico 23:6. Porque aquele que se submete a tal paixão  está exposto  ao  grande perigo de cair em um pecado  grave contra Deus ou  contra  o  próximo. Quantos, em consequência da não  conterem  a  ira,  cometeram blasfêmias horríveis  contra Deus  ou seus santos. Mas, ao mesmo tempo em que estamos em uma onda de indignação, Deus está armado com flagelos. O Senhor disse um dia ao profeta Jeremias:  “Que vês  tu, Jeremias?  Eu respondi: Vejo uma  vara  vigilante.”  -  Jeremias 1:11. Senhor, vejo uma vara vigilante a infligir punição. O Senhor lhe perguntou de novo: “Que vês  tu? Respondi: Vejo uma panela a ferver.”  -  Jeremias 1:13. A panela a ferver  é a figura de um homem inflamado de ira e ameaçado  com uma vara, ou seja, com a vingança de Deus. Percebam, então, a ruína que  a  ira desenfreada traz ao homem. Primeiro, ela o priva  da graça de Deus, e depois da vida corporal. “A inveja e a ira abreviam os dias.” – Eclesiástico 30:26. Jó diz: “Verdadeiramente, a ira  mata o insensato e a inveja mata o pequeno.” – Jó 5:2. Em todos os dias da sua vida, pessoas viciadas em irar-se  são  infelizes, porque estão sempre em uma tempestade.  Mas passemos ao segundo ponto, no qual eu tenho muitas coisas a dizer que irão ajudá-lo a superar este vício.
Sobre o Vício da Ira – Santo Afonso
Fonte:

Espírito da vida interior

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Espírito da vida interior


Espírito de adoração eucarística expresso
pelos quatro fins do Sacrifício do Altar
(Adoração, Ação de graças, propiciação e Impetração)
por 
São Pedro Julião Eymard

Mas qual o espírito que deve inspirar e dominar a vida interior dum Agregado do Santíssimo Sacramento?

É o próprio espírito da adoração eucarística, expresso pelos quatro fins do Sacrifício do Altar. A vida da alma interior é um prolongamento de sua oração: é justo, pois, que uma mesma seiva e um mesmo espírito animem a ambas.

Toda a vida, todos os pensamentos, todas as obras do Agregado deverão, pois, levá-lo a adorar, agradecer, reparar e orar, pela maior glória do Deus da Eucaristia. Devendo, por conseguinte, entranhar-se na natureza de cada uma dessas homenagens, dos atos e dos sentimentos que lhes são próprios, a fim de produzi-los com freqüência e de lhes adquirir a facilidade e o hábito. 

I - Adoração 

1.° - Adorar a Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento é reconhecê-lO, real, verdadeira e substancialmente presente, pelo humilde sentimento duma Fé viva e espontânea, que submete a fraqueza da razão humana à Divindade de tão sublime Mistério. Não devemos querer, como o Apóstolo incrédulo, ver ou tocar para convencer-nos da verdade de Jesus-Hóstia, mas esperar apenas, para podermos prostrar-nos aos Seus pés e ouvir esta palavra infalível e suave da santa Igreja, repetindo-nos, com São João Batista: "Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que apaga os pecados do mundo". 

2.º - Adorar a Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento é oferecer-Lhe a homenagem soberana de todo o nosso ser: do corpo, pelo mais profundo respeito; do espírito, pela fé; do coração, pelo amor; da vontade, pela obediência; de todos os sentidos por um absoluto acatamento; em união com o louvor de todos os verdadeiros adoradores de Jesus Cristo, em união com as adorações da santa Igreja, da Santíssima Virgem, quando ainda na terra, e de toda a Corte Celeste. Prostrada ao pé do Trono do Cordeiro, essa Corte oferece-Lhe a homenagem de suas coroas, dizendo:
"É digno o Cordeiro que foi imolado e que nos remiu para Deus, com o Seu Sangue, fazendo de nós um reino para Deus Pai, é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a fortaleza, a honra, a glória e a bênção!" (Ap. 5,9- 10. l2 - Vulg.). 
3.° - Adorar a Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento é adorar a grandeza, a ternura de Seu Amor pelos homens, que O levou a instituir e a perpetuar a divina Eucaristia, para ser sempre a Vítima de salvação, o Pão celeste e a consolação do homem peregrino na terra.

4.° - Adorar, finalmente, a Jesus Cristo sacramentado é fazer da divina Eucaristia o fim de nossa vida, o objeto final de nossa piedade, o alvo de amor de nossas virtudes e de nossos sacrifícios. Tudo pela maior glória de Jesus no Santíssimo Sacramento, tal deve ser a senha de toda a vida do adorador. 

II- Ação de graças 

Todo benefício requer ação de graças, e quanto maior for o benefício, maior também será a gratidão. 

Ora, a Santíssima Eucaristia é o benefício dos benefícios do Salvador. Seu Amor encontrou o segredo de reunir todos os Seus bens, todas as Suas graças, todas as Suas virtudes, todos os Seus amores no dom régio da Eucaristia. É a quintessência de todas as Suas maravilhas, a glorificação sacramental de todos os Mistérios de sua Vida. É a Vida temporal e a Vida celeste do Salvador reunidas em seu Sacramento, a fim de ser, para o homem, fonte inexorável de Graça e de Glória, de santidade e de amor: a fim de que o amor do homem peregrino seja tão rico quanto o amor do habitante dos Céus.

Perante tal Bondade por parte de Jesus Cristo, qual será o reconhecimento do coração do homem, considerando-se a si mesmo como o fim da Eucaristia, da Encarnação, do Calvário! Como louvar dignamente tamanha Bondade? Que ação de graças jamais corresponderá a semelhante Dom? Que amor pagará tal soma de Amor? Faltam palavras adequadas ao pobre, sob a impressão dum dom régio, duma visita real, que o liberte da miséria e o coroe de honra e de glória; só dispõe de lágrimas de surpresa e de júbilo: a felicidade oprime-o, fá-lo desfalecer. 

Tal seria também a nossa ação de graças pela divina Eucaristia, se nos fosse dado compreender melhor o seu imenso beneficio; se pudéssemos conhecer melhor, dum lado a Jesus Cristo, e do outro a nossa profunda miséria. O homem, a quem a bondade torna feliz, é levado pelo amor a dedicar-se ao seu benfeitor. Presta-lhe a homenagem de tudo quanto tem, qual Zaqueu; segue-O, como os Apóstolos; acompanha-o até o Calvário, como João e Madalena. 
           
Mas isso ainda não lhe basta ao coração: a Santíssima Eucaristia será sua própria ação graças. Oferece-a ao Pai celeste em reconhecimento de lha ter dado.

Oferece a Jesus Cristo o próprio Dom de seu Amor, dizendo-Lhe com o profeta: "Que darei ao Senhor por todos os bens com que me sacia? Tomarei o cálice de salvação, e invocarei o Nome do Senhor" (Sl. 115,12- 13). Repete, com Maria, Sua divina Mãe, o cântico de êxtase de sua gratidão, e com o velho Simeão, o Nunc dimittis. Porquanto, depois da Eucaristia, só resta o Céu - e não é ela um Céu antecipado? 


 III- Propiciação 

A propiciação é, em primeiro lugar, a reparação de honra, feita a Jesus Cristo pela ingratidão e pelos ultrajes de que é objeto em Seu Sacramento de Amor; é também a satisfação de misericórdia, implorando perdão e graça para os culpados. 

1.º- Reparação de honra. Nosso Senhor Jesus Cristo é mais ofendido em Seu estado sacramental do que nos dias de Sua Paixão. Então foi humilhado, insultado, renegado e crucificado, mas por um povo que não O conhecia, por uns carrascos mercenários.

Aqui, Jesus é renegado pelos Seus que já O adoraram, que comungaram, que O reconheceram como o seu Deus. Jesus é humilhado por Seus filhos, a quem o respeito humano, a vergonha, o orgulho tornam apóstatas.

Jesus é insultado por servos a quem prodigalizou honras e bens, servos mercenários, a quem o hábito das coisas sagradas torna pouco respeitosos, profanadores, sacrílegos até, como outrora os mercadores do templo, expulsos por Jesus. Jesus é vendido por Seus amigos - e quantos Judas há no mundo! E vendemos Jesus a um ídolo, a uma paixão, ao próprio demônio. Jesus é crucificado por aqueles a quem tanto amou, e que se utilizam de Seus dons para insultá-lO, de Seu Amor para desprezá-lO, de Seu silêncio e de Seu véu sacramentais para encobrir o sacrilégio eucarístico: crime abominável! Jesus Cristo é então crucificado no comungante e entregue ao demônio que nele reina! 

E esses horrendos sacrilégios se renovaram e se renovam ainda diariamente em todo o universo. Só Deus lhes conhece o número e a malícia. E ele, o Deus de Amor, será tratado assim até o fim do mundo! 

Ora, ante tamanho Amor dum lado e tamanha ingratidão do outro, o coração do reparador se deveria fender, como o monte Calvário; seus olhos se deveriam tomar em duas fontes inesgotáveis de lágrimas e obscurecer-se como o sol à vista do deicídio; seus membros deveriam tremer de pavor e de horror, como tremeu a terra por ocasião da morte do Salvador. 

Mas a esse sentimento de dor e de medo deve suceder outro, de expiação ao Amor de Deus, tão desconhecido e ultrajado. A alma deve fazer um ato de reparação e de amor à Vítima divina, como o fizeram o centurião, os carrascos e o povo contrito, como o faz a santa Igreja pelo seu Sacerdócio nos dias de luto e de crime. Como Maria, ao pé da Cruz, é preciso sofrer com Jesus, amá-lO por aqueles que não O amam, adorá-lO por aqueles que O ultrajam, mormente se entre esses ingratos e sacrílegos houver parentes ou amigos nossos. Mas a reparação se imporia com maior força ainda se, desgraçadamente, fôssemos nós mesmos culpados para com o Deus da Eucaristia, ou se fôssemos, pelo escândalo, causa de pecado por parte do próximo. 

Ah! então a justiça pede uma reparação igual à ofensa. Será que nós, também, havemos de merecer a doce repreensão do Salvador? 
"Vós, a quem amei com tanto Amor, a quem prodigalizei favores insignes, vós Me abandonais, Me desprezais, Me crucificais! Fácil seria compreender o esquecimento dos homens terrestres, a indiferença dos escravos do mundo, o desprezo mesmo daqueles que não têm fé, que nunca gozam das delícias de Meu Sacramento; mas vós, Meu amigo, Meu comensal, vós, esposa de Meu Coração!" 
Tais sejam talvez as justas censuras do Coração de Jesus. A nós cabe abaixar a cabeça de vergonha e partir a alma de dor. Jesus, numa revelação a santa Margarida Maria, mostrou-lhe o Seu Coração ferido, coroado de espinhos, encimado por uma cruz, e dirigiu-lhe estas palavras:
"Tenho uma sede ardente de ser amado pelos homens no Santíssimo Sacramento, e não encontro quase ninguém que se esforce, segundo o Meu desejo, para Me desalterar, usando para comigo de alguma paga!"
2.° - Propiciação de misericórdia. A propiciação seria incompleta em se limitando à reparação. Embora satisfizesse a Justiça Divina, não satisfaria o Amor de Jesus. Que quer este Amor? Quer a salvação dos homens e o perdão dos maiores pecadores. Queria perdoar a Judas; pedia perdão para os seus carrascos, enquanto estes O insultavam. E, no Altar, não é sempre a Vítima de propiciação pelos pecadores? Sua Paciência em suportá-los, Sua Misericórdia em perdoar-lhes, Sua Bondade em recebê-los no regaço paterno, eis a vingança do Amor, eis Seu triunfo! 

Nessa obra divina de perdão, Jesus carece, por assim dizer, dum associado, dum cooperador, que repita com Ele ao Pai a oração da Cruz: "Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem" (Lc 23,43). Carece duma vítima que acabe em si mesma o que falta a Seu estado de imolação sacramental: o sofrimento, o sacrifício efetivos. As almas só se redimem a tal preço - preço outrora pago no monte Calvário. Mas também quão sólidas, generosas, perfeitas, serão as conversões que, merecidas em comum por Jesus e pela alma reparadora, partirão do Tabernáculo divino! Ah! é principalmente aí que devemos procurar a redenção das almas, a conversão dos grandes pecadores, a salvação do mundo.  

IV- Impetração 

A impetração é o aposto lado eucarístico da oração, é o fruto natural da adoração, da ação de graças e da propiciação. 

Este apostolado de oração honra a Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento como a Fonte divina de todo Dom e de toda Graça. Com efeito, a Santíssima Eucaristia é-lhe um tesouro inesgotável, um reservatório mais largo e mais profundo que o oceano. Jesus aí depositou as Suas virtudes, todos os Seus méritos, o preço infinito de Sua Redenção, colocando tudo isso à disposição do homem, mediante uma só condição: ele irá procurá-las, solicitá-las de Sua Bondade sempre pronta a prodigalizar-lhes os Seus bens. 

Do fundo do Tabernáculo, Jesus clama a todos aqueles que sofrem, que estão necessitados, desgraçados: 

"Vinde a Mim e Eu vos aliviarei". É sempre o bom Samaritano, o Médico divino de nossas almas, que há de curá-las de todas as chagas do pecado e que há de purificar (I) e santificar nossos corpos pelo Seu Corpo sagrado. É sempre o bom Pastor a amar Suas ovelhas, a nutri-las com Sua Carne e com Seu Sangue.

Mas está triste, pois há muitas ovelhas desgarradas, que o lobo raptador Lhe arrebatou. Chora-lhes a perda, chama-as, solicita-as. Não pode, porém, ir em sua busca. Então, para consolar o nosso bom Pastor, iremos nós procurá-las, conduzi-las a Seus pés pela força de nossas orações. E que alegria será para Jesus, que felicidade para nós! 

Jesus, no Santíssimo Sacramento, é sempre o Bom Mestre que, unicamente, aponta o caminho do Céu, ensina a Verdade de Deus, comunica a Vida de Amor.

Mas no mundo Jesus não é mais conhecido. Os homens ignoram o Salvador que está no meio deles. É preciso dar a conhecer a Deus, mostrá-lO, como João Batista, trazer-Lhe os amigos, os irmãos, como André. O maior beneficio que se possa fazer a alguém é revelar-lhe o seu Mestre e seu Deus. É, sobretudo mostrando o Amor e a imensa Bondade de Jesus que o devemos tornar conhecido, pois é o meio mais eficaz de Lhe atrair os corações. 

Jesus, no Santíssimo Sacramento, é sempre o Salvador em estado de imolação, oferendo-Se sem cessar ao Pai, como o fez na Cruz, pela salvação dos homens; apontando-Lhe Suas Chagas profundas e Seu Coração aberto, para obter o perdão do gênero humano. 

É aos pés dessa Vítima adorável que o adorador deve orar, chorar, implorar ao Amor Crucificado que sensibilize o coração dos pecadores empedernidos, que quebre as cadeias tão duras e vergonhosas do vício, a pesar sobre tantos escravos do mundo; que rompa o véu que retém o judeu - povo que mereceu as primícias de Sua ternura - na cegueira e na infidelidade; que humilhe o orgulho do herege, a fim de que veja a Verdade e se submeta ao Seu império; que toque o coração do cismático, para que reconheça a sua mãe, a santa Igreja, e se venha lançar nos seus braços! 

E esta Igreja, Esposa de Cristo, será sempre objeto das orações do adorador, em si, em suas instituições, em suas obras, em seu sacerdócio, em seu povo, em cada um de seus filhos; em tudo o que interessa à sua prosperidade, à sua perfeição e ao cumprimento de sua missão no mundo. E, reconhecendo humildemente sua própria insuficiência e a dependência absoluta em que se encontra para com Deus, o adorador reza por si mesmo. Conserva constantemente sua alma em um estado de oração, pela contemplação de sua indigência e da grandeza das bondades divinas. E assim manterá a alma sempre aberta, pronta a receber a efusão da Graça. 

Tais as quatro grandes homenagens que encerra a adoração eucarística, e que devem animar e vivificar com seu espírito toda a vida do Agregado do Santíssimo Sacramento. Praticá-las fielmente, será praticar a vida interior em alto grau e estabelecer perfeitamente o Reinado de Jesus na alma. 

(I) O Santo, em seu manuscrito, emprega aqui a palavra chastifiera, que é muito expressiva e traduz bem o seu pensamento.

(A Divina Eucaristia, escritos e Sermões de São Pedro Julião Eymard, volume 5, Loyola)

Fonte:

Os efeitos entorpecedores da televisão ao cérebro

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A televisão está nos convertendo em zumbis

por Wes Moore


A televisão é um narcótico que causa dependência, e um dos mais potentes dispositivos de controle mental já produzidos.  E eu não estou me baseando somente em intuição.  Eu tenho evidência neurológica para prová-lo.

Qualquer comportamento que conduz a uma experiência prazerosa será repetida, especialmente se aquele comportamento requer pouco esforço.  Psicólogos chamam esse padrão de “reforço positivo”.  Isso é o que nós queremos dizer, tecnicamente falando, por vício.  Nesse sentido, a televisão certamente ajusta-se à categoria de um agente que causa dependência.

Quando você liga a TV, a atividade do cérebro transfere-se do hemisfério da esquerda para a direita.  Em verdade, experimentos conduzidos pelo pesquisador Herbert Krugman demonstraram que enquanto espectadores estão vendo televisão, o hemisfério direito está duas vezes mais ativo que o esquerdo, uma anomalia neurológica. [1]

O cruzamento da esquerda para a direita libera uma tempestade de narcóticos naturais do corpo: endorfinas e beta-endorfinas. A endorfina é estruturalmente idêntica ao ópio e seus derivados (morfina, codeína, heroína etc.).

Atividades que liberam endorfinas (também chamadas peptídeos opióides) são freqüentemente formadores de hábito (nós raramente dizemos que causam dependência). Estes incluem estalar os dedos, exercícios tenazes e orgasmo.  Narcóticos externos agem nos mesmos locais receptores (receptores opióides) como endorfinas, de forma que há pouca diferença entre os dois.

Realmente, até espectadores casuais de televisão experimentam tais sintomas de recuo de entorpecimento se eles param de ver TV por um período prolongado de tempo.  Um artigo da Província Herald, no Leste da África do Sul (Outubro de 1975), descreveu dois experimentos em que foi pedido que pessoas de vários segmentos sócio-econômicos parassem de ver televisão.  Em um experimento várias famílias se voluntariaram a desligarem suas TVs por apenas um mês.

As famílias mais pobres cederam em uma semana, e as outras sofreram de depressão, dizendo que se sentiam como se tivessem "perdido um amigo". No outro experimento, 182 alemães ocidentais concordaram em dar um pontapé no seu hábito de ver televisão por um ano, em troca de um acrescido bônus de pagamento. Ninguém pôde resistir ao desejo por mais do que seis meses, e ao longo do tempo todos os participantes demonstraram os sintomas de recuo do narcótico: aumento da ansiedade, frustração e depressão.

O VÍCIO À TV

Os sinais do vício estão ao nosso redor.  O Americano médio assiste mais de quatro horas de televisão todos os dias, e 49% destes continuam a assistir apesar de admitirem fazê-lo excessivamente.  Esses são os indicadores clássicos de um viciado em contradição: viciados sabem que eles estão fazendo o mal para si, mas continuam a usar a droga sem dar a devida atenção.

O aparelho de televisão funciona como um sistema de entrega de droga de alta tecnologia, e nós todos sentimos seus efeitos. A questão é, pode um vício à televisão ser destrutivo?  A resposta que nós recebemos da ciência moderna é um retumbante “Sim!"

Primeiro de tudo, quando você está assistindo televisão, as regiões mais elevadas do cérebro (como o cérebro intermediário e o novo córtex) são desligados, e as principais atividades transferem-se para as regiões mais baixas do cérebro (como o sistema límbico). Os processos neurológicos que tomam lugar nessas regiões não podem exatamente ser chamados de "cognitivos".

Os menores cérebros ou o cérebro do réptil simplesmente permanece equilibrado para reagir ao ambiente usando programas profundamente entalhados de resposta "combater ou fugir". Demais a mais, essas regiões mais baixas do cérebro não podem distinguir a realidade de imagens fabricadas (um trabalho desenvolvido pelo novo córtex), assim eles reagem ao conteúdo da televisão muito embora ele seja real, liberando hormônios apropriados e assim em diante. Estudos têm provado que, ao longo prazo, demasiada atividade no cérebro mais baixo conduz à atrofia nas regiões mais altas.

É interessante registrar que o cérebro baixo/límbico/do réptil correlaciona-se ao circuito de bio-sobrevivência do Modelo dos 8 Circuitos de Consciência Leary/Wilson.

Esse é o nosso principal circuito, a "presença" básica que nós normalmente associamos com a consciência.  Esse é o circuito onde nós recebemos nossa primeira impressão neurológica (a impressão oral), que nos condiciona a avançar rumo a qualquer coisa quente, prazerosa e/ou protetiva no ambiente.  O circuito de bio-sobrevivência é nosso mais infantil, nosso meio mais primário de lidar com a realidade.

EFEITO DO CONTROLE DO CÉREBRO DIREITO

A pesquisa da Herbert Krugman provou que assistir televisão paralisa o cérebro esquerdo e deixa o cérebro direito executar todas as responsabilidades cognitivas.  Isso tem algumas implicações assustadoras para os efeitos da televisão no desenvolvimento e saúde do cérebro. Para uns, o hemisfério esquerdo é a região crítica para organizar, analisar e julgar dados entrantes.  O cérebro direito lida de forma não crítica com dados entrantes, e ele não decifra ou divide a informação em suas partes componentes.

O cérebro direito processa informação em conjuntos, levando a respostas mais emocionais do que intelectuais.  Nós não podemos racionalmente ocupar-se com o conteúdo apresentado na televisão porque essa parte de nosso cérebro não está em funcionamento. É, portanto, sem surpresa que as pessoas raramente compreendem o que vêem na televisão, como foi demonstrado por um estudo conduzido pelo pesquisador Jacob Jacoby. Jacoby descobriu que, dentre 2.700 pessoas testadas, 90% entenderam mal o que observavam na televisão somente cinco minutos antes.  Por enquanto não há explicação por qual motivo nos transferimos para o cérebro direito enquanto assistimos televisão, mas sabemos que esse fenômeno é imune ao conteúdo.

Para um cérebro compreender e comunicar significado complexo, ele deve estar em um estado de "desequilíbrio caótico".  Isso significa que deve haver um fluxo dinâmico de comunicação entre todas as regiões do cérebro, que facilitam a compreensão dos níveis mais elevados de ordem (quebrando limiares conceituais), e levando à formação de idéias complexas.  Altos níveis de atividade cerebral caótica estão presentes durante tarefas desafiadoras como leitura, escrita e equações matemáticas em sua cabeça.  Elas não estão presentes enquanto você vê TV.

PERIGOSO À AUTO-ESTIMA; MANTÉM O STATUS QUO

Em acréscimo a seus efeitos neurológicos devastadores, a televisão pode ser danosa para seu sentido de valor próprio, sua percepção do ambiente, e sua saúde física.  Pesquisas recentes têm demonstrado que 75% das mulheres americanas pensam que estão acima do peso, provavelmente como resultado de assistir cronicamente atrizes e modelos magras quatro horas por dia.

A televisão tem também semeado uma "cultura do medo" nos EUA afora, com seu foco no sensacionalismo amigável do cérebro límbico de programação violenta.  Estudos têm demonstrado que as pessoas de todas as gerações grandemente superestimam a ameaça de violência na vida real.  Isso não é sem surpresa, porque seus cérebros não podem discernir realidade de ficção enquanto assistem TV.

Televisão é ruim para seu corpo também.  Obesidade, privação do sono e desenvolvimento sensorial atrofiado são todos comuns entre viciados em televisão.

Todas as outras drogas aparentemente colocam-se como uma ameaça à ordem social estabelecida.  A televisão, porém, é uma droga que é realmente essencial para manter a infra-estrutura social.  Por quê?  Porque ela lava o cérebro dos consumidores para gastarem dinheiro no vazio escancarado de suas vidas cheias de terror e sem significado. E por lavagem do cérebro, eu quero dizer que elas foram hipnotizadas usando muitas técnicas sutis e estabelecidas que, quando combinadas com os efeitos naturais da televisão nas ondas do cérebro, contribuem para os mais ambiciosos ardis de engenharia psicológica já confeccionados.

O psicofisiologista Thomas Mulholland descobriu que após apenas 30 segundos vendo televisão, o cérebro começa a produzir ondas alfa, que indicam taxas de atividade letárgicas (quase comatosas). Ondas cerebrais alfa são associadas com desconcentrados e excessivos estados receptivos de consciência. Uma alta freqüência de ondas alfa não ocorre normalmente quando os olhos estão abertos.  Em verdade, a pesquisa de Mulholland indica que assistir televisão é neurologicamente análogo a encarar uma parede branca.

Eu deveria registrar que o objetivo dos hipnotizadores é induzir estados de lentas ondas cerebrais.  Ondas alfa estão presentes durante o estado de "luz hipnótica" utilizado por hipno-terapeutas para terapia de sugestão.

Quando a pesquisa de Mulholland foi publicada, ela impactou grandemente em marketing e propaganda.  Percebendo que os espectadores automaticamente entram em um estado de transe enquanto vêem televisão, os marketeiros começaram a esboçar comerciais que produzem estados de inconsciência emocional ou humor com o espectador.

O alvo de comerciais não é apelar para a mente racional ou consciente (que usualmente descarta anúncios), mas de preferência implantar atmosferas que o consumidor associará com o produto quando ele é encontrado na vida real.  Quando nós vemos exposições de produtos em uma loja, por exemplo, aquelas emoções positivas são despertadas. Aprovações de atletas amados e outras celebridades evocam as mesmas associações. Se você já duvidou do poder dos anúncios de televisão, carreguem isso em mente: comerciais funcionam melhor se você não está lhes dando atenção!

Um dispositivo de controle mental que causa dependência . . . o que mais poderia um governo ou uma corporação lucrativa pedir? Mas a coisa realmente triste a respeito da televisão é que ela converte a pessoa num zumbi, ninguém é imune.  Não há nenhuma ordem mais elevada de seres super-inteligentes e nefandos por trás disso.  É o produto de nosso completo desejo humano de modificar nosso estado de consciência e escapar das durezas da realidade.

Eu gostaria de anunciar uma campanha para os meus.  Na próxima semana, nós celebraremos o que eu gosto de chamar de Semana para se livrar da TV.  Eu encorajo a todos vocês venderem suas televisões, e usarem o dinheiro para comprarem alguns livros.

Nós estamos vivendo no Admirável Mundo Novo, somente isso não é tão admirável, ou menos novo.  Em verdade, está parecendo mais e mais com a Idade das Trevas, com massas de zumbis do neolítico obedecendo a autoridade da nova casta sacerdotal: Regis Philbin e Jerry Springer.

Notas:

[1] Krugman, Herbert E. "Brain wave Measures of Media Involvement," Journal of Advertising Research 11.1 (1971): 3-9. Krugman posteriomente se tornou gerente de pesquisa de opinião pública na General Electric.

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Esse artigo é do Vol. 2, Issue No. 2 pages 59-66
© 2001 CENTER FOR COGNITIVE LIBERTY AND ETHICS
Todos direitos reservados.


Fonte:

Fotos da cerimônia das "Quarenta horas".

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Agradecimentos ao Imaculado Coração de Maria, a nosso pai São José e ao Padre Joaquim



 Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei e Centro de todos os corações!




Conferência


Santa Missa Pro pace - Paramentos roxos, altar lateral.





Procissão
    











As 15 Orações de Santa Brígida

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Santa Brígida foi uma das inúmeras Santas que nos alertaram contra a imodéstia: 

Santa Brígida, da Suécia, foi uma das mais conhecidas Santas da Idade Média. Fundou a Ordem das Religiosas de São Salvador. Referindo-se aos Últimos Tempos, disse: "40 anos antes do ano 2000, o demônio será deixado solto, por um tempo. Quando tudo parecer perdido, Deus, mesmo de improviso, porá fim à maldade". O sinal desses eventos, continua Santa Brígida, será: "Os sacerdotes deixarão de usar hábito santo e se vestirão como pessoas comuns; as mulheres se vestirão como os homens e os homens como as mulheres."

Promessas de Nosso Senhor à Santa Brígida

Jesus prometeu grandes graças àqueles que recitarem diariamente estas quinze
orações durante um ano,em honra de suas chagas:
1. "Conseguirá livrar do purgatório 15 almas de sua família; 15 justos, também de sua linhagem, serão conservados em graça e 15 pecadores da sua família serão convertidos"
2. "15 dias antes de sua morte, ela experimentará uma profunda contrição de todos os seus pecados e um perfeito conhecimento deles. Diante dela Eu colocarei o sinal de minha cruz vitoriosa como socorro e defesa contra os embustes de seus inimigos. Antes da sua morte, Eu virei em companhia de Minha muito cara e bem amada Mãe, para receber benignamente a sua alma e conduzi-la às alegrias eternas"
3. "Aquele que disser essas Orações pode estar seguro de ser associado ao supremo coro dos Anjos e todo aquele que as ensinar a alguém, terá assegurado para sempre sua felicidade e seus méritos"
4. "No lugar onde se encontrarem e onde forem recitadas estas orações, Deus aí estará também presente com a Sua Graça."

Santa Brígida (08 de outubro)

Nasceu em 1303, na cidade de Finstad, faleceu em 23 de julho de 1373 em Roma.
A Suécia é a terra natal, apesar de ter passado a metade de sua vida em Roma, nunca se esqueceu de sua terra no Norte, suas montanhas, suas lagoas escuras, seus campos de trigo e sua floresta aparecem em seus escritos. Ela sempre amou a natureza. Os romanos a respeitaram, mas não a compreenderam.
Ela nasceu como sétima filha do prefeito Birger e de sua esposa Ingeborg Sigride; foi no ano de 1303 no castelo de Finstad, perto de Upsala. Sua família era aparentada aos reis e era bem rica. Não faltou nada em sua casa, e ela se orgulhava da sua origem. Dos pais ela aprendeu a dominar seu temperamento bem forte. Seu pai fez uma romaria para Santiago de Compostela, Roma e Jerusalém. Ele jejuou e se confessou todas as sextas-feiras, sua esposa Ingeborg também era piedosa.
A mãe já tinha falecido, quando aconteceu aquilo que mudou o rumo de sua vida. Uma pregação sobre a Paixão de Cristo comoveu profundamente o coração da menina Brígida de nove anos de idade. Ela passou uma noite ajoelhada e chorando, tremendo de frio diante de um crucifixo. A voz do Crucificado falou para ela: "Veja como fui maltratado!". Assutada, ela clamou: "Senhor, quem te fiz isso?". Cristo repondeu-lhe: "Fizeram aqueles que rejeitaram a Mim e o meu Amor".
Na idade de quatorze anos, ela atendeu o pedido do pai e se casou com o conde Ulf Gudmarson, de dezoito anos de idade. Ela assumiu as obrigações de uma dona de casa, esposa e mãe, deu a luz a quatro filhos e quatro filhas. Brígida passou pelas alegrias e sofrimentos de uma mãe, continuando piedosa. Seu marido também era homem religioso. O casal pertencia a Terceira Ordem de São Francisco. Os dois rezaram e jejuaram juntos, fizeram penitência, construiram hospitais e alimentaram, diariamente, pobres em sua mesa. Juntos eles leram a Bíblia, na nova tradução suéca de seu confessor Matias de Linköpning. Também assumiram cargos públicos de importância e os administraram com muita responsabilidade. Mais tarde o casal fez uma peregrinação para Drontheim, ao sepulcro de Santo Olaf, rei da Suécia. Visitaram o ilustre santuário do apóstolo Tiago, em Compostela, prestaram homenagens às relíquias dos Reis Magos em Colônia, visitaram o sepulcro de Santa Marta em Tarascon, e o Santuário de Santa Maria Madalena em Marseille.
O seu marido ficou curado de uma grave doença. Motivado por esta cura, ele fez votos de retirar-se para o Mosteiro de Monges em Alvastra. Brígida concordou. Ele viveria ainda por mais quatro anos, e foi sepultado, fiel ao seu voto, no hábito de um monge.


Brígida, viúva, distribuiu seus haveres, segurando apenas o necessário, e vivia perto do túmulo do seu marido, num prédio do Mosteiro. Longe do barulho do mundo, no silêncio das meditações, ela ouviu a voz do Onipotente que falou-lhe. Aí ela recebeu as primeiras revelações que se prolongaram até a sua morte. Obedecendo à ordem recebida de Cristo, ela escreveu tudo o que ouviu, na língua maternal. Numa linguagem poética e ilustrada, e em parábolas, ela vê a vida confusa do seu povo, seu passado e seu futuro; vê as desgraças da Igreja, a Vida de Jesus, a partir de Belém até o Gólgota. Durante muito tempo, ela passou por dúvidas, ignorando, se as suas visões partiam de Deus ou do diabo. E ela repetiu por muitas vezes esta oração: "Meu corpo é um jumentinho desenfreado e minha vontade é como um pássaro selvagem. Põe freio no jumentinho desenfreado, e segura o pássaro selvagem!".
Algum dia, motivada por revelações, ela apareceu no conselho real e advertiu ao rei. Todos riram dela. Mas, dentro de pouco, sua profecia se realizou. Surgiram guerras e assassínios, e família real desapareceu. As visões mandaram que ela fundasse a Ordem do Sacratíssimo Salvador, e que ela transformasse a antiga propriedade em um mosteiro. Tudo que ouviu nas visões ela escreveu num papel. Em seguida foi à Roma para ver o Papa e o Imperador, querendo pedir deles a autorização para sua fundação.
Chegando em Roma, Brígida se assustou muito. Rebanhos de cabras apascentavam dentro e fora da Basílica de São Pedro, o papa residia em Avinhão. Nas ruas de Romas as famílias Orsini e Colonna estavam em guerra, e os peregrinos viviam em perigo constantemente. Brígida sofreu muito com aquilo que viu. Ela vivia a regra de sua futura fundação. Visitava, diariamente o túmulo dos apóstolos e mártires. Durante o correr do tempo, ela dirigiu várias mensagens ao Papa Clemente VI, e lhe comunicou a ordem de Deus, para que ele voltasse para a cidade de Roma, a cidade dos Papas. O Papa não a atendeu. Só anos depois Urbano V regressou para Roma. Aí ele reconheceu a fundação da profetiza do norte. Mas, três anos depois ele voltou para Avinhão, outra vez. Passaram-se anos até ele voltar para Roma definitivamente. Foi outra visionária que conseguiu isto, Catarina de Siena.
Uma peste matou a metade da população da Itália. Brígida se preocupou com os doentes, visitou muitos deles, levou-os aos hospitais, e neste tarefa realizou obras milagrosas.
No ano jubilar, 1350, ela cuidou dos peregrinos da Suécia que vieram visitar Roma. Muitos vieram para Roma sem meios de sobreviver, cansados e exaustos da viagem. Três de seus filhos, Birger, Carlos e Catarina, que muito impressiou os romanos por sua beleza, também vieram visitá-la. Carlos faleceu por causa de uma febre na cidade Nápoles. Brígida, acompanhada por Carlos e Catarina, faz uma peregrinação à Terra Santa. Era o final de uma vida dedicada a Deus.
Na Suécia surgiu o mosteiro Vadstena, mas Brígida não chegou a vê-lo. Voltou a Roma em 1373, cansadíssima entrou em sua residência e sofreu fortes provações de fé. Jesus Cristo apareceu e a confortou, colocando em sua mão uma aliança. Na mesma aparição e ela se viu como uma irmã religiosa vestido com um hábito. Bem unida a Deus ela se despediu dessa terra em 23 de julho de 1373. Seus filhos assistiram a sua morte.


PROMESSAS DE SANTA BRÍGIDA


No dia 14 de junho de 1303, no momento do nascimento de Brígida, o pároco Rasbo, na Suécia, estava rezando pela libertação feliz de Ingeborde. De repente viu-se rodeado de uma luz tão resplandecente da qual saiu a Virgem Mãe e disse: "em Birger nasceu uma menina, sua voz será ouvida pelo mundo inteiro".
Essas orações e promessas foram num encontradas num livro impresso em Toulouse, escritas e publicadas por Pe. Adrien Parvillens, jesuíta, missionário apostólico, na Terra Santa com a licença e recomendação de propagá-las. Papa Pio IX tomou conhecimento destas orações. Ele as confirmou em 31 de maio de 1862 e as julgou verdadeiras, pois causam benefícios para o bem de todas as almas. Este reconhecimento do Papa foi confirmado por Deus pela realização das promessas com todas as pessoas que tinham rezado as orações, e por inúmeros fatos e sinais, pelos quais Deus queria mostrar que vinham realmente Dele.
Há muito tempo Santa Brígida tinha pedido ao Senhor para lhe revelar o número de pancadas sofridas em sua dolorosa Paixão. Um dia apareceu o Salvador e lhe disse: "Recebi no meu corpo 5.480 pancadas. Querendo venerá-las, reze cada dia, durante um ano, 15 Pai-nossos, 15 Ave-Marias e mais as orações seguintes" . Jesus ensinou a Santa Brígida as orações. " Passado este ano, tens venerado, cada uma destas 5480 feridas" . E o Salvador disse então: Quem rezar essas orações diariamente durante um ano, livrará do purgatório 15 almas do seu parentesco; 15 almas justas do seu parentesco receberão a graça da perseverança e 15 pecadores do parentesco se converte-se-ão. A própria pessoa que reza, alcançará os primeiros graus da perfeição e quinze dias antes da sua morte dar-lhe-ei o meu precioso Corpo para ficar preservada da fome eterna, e dar-lhe-ei de beber o meu precioso Sangue, para ficar preservada da sede eterna. E 15 dias antes da sua morte receberá profunda contrição e grande conhecimento de seus pecados. Colocarei o sinal da minha cruz vitoriosa entre ela e o maligno, para que fique preservada de suas ciladas. Antes da sua morte a visitarei com minha bem-amada Mãe, receberei a alma com clemência, e introduzila-ei no gozo eterno. No céu receberá o conhecimento especial da minha divindade, que não transmitirei àqueles que não rezam estas orações.
Mesmo que alguém tivesse passado 30 anos em pecado mortal, logo que reza estas orações ou faz o propósito de rezá-las, o Senhor perdoar-lhe-á todos os pecados e defender-lhe-á contra todas as más tentações. Ele protege os seus cinco sentidos e o preserva de uma morte repentina e imprevista, e a sua alma de uma condenação eterna. E tudo que seja de Deus e da Santíssima Virgem ser-lhe-á concedido. Quem também ensinar estas orações a outros, receberá alegrias e recompensas eternas. No lugar onde se rezam estas orações, Deus está presente com a sua graça. Todos estes privilégios foram prometidos pelo Salvador Crucificado a Santa Brígida. O tal crucifixo ainda hoje está sendo venerado, na Igreja de São Paulo, em Roma.
Todos esses privilégios forma prometidos à Santa Brigida por Nosso Senhor Crucificado com a condição de que as citadas orações fossem recitadas diariamente. São igualmente prometidos a todos quantos recitarem devotamente, durante um ano inteiro.
Deve-se evitar omitir as orações um dia. Mas se houver um impedimento sério que as orações de modo nenhum possam ser rezadas, não se perdem as graças ligadas nelas, quando as 5.480 orações forem rezadas durante o ano. Devem ser rezadas com muita devoção, pensando naquilo que se reza. Poderão ser rezadas ao fazer a Via Sacra.
Principal dúvida com relação a recitação das orações propostas por Santa Brígida
Pergunta: É necessário recitá-las todos os dias, sem interrupção?
Resposta: Faltar o menos possível. Todavia, se por motivo sério, nos vemos forçados a omiti-las, nem por isso ficamos privados dos privilégios que lhes são inerentes, desde que recitemos 365 vezes no ano. Devemos recitá-las com devoção, esforçando-nos por penetrar no sentido das palavras que vamos pronunciando.
As quinze orações (ensinadas por Jesus a Santa Brígida - recitá-la diariamente, durante um ano.
Os Sete Pai Nossos (em honra do Sangue de Jesus) - recitá-las durante doze anos.

As Quinze Orações

PRIMEIRA ORAÇÃO: 
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus Cristo, doçura eterna para aqueles que vos amam, alegria que ultrapassa toda a alegria e todo o desejo, esperança de salvação dos pecadores, que declarastes não terdes maior contentamento do que estar entre os homens, até ao ponto de assumir nossa natureza, na plenitude dos tempos, por amor deles, lembrai-vos dos sofrimentos, desde o primeiro instante de Vossa Conceição e sobretudo, durante a Vossa Santa Paixão, assim como havia sido decretado e estabelecido desde toda a eternidade na mente divina. Lembrai-vos, Senhor, que, celebrando a Ceia com Vossos discípulos, depois de lhes haverdes lavado os pés, deste-lhes o Vosso Sagrado Corpo e Precioso Sangue, e consolando-os docemente, lhes predissestes vossa Paixão iminente. Lembrai-vos da tristeza e da amargura que experimentastes em Vossa alma, como o testemunhastes, Vós mesmo, por estas palavras: "Minha alma está triste até a morte". Lembrai-vos, Senhor, dos temores, angústias e dores, que suportastes em vosso corpo delicado antes do suplício da cruz, quando, depois de ter rezado por três vezes, derramando um suor de sangue, fostes traído por Judas, vosso discípulo, preso pela nação que escolhestes, acusado por testemunhas falsas, injustamente julgado por três juízes, na flor da vossa juventude e no tempo solene da Páscoa. Lembrai-vos que fostes despojado das vossas próprias vestes e revestido das vestes da irrisão; que vos velaram os olhos e a face, que vos deram bofetadas, que vos coroaram de espinhos, que vos puseram uma cana na mão e que, atado a uma coluna, fostes despedaçado por golpes e acabrunhado de afrontas e ultrajes. Em memória dessas penas e dores que suportastes antes da vossa Paixão sobre a cruz, concedei-me, antes da morte, uma verdadeira contrição, a oportunidade de me confessar com pureza de intenção e sinceridade absoluta, uma adequada satisfação e a remissão de todos os meus pecados. Assim Seja.

SEGUNDA ORAÇÃO:
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, verdadeira liberdade dos Anjos, paraíso de delícias, lembrai-vos do peso acabrunhador de tristeza que suportastes, quando vossos inimigos, quais leões furiosos vos cercaram, e por meio de mil injúrias, escarros, bofetadas, arranhões e outros inauditos suplícios, vos atormentaram à porfia. Em consideração desses insultos e desses tormentos, eu vos suplico, ó meu Salvador, que vos digneis libertar-me dos meus inimigos visíveis e invisíveis e fazer-me chegar, com vosso auxílio, à perfeição da salvação eterna. Assim Seja.

TERCEIRA ORAÇÃO:
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, Criador do Céu e da Terra, a quem coisa alguma pode conter ou limitar, Vós que tudo abarcais e tendes tudo sob vosso poder, lembrai-vos da dor, repleta de amargura, que experimentastes quando os soldados, pregando na cruz vossas sagradas mãos e vossos Pés tão delicados, transpassaram-os com grandes e rombudos cravos, e não vos encontrando no estado que teriam desejado para dar largas à sua cólera, dilataram vossas Chagas, exacerbando assim as vossas dores. Depois por uma crueldade inaudita, vos estenderam sobre a cruz e vos viraram de todos os lados, deslocando, assim, os vossos membros. Eu vos conjuro, pela lembrança desta dor que suportastes na cruz com tanta santidade e mansidão, que vos digneis conceder-me o vosso temor e o vosso amor. Assim Seja.

QUARTA ORAÇÃO:
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, médico celeste, que fostes elevado na cruz a fim de curar nossas chagas por meio das vossas, lembrai-vos do abatimento em vos encontrastes e das contusões que vos infligiram em vossos sagrados membros, dos quais, nenhum permaneceu em seu lugar, de tal modo que dor alguma poderia ser comparada à vossa. Da planta dos pés até o alto da cabeça nenhuma parte do vosso corpo esteve insenta de tormentos; e, entretanto, esquecido de vossos sofrimentos, não vos cansastes de suplicar a vosso Pai pelos inimigos que vos cercavam, dizendo-lhes: "Pai, perdoi-lhes, porque não sabem o que fazem". Por essa grande misericórdia, e em memória desta dor, fazei com que a lembrança de vossa Paixão, tão impregnada de amargura, opere em mim uma perfeita contrição e a remissão de todos os meus pecados. Assim Seja.

QUINTA ORAÇÃO:
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, espelho do esplendor eterno, lembrai-vos da tristeza que sentistes, quando, contemplando à luz da vossa divindade a predestinação daqueles que deveriam ser salvos pelos méritos da vossa santa Paixão, contemplastes, ao mesmo tempo, a multidão dos réprobos que deviam ser condenados por causa de seus pecados e lastimastes amargamente a sorte desses infelizes pecadores, perdidos e desesperados. Por esse abismo de compaixão e de piedade e, principalmente, pela bondade que manifestastes ao bom ladrão, dizendo-lhe: "Hoje estarás comigo no Paraíso", eu vos suplico, ó doce Jesus, que na hora da minha morte, useis de misericórdia para comigo. Assim Seja.

SEXTA ORAÇÃO: 
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, Rei amável e todo desejável, lembrai-vos da dor que experimentastes quando, nú e como um miserável, pregado, pregado e levantado na cruz, fostes abandonado por todos os vossos parentes e amigos, com excessão de vossa Mãe bem-amada, que permaneceu, em companhia de São João, muito fielmente junto de vós na Agonia; lembrai-vos de que os entregastes um ao outro dizendo: Mulher, eis aí teu filho! e a João: eis aí tua Mãe! Eu vos suplico, meu Salvador, pela espada de dor que então transpassou a alma de vossa santa Mãe, que tenhais compaixão de mim em todas as minhas angústias e tribulações, tanto corporais como espirituais e que vos digneis assistir-me nas provações que me sobrevierem, sobretudo na hora de minha morte. Assim Seja.

SÉTIMA ORAÇÃO:
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, fonte inexaurível de piedade que, por uma profunda ternura de amor, disseste sobre a Cruz: Tenho sede!, mas, sede de salvação do gênero humano. Eu vos suplico meu Salvador, que vos digneis estimular o desejo que meu coração experimenta de tender à perfeição em todas as minhas obras e extinguir, por completo, em mim, a concupiscência carnal e o ardor dos desejos mundanos. Assim Seja.

OITAVA ORAÇÃO:
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, doçura dos corações, suavidade dos espíritos, pelo amargo sabor do fel e do vinagre que provastes sobre a cruz por amor de todos nós, concedei-me a graça de receber dignamente o vosso Corpo e vosso preciosíssimo Sangue durante minha vida e na hora de minha morte, a fim de que sirvam de remédio e de consolo para minha alma. Assim Seja.

NONA ORAÇÃO:
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, virtude real, alegria do espírito, lembrai-vos da dor que suportastes, quando mergulhado na amargura ao sentir aproximar-se a morte, insultado e ultrajado pelos homens, julgastes haver sido abandonado por vosso Pai, dizendo-lhe: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes? Por essa angústia eu vos conjuro, ó meu Salvador, que não me abandoneis nas aflições e nas dores da morte. Assim Seja.

DÉCIMA ORAÇÃO:
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, que sois em todas as coisas começo e fim, vida e virtude, lembrai-vos de que por nós fostes mergulhado num abismo de dores, da planta dos pés até o alto da cabeça. Em consideração da extensão de vossas chagas, ensinai-me a guardar os vossos mandamentos, mediante uma sincera caridade, mandamentos esses que são caminho espaçoso e agradável para aqueles que vos amam. Assim Seja.

DÉCIMA PRIMEIRA ORAÇÃO:
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, profundíssimo abismo de misericórdia, suplico-vos em memória de vossas chagas que penetram até a medula de vossos ossos, e afligiram até vossas entranhas, que vos digneis afastar esse pobre pecador do lodaçal de ofensas em que está submerso, conduzindo-o para longe do pecado. Suplico-vos também esconder-me de vossa face irritada, ocultando-me dentro de vossas chagas, até que vossa cólera e vossa justa indignação tenham passado. Assim Seja.

DÉCIMA SEGUNDA ORAÇÃO:
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, espelho de verdade, sinal de unidade, laço de caridade, lembrai-vos do inúmeros ferimentos que recebestes, desde a cabeça até os pés, ao ponto de ficardes dilacerado e coberto pela púrpura de vosso sangue adorável. Ó quão grande e universal foi a dor que sofrestes em em vossa carne virginal por nosso amor. Dulcíssimo Jesus, que poderíeis fazer por nós que não o houvésseis feito? Eu vos conjuro, ó meu Salvador, que vos digneis imprimir, com vosso precioso Sangue, todas as vossas chagas no meu coração, a fim de que eu relembre, sem cessar, vossas dores e vosso amor. Que pela fiel lembrança de vossa Paixão, o fruto dos vossos sofrimentos seja renovado em minha alma e que vosso amor vá crescendo em mim cada dia mais, até que eu me encontre finalmente convosco, que sois o tesouro de todos os bens e a fonte de todas as alegrias. Ó dulcíssimo Jesus, concedei-me poder gozar de semelhante ventura na vida eterna. Assim Seja.

DÉCIMA TERCEIRA ORAÇÃO:
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, fortíssimo Leão, rei imortal e invencível, lembrai-vos da dor que vos acabrunhou quando sentistes esgotadas todas as vossas forças, tanto do coração como do corpo e inclinastes a cabeça, dizendo: Tudo está consumado. Por esta angústia e por esta dor, eu vos suplico, Senhor Jesus, que tenhais piedade de mim quando soar a minha última hora, e minha alma estiver amargurada e meu espírito cheio de aflição. Assim Seja.

DÉCIMA QUARTA ORAÇÃO:
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, Filho único do Pai, esplendor e imagem da sua substância, lembrai-vos da humilde recomendação que lhes dirigistes, dizendo: Meu Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito! Depois expirastes, estando vosso corpo despedaçado, vosso coração transpassado e as entranhas de vossa misericórdia abertas para nos resgatar! Por essa preciosa morte, eu vos conjuro, ó Rei dos Santos, que me deis força e socorrais para resistir ao demônio, à carne e ao sangue, a fim de que, estando morto para o mundo, eu possa viver somente em Vós. Na hora de minha morte, recebei, eu vos peço, minha alma peregrina e exilada, que retorna para Vós. Assim Seja.

DÉCIMA QUINTA ORAÇÃO:
PAI-NOSSO, AVE MARIA
Ó Jesus, vide verdadeira e fecunda, lembrai-vos da abundante efusão de sangue que tão generosamente derramastes de vosso sagrado corpo, assim como a uva é triturada no lagar. Do vosso lado aberto pela lança de um dos soldados, jorraram sangue e água, de tal modo que não retivestes uma gota sequer; e, enfim, como um ramalhete de mirra, elevado na cruz, vossa carne delicada se aniquilou, feneceu o humor de vossas entranhas e secou a medula de vossos ossos. Por essa tão amarga Paixão e pela efusão de vosso precioso Sangue, eu vos suplico, ó bom Jesus, que recebais minha alma quando eu estiver em agonia. Assim Seja.

ORAÇÃO FINAL:
Ó doce Jesus, vulnerai o meu coração a fim de que lágrimas de arrependimento, de compunção e amor, noite e dia me sirvam de alimento; convertei-me inteiramente a vós; que meu coração vos sirva de perpétua habitação; que minha conduta vos seja agradável, e que o fim de minha vida seja de tal modo edificante, que eu possa ser admitido no vosso paraíso, onde, com todos os vossos Santos, hei de vos louvar para sempre. Assim Seja.


Fonte:
http://floresdamodestia.blogspot.com.br/

Festa do Santíssimo Nome de Maria

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Nós veneramos o nome de Maria porque ele pertence àquela que é a Mãe de Deus, a mais santa das criaturas, a Rainha do Céu e da Terra, a Mãe da Misericórdia.

O objeto da festa é a Santa Virgem que traz o nome de Mirjam (Maria). A festa comemoratodos os privilégios dados a Maria por Deus e todas as graças que temos recebido através de sua intercessão e mediação
 

HISTÓRIA DA FESTA

Ela foi instituída em 1513 em Cuenca, na Espanha, e estabelecida para o dia 15 de setembrocom Ofício próprio, o dia da oitava da Natividade de Maria. Depois da reforma do Breviário porSão Pio V, por um decreto de Sixto V (16 de janeiro de 1587), ela foi transferida para 17 de setembro. Em 1622, foi estendida para a Arquidiocese de Toledo por Gregório XV. Depois de 1625, a Congregação dos Ritos hesitou por um tempo antes de autorizar que se estendesse mais (cf. os sete decretos "Analecta Juris Pontificii", LVIII, decr. 716 sqq.). Mas era celebrada pelostrinitarianos espanhóis em 1640 (Ordo Hispan., 1640). Em 15 de novembro de 1658, a festa foi concedida ao oratório do Cardeal Berulle sob o título: Solemnitas Gloriosae Virginis, dupl. cum. oct., em 17 de setembro. Trazendo o título original, "SS. Nominis B.M.V.", ela foi concedida a toda a Espanha e ao Reino de Nápoles em 26 de janeiro de 1671.

Após o cerco de Viena e a gloriosa vitória do Rei João III Sobieski da Polônia [e daRepública das duas Nações] sobre os Turcos (12 de setembro de 1683), a festa foi estendida para a Igreja Universal por Inocêncio XI, e marcada para o Domingo depois da Natividade de Maria por um decreto de 25 de novembro de 1683 (duplex majus). A festa foi concedida à Áustria como duplex II classis em 01 de agosto de 1654. Segundo um Decreto de 08 de julho de 1908, sempre que esta festa não puder ser celebrada no próprio domingo, por conta da ocorrência de alguma festa de maior grau, deve-se mantê-la em 12 de setembro, o dia em que a vitória de Sobieski é comemorada no Martirológio Romano. O calendário das Irmãs da Adoração Perpétura, O.S.B., na França, do ano de 1827, possui a festa com um Ofício especial em 25 de setembro

Festa do Santíssimo Nome de Maria é a festa patronal dos Cônegos Regulares das Escolas Pios (padres escolápios) e da Sociedade de Maria (Maristas), em ambos os casos com um ofício próprio. In 1666, os Carmelitas Descalços receberam a faculdade de recitar o Ofício do Nome de Maria quatro vezes por ano (duplex). Em Roma, uma das igrejas gêmeas no Fórum de Trajano é dedicada ao Nome de Maria. No Calendário Ambrosiano de Milão, a festa está marcada para o dia 11 de setembro

É interessante como a Santíssima Virgem é honrada de forma especial no aniversário de duas batalhas entre cristãos e maometanosnas quais saímos vencedores

Que a Bem-aventurada Sempre Virgem Maria, chamada por Pio XII de "vencedora de todas as grandes batalhas de Deus", abençoe a Cristandade e toda a Humanidade nestes tempos em que a paz é duramente ameaçada e a perseguição aos cristãos pelos MUÇULMANOS está cada dia mais feroz e incessante.

A festa hoje é ocasião de recordarmos que ao Nome de Maria, como ao Nome de Jesus, durante as celebrações litúrgicas, faz-se inclinação de cabeça. 
Pela inclinação, se manifesta a reverência e a honra que se atribuem às próprias pessoas ou aos seus símbolos. Há duas espécies de inclinação, ou seja, de cabeça e de corpo (...). Faz-se inclinação de cabeça, quando se nomeiam juntas as três Pessoas Divinas, ao Nome de Jesus, da Virgem Maria e do Santo em cuja honra se celebra a Missa.

É uma prática exterior que deve ser motivada pelo interior reconhecimento da grandeza da Serva do Senhor.

Bendito seja o nome de Maria, virgem e mãe!
 


OBSERVAÇÃO: No período de reformas pós-conciliares a festa foi suprimida do Calendário Romano Geral, em 1969, na publicação do novo Missal Romano, desaparecendo por 33 anos até que a Santa Sé decidiu devolvê-la ao calendário na terceira edição típica do Missal Romano, em 2002. Todavia, nos Países em que as traduções dos livros da terceira edição típica ainda não foram publicados, como no caso do Brasil, a memória facultativa não consta no Missal e permanece esquecida ou desconhecida para muitos.

Fonte: Holweck, Frederick. "Feast of the Holy Name of Mary." The Catholic Encyclopedia. Vol. 10. New York: Robert Appleton Company, 1911. Disponível em:http://www.newadvent.org/cathen/10673b.htm

Visto em: http://ars-the.blogspot.com.br/2013/09/a-festa-do-santissimo-nome-de-maria-12.html.

Revisão e correções: Giulia d'Amore.  

Como, a exemplo de Jesus Cristo, se hão de sofrer com igualdade de ânimo as misérias temporais

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SOFRIMENTO1.  Jesus: Filho, desci do céu para tua salvação; tomei tuas misérias, não levado pela necessidade, mas pelo amor, para ensinar-te a paciência e a suportar com resignação as misérias temporais. Porque, desde a hora do meu nascimento até à morte na cruz, nunca estive um instante sem sofrer. Padeci grande penúria dos bens terrestres: ouvi muitas vezes grandes queixas de mim; sofri com brandura injúrias e opróbrios; recebi, pelos benefícios, ingratidões, pelos milagres, blasfêmias, pela doutrina, repreensões.
2.  A alma: Senhor, já que fostes tão paciente em vossa vida, cumprindo nisso principalmente a vontade de vosso Pai, justo é que eu, mísero pecador, me sofra a mim com paciência, conforme quereis, e suporte por minha salvação o fardo desta vida corruptível. Porque, se bem que a vida presente seja pesada, torna-se, contudo, com a vossa graça, muito meritória e, com vosso exemplo e o de vossos santos, mais tolerável e leve para os fracos. É também muito maisconsolada do que outrora, na lei antiga, quando a porta do céu estava fechada, e bem poucos tratavam de buscar o reino dos céus. Nem os justos sequer e predestinados podiam entrar no reino celeste antes da vossa paixão e resgate da vossa sagrada morte. 
3.  Oh! Quantas graças vos devo render, por vos terdes dignado mostrar a mim e a todos os fiéis o caminho direito e seguro para vosso reino eterno! Porque vossa vida é o nosso caminho e pela santa paciência caminhamos para vós,que sois nossa coroa. Sem vosso exemplo e ensino, quem cuidaria de vos seguir? Ah! Quantos ficariam atrás, bemlonge, se não vissem vossos luminosos exemplos! E se ainda andamos tíbios, com tantos prodígios e ensinamentos, que seria se não tivéssemos tantas luzes para vos seguir?
Imitação de Cristo – Tomás de Kempis

Fidelidade a doutrina e a moral de sempre e resistência aos erros modernos - Vitória/ES


Do amor de Jesus sobre todoas as coisas

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2711814423_3269f4bfba1.  Bem-aventurado aquele que compreende o que seja amar a Jesus e desprezar-se a si por amor de Jesus. Por esse amor deves deixar qualquer outro, pois Jesus quer ser amado acima de tudo. O amor da criatura é anganoso e inconstante; o amor de Jesus é fiel e inabalável. Apegado à criatura, cairás com ela, que é instável; abraçado com Jesus, estarás firme para sempre. A Ele ama e guarda como amigo que não te desamparará, quando todos te abandonarem, nem consentirá que pereças na hora suprema. De todos te hás de separar um dia, quer queiras, que não.
2.  Conchega-te a Jesus na vida e na morte; entrega-te à sua fidelidade, que só Ele te pode socorrer, quando todos te faltarem. Teu Amado é de tal natureza, que não admite rival: Ele só quer possuir teu coração e nele reinarcomo rei em seu trono. Se souberas desprender-te de toda criatura, Jesus acharia prazer em morar contigo. Quando confiares noshomens, fora de Jesus, verás que estás perdido. Não te fies nemte firmes na cana movediça: porque toda a carne é feno, e toda a sua glória fenece como a flor do campo (Is 40,6).
3.  Facilmente serás enganado, se sóolhares para as aparências dos homens. Se procuras alívio e proveito nos outros, quase sempre terás prejuízo. Procura a Jesus em todas as coisas, e Jesus acharás. Se te buscas a ti mesmo,também te acharás, mas para a tua ruína. Pois o homem que não busca a Jesus é mais nocivo a si mesmo que todo o mundo e seus inimigos todos.
Imitação de Cristo - Tomás de Kempis
Fonte:

Papel especial de Maria nos últimos tempos

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Por meio de Maria começou a salvação do mundo e é por Maria que deve ser consumada. Na primeira vinda de Jesus Cristo, Maria quase não apareceu, para que os homens, ainda insuficientemente instruídos e esclarecidos sobre a pessoa de seu Filho, não se lhe apegassem demais e grosseiramente, afastando-se, assim, da verdade. E isto teria aparentemente acontecido devido aos encantos admiráveis com que o próprio Deus lhe havia ornado a aparência exterior. São Dionísio, o Areopagita, o confirma numa página que nos deixou22 e em que diz que, quando a viu, tê-la-ia tomado por uma divindade, tal o encanto que emanava de sua pessoa de beleza incomparável, se a fé, em que estava bem confirmado, não lhe ensinasse o contrário. Mas, na segunda vinda de Jesus Cristo, Maria deverá ser conhecida e revelada pelo Espírito Santo, a fim de que por ela seja Jesus Cristo conhecido, amado e servido, pois já não subsistem as razões que levaram o Espírito Santo a ocultar sua esposa durante a vida e a revelá-la só pouco depois da pregação do Evangelho.
* * *
Deus quer, portanto, nesses últimos tempos, revelar-nos e manifestar Maria, a obra-prima de suas mãos:
1º Porque ela se ocultou neste mundo, e, por sua humildade profunda, se colocou abaixo do pó, obtendo de Deus, dos apóstolos e evangelistas, não ser quase mencionada.
2º Porque, sendo a obra-prima das mãos de Deus, tanto aqui em baixo, pela graça, como no céu, pela glória, ele quer que, por ela, os viventes o louvem e glorifique sobre a terra.
3º Visto ser ela a aurora que precede e anuncia o Sol da justiça, Jesus Cristo, deve ser conhecida e notada para que Jesus Cristo o seja.
4º Pois que é a via pela qual Jesus Cristo nos veio a primeira vez, ela o será ainda na segunda vinda, embora de modo diferente.
5º Pois que é o meio seguro e o caminho reto e imaculado para se ir a Jesus Cristo e encontrá-lo plenamente, é por ela que as almas, chamadas a brilhar em santidade, devem encontrá-lo. Quem encontrar Maria encontrará a vida (cf. Prov 8, 35), isto é, Jesus Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14, 6). Mas não pode encontrar Maria quem não a procura; quem não a conhece, e ninguém procura nem deseja o que não conhece. É preciso, portanto, que Maria seja, mais do que nunca, conhecida, para maior conhecimento e maior glória da Santíssima trindade.
6º Nesses últimos tempos, Maria deve brilhar, como jamais brilhou, em misericórdia, em força e graça. Em misericórdia para reconduzir e receber amorosamente os pobres pecadores e desviados que se converterão e voltarão ao seio da Igreja católica; em força contra os inimigos de Deus, os idólatras, cismáticos, maometanos, judeus e ímpios empedernidos, que se revoltarão terrivelmente para seduzir e fazer cair, com promessas e ameaças, todos os que lhes forem contrários. Deve, enfim, resplandecer em graça, para animar e sustentar os valentes soldados e fiéis de Jesus Cristo que pugnarão por seus interesses.
7º Maria deve ser, enfim, terrível para o demônio e seus sequazes como um exército em linha de batalha, principalmente n esses últimos tempos, pois o demônio, sabendo bem que pouco tempo lhe resta para perder as almas, redobra cada dia seus esforços e ataques. Suscitará, em breve, perseguições cruéis e terríveis emboscadas aos servidores fiéis e aos verdadeiros filhos de Maria, que mais trabalho lhe dão para vencer.
* * *
 É principalmente a estas últimas e cruéis perseguições do demônio, que se multiplicarão todos os dias até ao reino do Anticristo, que se refere aquela primeira e célebre predição e maldição que Deus lançou contra a serpente no paraíso terrestre. Vem a propósito explicá-la aqui, para glória da Santíssima Virgem, salvação de seus filhos e confusão do demônio.
“Inimicitias ponan inter te et mulierem, et semen tuum et semen illius; ipsa conteret caput tuum, et tu insidiaberis calcaneo eius” (Gn 3, 15): Porei inimizades entre ti e a mulher, e entre a tua posteridade e a posteridade dela. Ela te pisará a cabeça, e tu armarás traições ao seu calcanhar.
 Uma única inimizade Deus promoveu e estabeleceu, inimizade irreconciliável, que não só há de durar, mas aumentar até ao fim: a inimizade entre Maria, sua digna Mãe, e o demônio; entre os filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e sequazes de Lúcifer; de modo que Maria é a mais terrível inimiga que Deus armou contra o demônio. Ele lhe deu até, desde o paraíso, tanto ódio a esse amaldiçoado inimigo de Deus, tanta clarividência para descobrira malícia desta velha serpente, tanta força para vencer, esmagar e aniquilar esse ímpio orgulhoso, que o temor que Maria inspira ao demônio é maior que o que lhe inspiram todos os anjos e homens e, em certo sentido, o próprio Deus. Não que a ira, o ódio, o poder de Deus não sejam infinitamente maiores que os da Santíssima Virgem, pois as perfeições de Maria são limitadas, mas, em primeiro lugar, Satanás, porque é orgulhoso, sofre incomparavelmente mais, por ser vencido e punido pela pequena e humilde escrava de Deus, cuja humildade o humilha mais que o poder divino; segundo, porque Deus concedeu a Maria tão grande poder sobre os demônios, que, como muitas vezes se viram obrigados a confessar, pela boca dos possessos, infunde-lhes mais temor um só de seus suspiros por uma alma, que as orações de todos os santos; e uma só de suas ameaças que todos os outros tormentos.
O que Lúcifer perdeu por orgulho, Maria ganhou por humildade. O que Eva condenou e perdeu pela desobediência, salvou-o Maria pela obediência. Eva, obedecendo à serpente, perdeu consigo todos os seus filhos e os entregou ao poder infernal; Maria, por sua perfeita fidelidade a Deus, salvou consigo todos os seus filhos e servos e os consagrou a Deus.
Deus não pôs somente inimizade, mas inimizades, e não somente entre Maria e o demônio, mas também entre a posteridade da Santíssima Virgem e a posteridade do demônio. Quer dizer, Deus estabeleceu inimizades, antipatias e ódios secretos entre os verdadeiros filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e escravos do demônio. Não há entre eles a menor sombra de amor, nem correspondência íntima existe entre uns e outros. Os filhos de Belial, os escravos de Satã, os amigos do mundo (pois é a mesma coisa) sempre perseguiram até hoje e perseguirão no futuro aqueles que pertencem à Santíssima Virgem, como outrora Caim perseguiu seu irmão Abel, e Esaú, seu irmão Jacob, figurando os réprobos e os predestinados. Mas a humilde Maria será sempre vitoriosa na luta contra esse orgulhoso, e tão grande será a vitória final que ela chegará ao pontro de esmagar-lhe a cabeça, sede de todo o orgulho. Ela descobrirá sempre sua malícia de serpente, desvendará suas tramas infernais, desfará seus conselhos diabólicos, e até ao fim dos tempos garantirá seus fiéis servidores contra as garras de tão cruel inimigo.
Mas o poder de Maria sobre todos os demônios há de patentear-se com mais intensidade, nos últimos tempos, quando Satanás começar a armar insídias ao seu calcanhar, isto é, aos seus humildes servos, aos seus pobres filhos, os quais ela suscitará para combater o príncipe das trevas. Eles serão pequenos e pobres aos olhos do mundo, e rebaixados diante de todos como o calcanhar em comparação com os outros membros do corpo. Mas, em troca, eles serão ricos em graças de Deus, graças que Maria lhes distribuirá abundantemente. Serão grandes e notáveis em santidade diante de Deus, superiores a toda criatura, por seu zelo ativo, e tão fortemente amparados pelo poder divino, que, com a humildade de seu calcanhar e em união com Maria, esmagarão a cabeça do demônio e promoverão o triunfo de Jesus Cristo.
Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem – São Luiz de Montfort

Festa das Sete Dores de Nossa Senhora

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AS SETE DORES DE NOSSA SENHORA

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Festa das Sete Dores de Nossa Senhora nasceu da piedade cristã, que se compraz em associar a Virgem Maria à paixão de seu Filho. Já no século XI, as dores da Virgem Santa eram objeto de devoção particular. No século IV, apareceu o comovente Stabat Mater, que uma tradição, aliás contestada, atribui ao bem-aventurado Jacopone da Todi. Celebrada com grande solenidade pelos Servitas no século XVII, a Festa das Sete Dores foi estendida por Pio VII a toda a Igreja em 1814, a fim de lembrar os sofrimento que ela, a Igreja, acabava de atravessar na pessoa de seu chefe, primeiro exilado e cativo, depois solto graças à proteção da Virgem. Pio X, em 1912, fixou-a em 15 de setembro, oitava da Natividade [da Virgem]. A Igreja, ao mesmo tempo que sublinha os sofrimentos de Maria, insiste igualmente no corajoso amor que a levou a tomar parte tão íntima na obra da nossa Redenção. Ela é verdadeiramente aquela que, à semelhança de Juditeperante a tribulação do seu povo, nada deixou de fazer para nos salvar da ruína. Oferecendo seu Filho por nós, tornou-se nossa Mãe e nós nos tornamos seus filhos.

(Missal Romano Quotidiano. Dom Gaspar Lefebvre e os Monges Beneditinos de S. André. Edição Bíblica. Bruges. Bélgica. 1963, p. 1283).   


* * * 


As Sete Dores de Maria:

1 - A profecia de Simeão – Lc 2, 35
2 - A fuga com o Menino para o Egito – Mt 2, 14
3 - A perda do Menino no templo, em Jerusalém – Lc 2, 48
4 - O encontro com Jesus no caminho do calvário – Lc 23, 27
5 - A morte de Jesus na cruz – Jo 19, 25-27
6 - A lançada no coração e a descida de Jesus da cruz – Lc 23, 53
7 - O sepultamento de Jesus e a solidão de Nossa Senhora – Lc, 23, 55. 


No Mês de setembro, a Igreja recorda as Sete Dores de Nossa Senhora. Aqui, algumas sugestões:
  1. As dores de Nossa Senhora: http://farfalline.blogspot.com.br/2013/05/sabado-as-dores-de-nossa-senhora.html
  2. Carnaval: Meditação das Dores de Maria Santíssima:http://farfalline.blogspot.com/2013/01/carnaval-meditacao-das-dores-de-maria.html
  3. Compaixão e pranto da Virgem Maria: http://farfalline.blogspot.com/2013/06/meditacoes-compaixao-e-pranto-da-virgem.html
  4. Coroa de Nossa Senhora das Dores II: http://precantur.blogspot.com/2012/09/coroa-de-nossa-senhora-das-dores-ii.html
  5. Coroa de Nossa Senhora das Dores: http://precantur.blogspot.com/2011/09/coroa-de-nossa-senhora-das-dores.html
  6. Graças Prometidas por Nosso Senhor Jesus Cristo aos devotos de Nossa Senhora das Dores:http://precantur.blogspot.com/2012/09/gracas-prometidas-por-nosso-senhor.html
  7. Ladainha de Nossa Senhoras das Dores: http://precantur.blogspot.com/2012/09/ladainha-de-nossa-senhoras-das-dores.html
  8. Nossa Senhora das Dores: http://farfalline.blogspot.com/2012/09/nossa-senhora-das-dores.html
  9. Nossa Senhora das Dores II: http://farfalline.blogspot.com.br/2013/03/nossa-senhora-das-dores.html
  10. Novena a Nossa Senhora das Dores: http://precantur.blogspot.com.br/2012/09/novena-nossa-senhora-das-dores.html
  11. Oração a Nossa Senhora das Dores: http://precantur.blogspot.com/2012/09/oracao-nossa-senhora-das-dores.html
  12. Quarta-feira Santa: Nossa Senhora das Dores:http://precantur.blogspot.com/2013/03/quarta-feira-santa-nossa-senhora-das.html
  13. Setenário das Dores de Nossa Senhora Meditado:http://precantur.blogspot.com.br/2014/04/setenario-das-dores-de-nossa-senhora.html.
  14. Terço das Sete Dores da Virgem Maria: http://precantur.blogspot.com/2012/09/o-terco-das-sete-dores-da-virgem-maria.html


Virgem Mãe, tão santa e pura,
vendo eu tua amargura,
possa contigo chorar.

Que do Cristo eu traga a morte,
sua paixão me conforte,
sua cruz possa abraçar!

Em sangue as chagas me lavem
e no meu peito se gravem,
para não mais se apagar.

No julgamento consegue
que às chamas não seja entregue
quem soube em ti se abrigar.

Que a Santa Cruz me proteja,
que eu vença a dura peleja,
possa do mal triunfar!

Vindo, ó Jesus, minha hora,
por essas dores de agora,
no céu mereça um lugar.


Fonte:

Tu e a Confissão

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TU E A CONFISSÃO


Por Daniel A. Lord, S. J.

 


É PARA TODOS. 

Nosso Senhor instituiu a Confissão para todos. Por isto, todos os católicos se confessam.

O Santo Padre, como qualquer outro homem, ajoelha-se perante seu confessor e diz seus pecados. Uma das primeiras coisas que a criança aprende é fazer uma boa Confissão. A Igreja aconselha seus membros de se confessarem antes da maior parte das ações importantes da vida. E, no fim, quando a morte está lançando a sua sombra, na antecipação do voo rápido da alma para a Eternidade, a graça mais importante que pode ter um moribundo é uma boa Confissão.


Pecadores, depois de uma vida de pecados e vícios, podem achar o caminho de volta para Deus somente pelo arrependimento e a Confissão.

Mas, os Santos gostam de se confessar; pois, depois de ter referido seus pecados e sentido a inefável misericórdia e amor de Deus, verificam quão perto estão de Deus. 

É uma coisa encantadora ir uma família inteira à Confissão como preparação para receberem todos juntos o Bom Pastor na Santa Comunhão.

E quando os noivos juntos se dirigem ao confessionário, descobrem um novo laço de união para seu amor.

A Confissão é para todos. Quis Deus que ela fosse a fonte da felicidade e paz, coragem e força.

Este opúsculo, escrito por um eminente diretor de almas, e cuja tradução publicamos, quer ajudar a todos que se confessam.  









DOIS TIPOS DE ERROS


1. CUIDADO DEMASIADO.

Não será mal começar com os erros quanto à Confissão. E uma vez removidos estes, poderemos abordar a questão de como bem confessar.

Comete erro do primeiro tipo o penitente que se agonia por causa da Confissão. Cria positivamente horror da Confissão. Tem mais medo dela que de ir ao dentista. Examina a consciência até que esta se contorce de dores. Entra no confessionário com os sentimentos do homem que vai para a cadeira elétrica. E, acabada a Confissão, ele está banhado de suor e passa minutos intoleráveis tentando persuadir-se de que a Confissão foi bem feita ou que não o foi.

Sem dúvida, totalmente errado. Pois Cristo que instituiu a Confissão era o Cristo Pai do Filho Pródigo, O Cristo Bom Pastor, o Cristo Misericordioso que perdoou os pecados de Maria Madalena e a tríplice negação de Pedro, o Cristo que nos contou da indizível alegria no Céu por causa de um pecador que faz penitência.

Devíamos aproximar-nos da Confissão com alegria. A Confissão deveria ser feita com confiança infinita na misericórdia de Deus. Deveríamos lembrar-nos dela com a sensação de um intenso alívio.


2. CUIDADO INSUFICIENTE.

O erro do segundo tipo é cometido pelo penitente que não se incomoda bastante. A Confissão tornou-se para ele uma rotina. Ele a faz sem nenhum cuidado e, talvez, mesmo sem pensar no que está fazendo.

Para protestantes tais católicos são enigmas - como o são, igualmente, para católicos educados e instruídos.

Se a Confissão nunca foi concebida como instrumento de tortura para a alma, também não foi instituída para ser uma coisa de que a gente se aproxima dançando descuidadamente, ou que nos deixe achegarmos leviana e irrefletidamente, quase sem preparação e sem resultados perceptíveis para o melhoramento e fortalecimento da vida.  


A Confissão é tremendamente importante.

É tão importante aos olhos de Deus como o é o pecado aos olhos do diabo. Pelo pecado, o demônio agarra a alma e a segura firmemente. Pela Confissão, a alma volta a Deus. Mas a alma não pode entregar-se ao demônio sem que o saiba e queira claramente, nem pode o homem voltar a Deus, a não ser que pense no que está fazendo e deseje tornar a ser amigo de Deus e filho de Deus.

A CONCEPÇÃO CERTA


A Confissão deve ser uma fonte de verdadeira alegria. Por meio dela o pecado é perdoado.

Escutamos o que um homem revestido do poder conferido por Deus, diz claramente: "Teus pecados estão perdoados. Eu te absolvo. Vai em paz".

Estas palavras pronunciadas por aquele homem são poderosas: a alma que tinha perdido a amizade de Deus de novo se torna amiga d’Ele; a alma cujo passaporte para a Eternidade tinha sido rasgado, recebe um novo documento, e o Céu lhe está garantido.

Antes da Confissão, a pessoa talvez estivesse em perigo iminente de cair no Inferno. Depois de ter feito uma boa Confissão, ela se encontra, de novo, na estrada certa e segura que conduz à felicidade eterna.

Mas isto exige uma verdadeira cooperação da parte do pecador. Deus não pode perdoar os pecados de uma pessoa que não está arrependida dos que cometeu. Pior do que desperdiçada é a absolvição que o sacerdote pronuncia sobre o pecador que não está resolvido a desistir de pecar. O pecador que entra no confessionário sem pensar no que está fazendo, que entra sem arrependimento e sem sinceridade, sai dele em piores condições do que entrou.

Porque Cristo, atrás do sacerdote, segue o curso da Confissão e olha para as profundezas da consciência humana. Ele sabe se o pecador está arrependido ou não. Sabe porque o pecador veio confessar-se: Ele acrescenta à absolvição as palavras com as quais despediu a mulher surpreendida em adultério: "Vai, e não peques mais".

A GENTE QUE SE CONFESSA


Entre os vários tipos de pessoas que se confessam encontramos os seguintes:


1. O PECADOR QUE NÃO SE CONFESSA HÁ ANOS.

Quando depois de anos de pecados, depois de uma vida passada "numa terra distante... vivendo dissolutamente", um homem ou uma mulher volta ao confessionário, Deus está contente, e o sacerdote sente-se profundamente feliz.

O pecador naturalmente não achará fácil dizer quanto tenha sido velhaco. A relação de seus pecados não o encherá de orgulho de si mesmo. Pode até preparar-se para a repreensão merecida.

Tudo isso, porém, é perfeitamente secundário para a alegria do sacerdote que vê voltar um pecador que tantos anos errava longe. Para o sacerdote, foi uma boa noite aquela que passou no confessionário, ajudando a achar a felicidade, o perdão e a paz a um homem ou mulher que tanto tempo foi inimigo de Deus.

A alegria do sacerdote é todavia modesta em comparação com a do próprio Cristo. Este é o momento pelo qual Ele esperava. Ele, Pai do filho pródigo, abraça agora o viajor errante. Carrega a ovelha desgarrada ao redil, apertando-a contra o coração. Sua morte na Cruz não foi em vão. Ele achou Seu irmão, Sua irmã perdidos há muito tempo.

Cristo disse tudo isto tão claramente, quando falou da alegria no Céu por causa do pecador que faz penitência. Ele falou da alegria da mulher que achou a pequena moeda que tinha perdido. E quando, durante a sua vida na Terra, um pecador, procurando perdão, se Lhe aproximou, Ele recebeu-o de braços abertos e com uma torrente de misericórdia e amor.


2. O PECADOR HABITUAL.

É o homem ou a mulher que comete sempre e de novo os mesmos pecados. Algum hábito vicioso tomou posse do pecador, e ele ou ela sentem-se impossibilitados de se livrar.

Algo como desespero gela a alma desta gente. "Tinha vontade de melhorar. Estava firmemente resolvido a não mais cometer este pecado. Falhei. Que esperança há para mim desta vez?" 

Não importa quantas vezes o pecado é cometido, ou quão profundamente está arraigado o hábito, eles devem continuar a ir a Cristo na Confissão. Enquanto estão resolvidos a tentar melhorar a vida, eles devem voltar à Confissão. Virá o dia que lhes trará a realização de suas esperanças e a ruptura do hábito de pecar.

Pois Deus quer ajudá-los. Ele está muito mais interessado em ver a falta corrigida do que eles mesmos o podem ser. Ele deseja derramar Sua força nestas almas. Talvez eles confiassem demais nas suas próprias forças e não recorressem com bastante cuidado a Deus.

Além disso, a Confissão não é somente um meio de obter absolvição e perdão. Ela é uma fonte de força. Possui grandes poderes curativos. A graça do sacramento é a ajuda mais forte possível contra a repetição dos pecados.

Portanto, mesmo quando há hábitos de pecado em sua alma, o pecador sabiamente se confessa, porque:

• Deus lhe dá novas forças.
• A Confissão mesma é uma fonte de força.
• O sacerdote poderá dar-lhe um conselho que resolva seu problema.
• Com seus repetidos esforços de renunciar ao pecado, triunfará no fim.


3. A GENTE EM GERAL

A vida da mor parte dos homens e mulheres é uma mistura de bondade e maldade, de virtude e pecado. Fazem muita coisa boa; entretanto, sentem que a fazem sem fervor, nem com muito cuidado. Fazem muita coisa pecaminosa e imperfeita. E fazem-na tão facilmente.

Para tais, a Confissão é preciosíssima.

Os seus pecados lhes são perdoados e tirados, pela misericórdia de Deus.

Recebem nova força para fazer, com coragem e constância, as coisas que querem fazer.

Sentem a incessante necessidade da misericórdia de Deus. Sentem que mesmo mais precisam da força de Deus, rodeados, como estão pela onipresente pressão da tentação.


4. OS BONS.

Seus pecados são poucos.

Às vezes têm a impressão que não têm quase nada que dizer na Confissão. Não será a Confissão um desperdício de tempo para tais? Não estarão eles tomando simplesmente o tempo ao sacerdote, quando há almas realmente pecadora para serem absolvidas, e gente fraca a ser fortalecida?

Mas ninguém pode conhecer a extensão e natureza de seus pecados próprios. Por isto, confessando-se, mesmo os bons são beneficiados: recebem o perdão daqueles defeitos e fraquezas humanas das quais nem tenham consciência.

O Purgatório, para o qual os nossos pecados nos encaminham, é, pelo poder da Confissão — com o arrependimento e a penitência imposta —, reduzido em intensidade e duração.

De novo, a graça do Sacramento é derramada sobre a vida dos bons. São fortalecidos contra esta ou aquela terrível tentação que, talvez, de repente se levantará e quase os venceria. Por causa da força que alcançaram na Confissão, executam mais facilmente as coisas difíceis exigidas de todos que tentam levar vida santa.

CRISTO INSTITUIU A CONFISSÃO


Como este livrinho se dirige a católicos, não será necessário provar longamente que Cristo instituiu a Confissão.

Deveríamos quase esperar que Ele fizesse isto, já que conhece a universalidade do pecado e a necessidade constante de serem perdoados os pecados do homem.

Os passos pelos quais Ele instituiu o sacramento da penitência são, entretanto, notavelmente claros.

Quando o paralítico descido pelo teto jazia na Sua presença, Cristo disse-lhe simplesmente: "Filho, teus pecados te são perdoados".

Os que se achavam ao redor eram tipicamente protestantes. Protestavam:"Qual é o homem sobre a Terra que pode perdoar os pecados?". Cristo, o Homem-Deus. Para provar que Ele tinha o poder de perdoar pecados, deu-lhes um sinal: Se Ele restituísse a saúde perfeita ao homem, eles acreditariam que Ele tinha também o poder de perdoar pecados? Porque, certamente, restituir a saúde ao corpo era quase tão admirável como restituir a saúde à alma.

Calmamente respondeu à dúvida deles com a prova:

"Mas para que saibais que o filho do homem tem poder sobre a Terra de perdoar pecados, eu te digo (ao doente): ‘Levanta-te, pega na tua cama e vai para tua casa’...".

Com isto, o homem levantou-se e dali saiu um homem são. Cristo provara seu poder de perdoar pecados.

Este poder de perdoar pecados, Cristo passou-o depois para os seus discípulos, como um dos mais importantes direitos:

"Recebei o Espírito Santo. A quem vós perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados: a quem vós retiverdes os pecados, ser-lhes-ão retidos". 
Deste modo, o poder de perdoar pecados e — por razões especiais — de os não perdoar foi dado diretamente por Cristo aos Seus discípulos que, por sua vez, passaram tal poder aos seus sucessores.

Agora, este é um dos poderes de cuja posse a Igreja nunca por um momento sequer duvidou, e nunca por um momento sequer deixou de usar. Através da |História, a Igreja constantemente perdoou pecados, e, onde a pessoa claramente mostrava que não merecia perdão, Ela declinava de perdoar.

Se, hoje, a Igreja afirma possuir este poder e o usa, ela não faz mais do que fez Cristo, o que Cristo mandou fazer aos Seus discípulos, e o que a Igreja sempre tem feito.

MUITO RAZOÁVEL


Ao dar este poder aos homens, Cristo agiu muito sabiamente. Nós, seres humanos, vamos a um médico para a cura de nosso corpo. E Cristo deu-nos médicos para as nossas almas. Os pecadores têm uma apreensão muito clara do horror de seus pecados. Sabem o que significa pecar. Sentem o agudo remorso depois do pecado. Temem as terríveis consequências destes pecados, agora e para o futuro. Eles desejam uma segurança palpável do perdão. Tal segurança lhes vem claramente da boca de seus sacerdotes. Apontados por Deus e dotados de um poder divino, os sacerdotes dizem aos pecadores: "Eu te absolvo de teus pecados, em nome do Padre e do Filho e do Espírito Santo. Vai em paz". Entra no ouvido humano e de lá no humano coração a positiva afirmação do perdão. Isto não é a voz silenciosa de Deus; é a voz audível de Seu representante humano. O pecador levanta-se feliz e seguro. O próprio embaixador de Deus disse-lhe que está perdoado. Ele está em paz quando sai do confessionário; está certo que de novo é amigo de Deus, herdeiro do Céu. Cristo não poderia ter elaborado um modo mais belo para dar a homens perturbados pela consciência de seus pecados, a paz e o conforto de saber que esses pecados foram lavados da alma. 

FREUD CONCORDA


Quando Freud começou a estudar a moderna nervosidade humana e os distúrbios e os caos das almas modernas, insistiu na importância de que o coração seja aliviado do peso de pecados e crimes passados, mesmo se um médico for o confidente. O paciente acharia alívio se contasse seus males e apresentasse, franca e honestamente a um outro, os vícios que perturbaram o seu passado.

Então Freud e seus sequazes descobriram que uma classe de pessoas eram os menos necessitados de tal alívio. Eram os católicos. Eles já tinham essa oportunidade de se livrar, providenciada para eles pelo Salvador, Jesus Cristo, quando instituiu o Sacramento da Penitência.

Bem, obviamente, este alívio é de importância secundária; o perdão dos pecados e a restituição da graça santificante às almas é de importância primária.

Quando a vítima de um colapso nervoso conta ao médico suas dificuldades e pecados, tudo quanto o médico pode fazer é dar-lhe conselhos e tentar uma correção e cura a longo prazo.Quando um católico vai à Confissão, sabe que será curado dos seus pecados. Ele será restituído à vida.

Além disso, porém, há um alívio consolador que vem com a Confissão. Perdão é o objetivo principal. A remoção dos pecados é a grande finalidade do Sacramento. Ora, quando um católico se confessa, ele conta a um representante de Deus as coisas que incomodavam e torturavam sua alma mergulhada em remorso e arrependimento; ele passa pelo mui humano alívio de contar suas dificuldades a uma outra pessoa. Mesmo psicologicamente é isto uma grande benção. Cristo, como se vê, antecipou-se aos psicólogos por longos séculos. A Confissão devia ser um meio de curar as feridas causadas pelo pecado. Mas devia ser também a doce oportunidade de expor a um humano representante de Deus os nossos problemas e as dobras em nosso caráter produzidas pelo pecado.

QUANTAS VEZES?


Com que frequência deveríamos confessar-nos?

Sem dúvida, todos deveriam confessar-se o mais cedo possível depois de um pecado mortal.

Estritamente falando, ninguém jamais está obrigado, sob pecado, a se confessar se não houver falta mortal na sua vida. Mas além de obrigação, há a graça do Sacramento; e mesmo quando alguém não cometeu pecado mortal, esta graça é preciosíssima e importantíssima.

Agora que a Comunhão frequente é a regra para quase todos que levam vida boa, dever-se-ia ir à Confissão cada duas semanas mais ou menos, mesmo quando não houvesse pecado mortal a ser confessado.

Às pessoas que tiverem hábitos pecaminosos, aconselha-se que se confessem mais amiúde, para alcançarem a força própria do Sacramento. Se alguém passar por um período de graves problemas ou tentações fortes — p. ex., na mocidade — a prática da Confissão frequente é extremamente sábia.

UM CONFESSOR ESTÁVEL


Há pessoas que procuram o confessor que "tem menos gente à espera diante do confessionário".

A pessoa avisada [prudente], que realmente deseja tirar a maior vantagem da Confissão, escolhe um confessor determinado. A este confessor procura sempre de novo.

Ela se dá a conhecer ao confessor. 

Isto não pelo nome. "Virei regularmente confessar-me com o senhor, Padre", diz. E, se tiver qualquer problema que deseja tratar com o sacerdote, acrescenta: "Queria ouvir os seus conselhos a respeito de minha vocação", ou: "Ando com dificuldade a respeito da fé", ou ainda: "Espero que V. Revma. me ajude a vencer tal e tal tentação".

Quando uma pessoa tiver declarado o seu desejo de ajuda, conselho e direção, o confessor, sentir-se-á com a maior vontade de fazer tudo o que tiver ao seu alcance. 
 

Especialmente bem age o penitente que contraiu um hábito de pecar, que tenta decidir a sua vocação, que sofre de dificuldades na fé, que se vê em frente de dificuldades no lar ou no lugar de trabalho, ou que seriamente deseja sua própria santificação, quando escolhe umconfessor estável.

Em breve, o confessor saberá como tratar com esta pessoa, como um médico sabe tratar um paciente que sempre recorre a ele. O católico com um confessor estável, ao qual ele se explica e do qual pede e aceita conselhos, está bem encaminhado na estrada para a felicidade, o sucesso e o Céu.

VANTAGENS DA CONFISSÃO


Você tem o direito de esperar o seguinte da Confissão: 

  1. Perdão dos pecados. Este é o objetivo essencial da Confissão, mas somente um dos objetivos.
  2. Ajuda para vencer as dificuldades quaisquer que sejam. O confessor é um sábio guia e diretor. Ele espera seja-lhe permitido ajudá-lo com sua experiência profissional e com sua sabedoria.
  3. Ajuda para planejar e levar adiante uma vida cheia e útil. O sacerdote não está interessado unicamente em perdoar pecadores; ele deseja ajudar as pessoas boas a se tornarem melhores, e as melhores a se tornarem santas. Ele gosta de ajudar a mocidade em achar o trabalho de vida conveniente, e está feliz quando pode contribuir para que gente mais velha possa fazer mais perfeitamente a obra que Deus lhes deu para fazer. Ele é um mentor, um conselheiro experimentado. Ele gosta de ser chamado para ajudar.

CONFISSÃO GERAL


A confissão geral é aquela que abrange um certo número de confissões passadas, repetindo matéria já confessada nestas confissões precedentes. Às vezes, a confissão geral consiste em contar de novo todos os pecados mortais da vida passada. Às vezes consiste na recapitulação dos pecados de um ano ou de um período maior. Muitas vezes, pessoas que fazem o retiro anual, fazem uma confissão geral de todo o ano passado.

Pessoas escrupulosas nunca deveriam fazer uma confissão geral, a não ser a conselho do confessor.

A confissão geral deve ser feita quando uma das confissões anteriores for mal feita e nunca endireitada.

O valor da confissão geral, mesmo quando todas as confissões precedentes foram boas e sinceras, é enorme. Por tal Confissão, o homem torna-se mais humilde. Põe em contraste a tremenda bondade de Deus, com o número dos pecados próprios. É um meio de precaver-se contra o pecado no futuro. Ajuda para fazer planos para o ano vindouro, e dá determinação de evitar os pecados que mancharam ou estragaram o ano passado.

A confissão geral anual pode assim servir de índice do nosso progresso espiritual, mostrar se alcançamos ou regressamos, desde a última confissão geral, e preparar-nos para um ano mais santo. Muitos diretores de retiros recomendam se faça uma confissão geral durante o retiro. Uma missão popular poderá oferecer a mesma oportunidade. A confissão geral é, muitas vezes, aconselhada a pessoas que entram num novo estado de vida, e por isto fazem-na os que estão para se casar ou entrar na vida sacerdotal ou religiosa.

OS DEGRAUS PARA A CONFISSÃO


1. UM ATO DE GRATIDÃO PARA COM DEUS. 

E este um belo prelúdio à Confissão. Antes de pensarmos nos nossos pecados, lembramo-nos da maravilhosa bondade de Deus. Contrastando com Sua bondade, a nossa ingratidão e o peso dos nossos pecados são realçados, o que torna mais fácil o nosso arrependimento.

Poder-se-ia rezar da seguinte maneira: 

Bondoso e generoso Pai do céu, antes de eu começar a pensar nos meus pecados, posso primeiro pensar na Vossa generosidade para comigo? Vós destes-me o dom da vida. Vós me criastes a mim, quando podíeis ter criado a um outro, santo, que vos amasse e vos servisse devotamente. Vós me destes a fé, o batismo com o direito ao céu, a vida divina que é a graça santificante na minha alma. Vós me destes vosso Filho como Salvador e guia e meu alimento na Santa Comunhão. Vós me destes o Deus que habita em nós, na Crisma. Quando eu pecava, não me abandonastes, mas me perdoastes e me destes mais uma oportunidade de reabilitação. Vós destes-me tantos benefícios — saúde, educação, amigos, possibilidades na vida — que nem mesmo sei começar a agradecer-Vos. Nem posso devidamente dar-Vos graças por aqueles favores que de um modo especial fazem de mim vosso filho favorecido. (Aqui faze uma pausa e pensa nos dons particulares que Deus deu só a ti).

Eu sei que vós fostes maravilhosamente bom e generoso para comigo. Em troca eu vos dei o pecado, e o mal, e o mais relutante e egoístico serviço. Mas sou realmente grato. Vossa generosidade faz meu pecado parecer-me até mais grave. Pelo menos antes de começar a minha Confissão, posso dizer-vos como vos agradeço tudo quanto fizestes por mim. E na luz de vossa bondade deixai-me ver o meu egoísmo e a minha completa falta de generosidade para convosco meu bondoso e generoso Pai. 

Meu Deus, eu vos agradeço. Perdoai-me se a minha resposta consistiu em egoísmo e pecado.


2. UM PEDIDO DE LUZ. 

Antes de sermos capazes de confessar devidamente os nossos pecados, devemos conhecê-los.Numa Confissão completa, indicamos todos os pecados mortais dos quais nos tornamos culpados, e o número de vezes que os cometemos.

Mas homens e mulheres podem enganar-se. Podem pretender que certas coisas não passem por más, quando na realidade o são; ou que não sejam tão graves, como o são, aos olhos de Deus. Por isto, é importantíssimo que vejamos os nossos pecados como Deus os vê. Este ponto de vista exige uma avaliação honesta de nossa conduta. E para tal precisamos do auxílio de Deus.

De nossa parte, é o maior erro possível exagerar nossos pecados. Pode-se ser desonesto pretendendo que certas coisas sejam pecados quando não o são, ou engrossando pecados veniais para que pareçam mortais. Às vezes, há gente que toma atitudes tão estranhamente desonestas.

Do outro lado, o homem pode ser desonesto pretendendo que coisas que são pecaminosas não o sejam de forma alguma.

No confessionário, o sacerdote no trato com o penitente segue uma regra de conduta que todos deveriam conhecer e lembrar. O confessor foi ensinado a acreditar no penitente, quando este diz coisas que são em seu próprio descrédito. Acredita no penitente! Este é o único recurso de ação para o sacerdote. Desta forma, toda a questão de honestidade depende daquele que faz a Confissão.

Honestidade não significa escrupulosidade. Não significa esquadrinhar a consciência, torturando-a a fim de descobrir coisas que talvez passaram ao esquecimento, há muito tempo. Não significa tentar achar pecados que não existem, ou pensar que o confessor se sentirá decepcionado quando não tivermos que relatar pecados maiores. Honestidade significa simplesmente o nosso sincero, não demasiadamente prolongado esforço de chegar aos nossos pecados em nossa consciência e de achar as palavras para os declarar simples e candidamente.

Deus está sumamente interessado em ajudar à pessoa sincera a fazer bem a Confissão.Peçamos, pois, a Deus que nos deixe ver os nossos pecados assim como Ele os vê. E acrescentamos o pedido de sentirmos verdadeiro arrependimento.

Poderíamos usar a seguinte espécie de oração:  

Meu Deus que um dia sereis meu juiz, eu vos peço, ajudai-me a preparar-me honesta e corretamente para a Confissão. Sinceramente desejo conhecer os meus pecados assim como Vós os conheceis. Ajudai a minha memória, a fim de que nada com que vos ofendi seriamente escape à minha atenção. Tratarei de lembrar-me exatamente quantas vezes cometi aqueles pecados; então serei capaz de dizer isto devidamente ao Sacerdote.

Portanto, Deus da luz e da verdade, ajudai-me a conhecer os pecados e dizê-los assim como são na realidade. Dai-me honestidade, a fim de apresentá-los de forma que o Sacerdote o possa compreender exatamente. Não desejo ser desnecessariamente escrupuloso, ou desperdiçar tempo e energia com coisas que não são pecados. Mas eu quero é fazer uma Confissão completa e honesta.

Mas tenho um pedido ainda mais importante, meu bom Deus: dai-me arrependimento dos meus pecados. Para isto, preciso de vossa ajuda. Deixai-me ver o mal do pecado. Deixai-me saber quanta pena e tristeza mereço por meus pecados. Deixai-me pensar brevemente nos castigos do inferno e nas alegrias do céu. Mas, além disto, quero ver o que o pecado fez de Jesus, meu Salvador no Calvário. E desejo odiar o pecado porque Vós sois tão bom e belo, e o pecado é tão ruim e hediondo, e interesseiro e vil

Ajudai-me, Santíssima Trindade, a fazer uma boa Confissão. Meu Pai, daí-me arrependimento. Meu Salvador, lembrai-me o vosso Calvário. Espírito Santo, Espírito da verdade e do amor, iluminai minha mente, ajudai a minha memória, mas, principalmente, levai o meu coração para o verdadeiro arrependimento dos meus pecados.


3. EXAME DE CONSCIÊNCIA. 

Na Confissão, temos obrigação de acusar só os pecados sérios, isto é, os pecados mortais dos quais temos certeza. Não há obrigação de confessar pecados veniais. Pode dizer seus pecados veniais, e é bom para o penitente, se o fizer. Mas se ele esquecer pecados veniais ou deliberamente os calar, a integridade da Confissão não sofre.

Pecados mortais, entretanto, sempre devem ser confessados. Devem ser mencionados pelo nome, isto é, dizer exatamente de que espécie são. Também deve-se dizer quantas vezes foram cometidos. 

Se, por uma falha de memória, uma pessoa se esquece de mencionar um pecado mortal de que é culpada, ou, sem o querer, diminui os números dos pecados, não precisará inquietar-se. Não precisará voltar ao confessionário para corrigir a omissão ou erro cometido sem culpa. O pecado foi perdoado junto com os outros que foram confessados.

Na seguinte Confissão, porém, deve acusar este pecado, e dizer que por esquecimento ou por um engano, deixou de o acusar na Confissão passada.

Se qualquer pecado mortal deliberadamente não for acusado, a Confissão é sem valor e má.Se alguém deliberadamente indica um número menor de vezes que um pecado mortal for cometido, a Confissão é mal feita. Não é permitido calar o número. Ou se alguém, digamos, se deteve dez vezes em pensamentos impuros, ele se confessa mal quando diz que teve tais pensamentos cinco vezes, sabendo que foram dez vezes.

Não é demasiadamente fácil cometer um pecado mortal.

Pois, para isto, como é sabido, três causas são necessárias.   

A. A matéria do pecado deve ser grave.

Deve ser um prejuízo real para Deus, para nós mesmos, para outros. De outra forma há pecado venial. 

B. Devemos saber o que estamos fazendo no momento em que cometemos o pecado.
  
A isto, muitas vezes chamam advertência suficiente. Suponhamos que alguém faça alguma coisa que julga perfeitamente lícita; mais tarde descobre que a ação era proibida; certamente não está culpado de pecado. Se come carne em dia de abstinência sem se lembrar que tal dia é dia de abstinência de carne não há pecado algum. Se alguém fizer alguma coisa pecaminosa em si, mas sem pensar no que está fazendo, não comete pecado.

Do outro lado, se alguém suspeita que alguma coisa é pecado e deliberadamente não se informa se a ação e boa ou má, comete pecado, quer seja a ação boa, quer má. Porque, em tal caso, age com consciência dúbia e com atitude de quem age sem se importar se é boa ou má a ação que faz. Isto coloca-o numa posição errada, e ele é deliberadamente responsável por sua consciência errônea. P. ex., um moço rouba uma motocicleta. Ele não sabe exatamente quanto uma coisa deve valer para que o ato de furtar se torne pecado mortal. Argumenta:"Enquanto não souber, não cometi pecado mortal". E por isso não se informa. Sua ignorância é culpável. Daí não se pode dizer que o furto não foi pecado mortal por causa de ignorância.

Da mesma forma, há muitas vezes pessoas que tratam de continuar na ignorância a respeito do que constitui pecado mortal contra a castidade.

Ignorância que uma pessoa cultiva ou que deseja reter não desculpa de pecado mortal.  

C. Devemos consentir plenamente.

Isto significa: para que um pecado seja pecado mortal, a pessoa deve estar completamente acordada, cônscia; deve escolher deliberadamente o mal e deve cometer o pecado com plena determinação.

Portanto, não se pode cometer pecado mortal quando se está dormindo ou meio acordado. Uma pessoa demente não pode ser culpada de pecado. Se alguém matasse a outra pessoa num acidente, não havendo intenção de matar, não haveria pecado.

É possível que um homem esteja tão embriagado que já não sabe o que está fazendo. A embriaguez é culpa sua e pecaminosa. Suponhamos que, durante o estado de embriaguez, fique envolvido numa briga e fira a um outro. Se não previu a briga e estava tão embriagado que já não sabia o que estava fazendo, perante Deus não é responsável pelas consequências da embriaguez. Mas se previu que, estando bêbedo, chegaria provavelmente a brigar, como já aconteceu outras vezes, e a ferir o adversário, ele fica plenamente responsável pelas consequências da briga.

Às vezes, encontra-se este argumento falso: "Se ficar embriagado, provavelmente cometerei pecado contra a castidade, como aconteceu no passado. Mas, por estar bêbedo, não terei uso completo de minhas faculdades; portanto, não terei culpa". Tal raciocínio está completamente errado. Prevendo a possibilidade do pecado que será cometido, ou a sua probabilidade, a pessoa que age em tais condições é culpada, mesmo se comete o pecado em estado de embriaguez.

Por isso, se uma pessoa prevê que, em estado de embriaguez, fará coisas que são moralmente más, e contudo se embriaga, é culpada dos pecados que comete, enquanto está bêbeda. Porque admitiu deliberadamente não só a embriaguez mas ainda as consequências da embriaguez.

Isto vale também para os que usam tóxicos para destruir completamente sua força de vontade, e que tornam fácil o pecado mortal e os subtraem aparentemente ao controle da vontade.

Tal conduta, porém, é bastante rara. É importante lembrar que ninguém pode cometer pecado mortal a não ser que queira cometer pecado mortal; que acidentes nunca são pecados; que, sem desejar fazer uma coisa que é má, não há culpa de pecado.

MODO DE PROCEDER


1. COM RESPEITO AOS PECADOS.

A. O penitente que se confessa frequentemente, para quem a Confissão faz parte de uma vida normal, não precisa de tanta atenção para o exame de consciência como uma pessoa que se confessa raras vezes.

As seguintes observações, portanto, referem-se mais a pessoas que se confessamfrequentemente.

Com toda probabilidade, pecados mortais distinguem-se claramente e são facilmente lembrados. O penitente lembrar-se-á se fez coisa notavelmente má. No momento em que começa a preparação para a Confissão, tal ou tais pecados manifestar-se-ão com toda a força. Não precisará de um intenso escrutínio de sua alma para descobri-los.

Se não tiver cometido pecados mortais, deveria escolher, para a Confissão, certos tipos de pecados veniais. Sabiamente acusará aqueles de seus pecados que magoam, incomodam ou perturbam outras pessoas; este tipo de pecado deveria, certamente, ser realçado na Confissão, no arrependimento e no firme propósito de emendar a vida.

O mesmo pode-se dizer de pecados que ameaçam tornar-se hábitos. Ele desejará eliminá-los, porque prejudicam seu caráter e, frequentemente, preparam o caminho para pecados mais graves. Isto vale também de pecados que podem dar escândalos ou levar outros a pecar.

Ninguém acha mais fácil o exame de consciência antes da Confissão do que aquele que, cada noite inclui na sua oração um breve exame de consciência. Para este, a Confissão é simples, porque verificou cada dia suas faltas e seus pecados, e fez um ato de contrição e umpropósito para o dia seguinte. Sua Confissão tem sido preparada por um costume diário.

Mesmo uma pessoa que se confessa frequentemente fará bem em examinar mais detalhadamente a consciência antes da Confissão.


B. Para quem se confessou há muito tempo, ou quem poucas vezes se confessa, é importante que faça um exame muito mais cuidadoso da vida passada. De outra forma, provavelmente, esquecerá coisas que aconteceram, e apresentará ao confessor uma exposição incompleta de sua situação moral.

Por isso, terá que examinar cuidadosamente a vida desde a última Confissão. Para isto pode utilizar-se do paradigma oferecido mais adiante.

Se se sentir perplexo com sua vida, e, depois do exame de consciência, ainda não estiver satisfeito com a exposição preparada para a Confissão, agirá mui sabiamente, se pedir ao confessor que o auxilie. Basta que diga: "Padre, faz muito tempo que não me confesso"(aqui diz quanto tempo faz). "Fiz o exame de consciência, mas não sei se me lembro de tudo. Quer ajudar-me para fazer uma boa Confissão?" O sacerdote de bom grado ajudará, e umas poucas perguntas apropriadas revelarão tudo.


C. Pessoas escrupulosas devem, quanto ao exame de consciência, fazer exatamente o que seu confessor habitual lhes manda fazer. Se lhes foi dito que não façam exame nenhum, obedeçam. Se lhes foi dito que não repitam na Confissão pecados da vida passada ou pecados mencionados anteriormente, façam o que lhes foi ordenado, mesmo se desejassem acusá-los de novo ou se sentissem pouco satisfeitas com tal conselho. "Obedeça ao teu confessor!"Esta é a primeira e última regra para escrupulosos. Uma pessoa escrupulosa nunca deve inquietar-se com pecados duvidosos.


2. PARADIGMAS.

Não pretendemos dar um questionário completo sobre os pecados. Traçamos apenas linhas gerais que guiarão normalmente uma pessoa a um rápido e fácil conhecimento de seus pecados.

Se houver qualquer coisa que está fora destas linhas gerais, ou se houver qualquer problema que alguém não entende, o recurso mais simples consiste em expor o caso ao confessor: "Há ainda uma coisa que não está clara".

Mas, geralmente, esta simples série de perguntas e sugestões deveria trazer à luz da memória do penitente tudo quanto poderia ser matéria para a Confissão.

1. Qual tem sido o meu maior pecado desde a última Confissão? Tornou-se este pecado um hábito para mim? É uma coisa que acontece frequentemente em minha vida? 


Tal pecado estará, geralmente, fundamentado numa real fraqueza de caráter. É o pecado que mais perigosamente se interpõe entre mim e minha salvação.  

2. Qual tem sido a minha atitude para com Deus? Creio n'Ele e trato de amá-lO e de confiar n'Ele? Assisti fielmente à Santa Missa? Honrei a Deus com minhas orações e meus serviços? Tenho um sincero respeito para com Seus mandamentos? Sou leal à Igreja Católica e às suas leis? Tenho observado os dias de jejum e abstinência prescritos?  


3. Qual tem sido a minha conduta pessoal? Tenho sido limpo e decente? Tenho me precavido contra pecados em pensamentos e desejos? Aceitei como verdade as coisas que Deus revelou, e a Igreja ensinou? Tenho me mostrado orgulhoso no trato com outros e tenho me gabado de dons pessoais? Tenho sido temperado no uso de comida e bebida;  


4. Qual tem sido a minha conduta para com outros? Tenho sido honesto nos meus negócios com eles, e respeitado seus direitos e propriedades? Mostrei-me cuidadoso quanto a seu bom nome e reputação? Levei, por meu pecado, outros a pecar? Fiz, por palavras ou ações, com que outros tomassem parte em pecados? Tenho brigado com outros, abusado deles ou os prejudicado fisicamente?  


5. Tenho cumprido o meu dever? Cada um de nós tem em seu estado de vida ou profissão deveres para com outros; deveres de pais, de filhos de homens de determinada profissão, de comerciante, de patrão, de empregado. Isto significa que somos devedores de trabalho honesto, bondade, procedimento justo, caridade para com outros que dependem de nós quanto à sua felicidade ou serviços. Como agí sob tal ponto de vista?


3. ATO DE CONTRICÃO.
  

Por mais completa que seja a Confissão, por mais exata a relação dos pecados, se falta o arrependimento, melhor fôra se a Confissão não fosse feita.

Daí a necessidade de expressar perante Deus a nossa mágoa, o nosso arrependimento profundo por causa dos pecados do passado, e a necessidade da determinação de não cometê-los de novo.

É provável que, durante a Confissão, o padre diga: "Faça um bom ato de contrição". Se o arrependimento for formulado nesta ocasião, é o quanto basta.  Quem, porém, deseja estar certo de uma boa Confissão, faz o ato de contrição antes de entrar no confessionário. Diz a Deus, com toda a sinceridade, que está arrependido de seus pecados. Manifesta ao bom e generoso Deus sua vergonha e mágoa por causa do seu passado.

Este arrependimento deve ser sobrenatural. Isto quer dizer que a pessoa não pode estar arrependida meramente por causa de alguma triste consequência sofrida aqui na Terra por causa do pecado. Não basta estar arrependido dos pecados porque causam doenças ou porque trazem consigo fracasso nos negócios, desgraça perante os amigos, miséria para a família, ou semelhantes consequências infelizes. O arrependimento deve ter alguma relação direta com o que o pecado tenta fazer a Deus, com o que fez a Jesus, na sua Paixão e Morte, ou com os efeitos eternos que terá na alma, pelas penas do Inferno ou a perda do Céu. A lembrança dos sofrimentos do Purgatório é suficiente arrependimento por pecados veniais cometidos.

Tal tristeza ou arrependimento podem ser expressados com palavras próprias, por meio de uma fórmula, ou pelo clássico ato de contrição que quase todos os católicos aprendem quando crianças. Nem é necessário revestir este arrependimento de palavra, desde que venha de coração e seja realmente sincero.

Tampouco é preciso que o arrependimento seja sentido assim que provoque lágrimas, torne o penitente envilecido a seus olhos e indignado contra si mesmo. O arrependimento está principalmente na inteligência e na vontade: a inteligência vê com toda clareza a natureza horrível do pecado e as suas consequências; a vontade resolve expulsar o pecado e não pecar outra vez, com a ajuda de Deus. Sentimentos podem acompanhar o arrependimento; eles não são necessários para arrepender-se.

O arrependimento pode ser:

A. Imperfeito. Tal arrependimento é provocado pelo medo do Inferno ou por verificar que perdemos o céu.

Este arrependimento é suficiente para uma boa Confissão.

O penitente pode dizer simples e sinceramente: "Ó meu Deus, não quero ir ao inferno. Sei que por causa dos meus pecados mereço ir para lá. Por favor, perdoai-me. Ajudai-me para que me livre dos meus pecados. Não quero perder minha alma, sofrer a pena eterna e a perda de toda felicidade". 

Ou: "Meu Deus, estou vendo que perdi o direito ao Céu. Vós queríeis que eu fosse feliz conVosco na alegria eterna. Por causa dos meus pecados já não tenho direito a esta alegria. Perdoai-me. Restituí-me o direito ao Céu. Peço-vos, tirai-me os meus pecados".


B. Perfeito. Natural e obviamente, tal arrependimento é muito mais nobre do que o arrependimento que provém do medo do inferno ou do reconhecimento da perda do Céu. O homem dá-se conta de como Deus é bom, e horrível é o pecado. E por causa da beleza de Deus e de sua amabilidade e bondade, odiamos o pecado e desejamos livrar-nos dele.

"Se alguém me amar a mim, meu Pai amá-lo-á, e viremos a Ele, e faremos a nossa mansão nEle", diz Nosso Senhor.

Daí segue que, se não nos for possível a Confissão, este ato de contrição basta para que Deus nos perdoe os nossos pecados. Mas, se mais tarde podemos confessar-nos, devemos dizer os nossos pecados ao sacerdote ao qual, por ser, sob este ponto de vista, sucessor dos Apóstolos, Cristo deu o poder: "Cujos pecados tu perdoares, ser-lhes-ão perdoados: cujos pecados tu retiveres, ser-lhes-ão retidos".

O modo mais simples de alcançar a contrição perfeita é seguir os seguintes degraus: 

a. Lembramo-nos quão bom Deus tem sido para conosco, quanto Ele nos tem dado, quão maravilhosas coisas Ele tem feito para nós, quantas vezes Ele nos tem perdoado os nossos pecados no passado, quão bom e generoso Pai tem sido. Então, considerando os nossos pecados, vemos quão abominavelmente egoistas fomos, quão pouco fizemos por Ele; e com uma sensação de vergonha e arrependimento aproximamo-nos a um verdadeiro amor a Ele.  

b. Lembramo-nos do Calvário. Olhamos para Jesus na Cruz e pensamos: "Isto é o que Lhe fizeram os meus pecados. Feriram-nO: fincaram os espinhos em Sua cabeça: impuseram-Lhe nos ombros o peso da Cruz, carregada com os meus vícios; pregaram-nO ao lenho e forçaram a lança a entrar em Seu peito". Estes pensamentos revelam-nos quão bom Deus tem sido: Antes de deixar-nos sentir as consequências de nossos pecados, quis Ele morrer na Cruz por nós. Vemos quão terrível é o pecado, que pode matar o Filho de Deus do modo mais terrível - o homem mais amável que jamais amou seus semelhantes e trabalhou por eles.

c. Pensamos no que Deus em sua bondade tentou fazer pela Humanidade. Quer que todos os seres humanos sejam Seus filhos; quer torná-los felizes eternamente; deseja ardentemente levá-los ao Paraíso. Mas, pelo pecado, os homens dizem:"Não seremos vossos filhos; não queremos que Vós nos façais felizes; preferimos a coisa suja, chamada pecado, ao Paraíso".  
d. Todos estes pensamentos levam inevitavelmente à consideração de quão bom e Deus em si mesmo, quão amável, belo, infinitamente louvável. Então, veremos, por contraste, os nossos pecados como são: crimes contra o bom Pai, insultos contra o Ser mais belo do mundo; um ataque à Santíssima Trindade, que encerra em si todas as perfeições que apreciamos no mundo - e muito, muito mais.

A fim de exprimir tudo isto, podemos servir-nos da seguinte fórmula: 

"O meu Deus, arrependo-me dos meus pecados. Vós tendes sido tão maravilhosamente bom para comigo e, em compensação, eu não Vos tenho dado nada senão o mal e a ingratidão, egoísmo e pecado. Sei que meus pecados pregaram Jesus na Cruz e transformaram Seu corpo numa só e terrível chaga mortal; fui eu que Vos matei, meu Deus, com meus pecados. Sempre, meu bom Deus, tentastes fazer feliz o mundo, levar todos os homens ao Céu; mas os pecados, meus pecados, estragaram o Vosso plano, destruíram a Vossa obra, frustraram os Vossos desejos de ver-nos felizes. Ó meu Deus, Santíssima Trindade: Pai bondoso, Filho que morrestes por mim, Espírito Santo que desejais viver em minha alma, Vós sois tão bom. Em Vós acha-se encerrada toda a beleza do mundo inteiro, toda a bondade que admiramos nos maiores dos mortais, toda a misericórdia e toda a perfeição elevada à altura divina. E o pecado faz-Vos guerra, levanta a mão contra a Vossa bondade, perturba o Vossos planos, impede-Vos de tornar feliz a Humanidade. Estou arrependido. Amo-Vos por tudo quanto sois e por tudo quanto tendes feito. Nunca permitais que, com meus pecados, trabalhe contra vós."


4. O FIRME PROPÓSITO DE EMENDA.

Este também é essencial para uma boa Confissão.

Se uma pessoa quer continuar com seus pecados, certamente não está arrependida deles. Se alguém realmente odeia seus pecados e teme suas consequências, está decidido a não cometê-los de novo. Pedindo desculpa a um amigo, você quer dizer: "Desculpe; pode estar certo que não farei isto outra vez". Precisamente a mesma coisa deve dar-se quando pedimos desculpa a Deus.

Um firme propósito de emenda, portanto, significa:

a. Estou tão arrependido de meus pecados que...
b. Com a ajuda da graça de Deus e enquanto eu posso ...
c. Não cometerei de novo estes ou quaisquer outros pecados...

Devemos notar que tal propósito pode ser firme mesmo quando, pela experiência do passado, sabemos que seremos tentados de novo. Até podemos ter um hábito de pecar que, por nos ter vencido tantas vezes no passado, tememos pensar no futuro. Contudo, estamos arrependidos. Pomos nossa confiança em Deus. Estamos resolvidos a fazer tudo quanto podemos para não pecar outra vez. Pedimos auxílio. E sabemos que Deus está pronto a ajudar-nos.

O lado prático, entretanto, deste propósito é principalmente a resolução de não atirar-nos para a tentação.  

  • Certa gente costuma levar-nos ao pecado: evitaremos esta gente; talvez — se isto for necessário — cortaremos as relações com eles. 
  • Se olharmos para certos quadros ou estampas, lermos certos livros, formos a certos lugares, pecaremos. Pois bem, tais quadros, livros, lugares estão eliminados. 
  • Se uma determinada espécie de trabalho nos leva sempre a pecar, tal trabalho não é para nós. 
  • Se julgarmos certo tipo de divertimento seriamente pecaminoso, não continuaremos com ele. 
  • Se certa conduta sempre nos leva a pecar, não arriscaremos tal conduta.

Tudo isto pertence ao que chamamos ocasião para o pecado. Estas ocasiões serão diferentes para pessoas diferentes. Nossa experiência própria com o que nos tem levado a pecar nos indicará ao mais certo nestas ocasiões. Há homens que não podem beber um só copo de cerveja sem ficarem totalmente bêbedos. Há tal outro que não pode permitir-se a mínima liberdade com uma mulher sem precipitar-se no pecado. Mais outro conhece seu fraco pelo dinheiro, sabe que não pode manejá-lo sem furtar. Há homens para os quais a bebida não é tentação nenhuma, que não se interessam por mulheres, que merecem confiança absoluta tratando-se de dinheiro.

Assim, as ocasiões de pecar são diferentes para cada um. O que me leva a mim a pecar, o que me levou a mim a pecar no passado: isto devo eu evitar.  


Se não quero ou, pelo menos, não tento bem seriamente evitar os pecados, não estou realmente arrependido. Talvez esteja envergonhado ou com medo por causa deles, mas não estou firmemente resolvido a evitá-los.

Às vezes, torna-se necessária a restituição, em caso de pecados mortais. Se alguém furtou dinheiro, deve estar determinado a devolvê-lo.

a. Geralmente, dinheiro roubado deve ser restituído à pessoa a quem foi roubado.
b. Se alguém não souber quem é a pessoa prejudicada ou não pode alcançá-la, o dinheiro pode ser dado aos pobres, a uma instituição caritativa ou à Igreja.
c. Se alguém não puder restituir o dinheiro sem se trair, pode mandá-lo sem indicar o nome. Se a pessoa da qual se furtou o dinheiro for rica ou da intimidade da pessoa culpada, e a restituição viria a trair o ladrão, o penitente pode dar o dinheiro aos pobres ou para fins caritativos.
d. Se o ladrão já não tiver o dinheiro, pode devolvê-lo quando lhe for possível. Às vezes, o dinheiro pode ser restituído sob a forma de trabalho extra, prestado em favor da pessoa lesada.

Restituição de outra espécie deve ser feita quando alguém roubou o bom nome de outrem ou arruinou ou prejudicou a boa fama dele. Deve dizer a verdade, ou deve reparar o prejuízo, quando o que disse era a verdade.

Uma mentira que causou prejuízo, e que pode ser corrigida, exige também satisfação.


5. A CONFISSÃO 

Agiremos mui sabiamente se pensamos breve, mas clara e vivamente, no que vamos dizer ao fazer a Confissão.

A. A Confissão é o amável modo de Deus mostrar compaixão. 


B. O sacerdote é meramente o representante de Cristo, que não ousará contar o que nós lhe dizemos, que, provavelmente, já antes tem ouvido histórias como a nossa, que é geralmente bondoso e paciente, que deseja ajudar-nos, que está feliz quando tem uma oportunidade de levar grandes pecadores de volta a Deus.  


C. Podemos ver atrás do sacerdote a figura de Jesus Cristo que com um sorriso nos encoraja. Ele nos ama. Ele quer que sejamos Seus amigos. Ele gosta quando nos confessamos.

Fórmula: Quando o sacerdote está pronto para ouvir a Confissão, sem esperar que ele fale — embora geralmente possamos ouví-lo dando-nos a benção inicial — dizemos:  


A"Padre, dai-me a vossa benção, porque pequei."  


B"Há ... (número de dias, semanas, meses) desde a minha última Confissão".  Esta indicação é de grande valor para o sacerdote, pois possibilita-lhe julgar se os pecados que confessamos são hábitos. Assim três pensamentos impuros, voluntariamente entretidos durante um dia ou uma semana, seriam um hábito; três durante um ano não seriam um hábito.  


Se a nossa última Confissão ou uma das anteriores NÃO foi boa (por causa de falta de arrependimento, por termos calado propositalmente um pecado mortal, por não termos tido a intenção de pôr em ordem o passado, ou por qualquer outra razão séria), a forma usada será diferente. Diremos: "As minhas duas (indicar o número correto) últimas confissões" ou"Minhas confissões durante o ano passado (ou ... anos passados)" ou "as minhas confissões desde a minha primeira Comunhão não foram bem feitas, porque (diga a razão) calei um pecado grave na Confissão... não estava arrependido... não tinha vontade de romper com o pecado"


Em tal caso, o sacerdote provavelmente interromperá logo o penitente a fim de ajudá-lo.  


C"Desde então acuso-me dos seguintes pecados:...". O penitente diz então a espécie (ou as espécies) dos pecados mortais que cometeu, acrescentando quantas vezes os cometeu. Espécie e número devem ser mencionados somente quando se trata de pecados mortais.  


D. Depois de ter confessado todos os pecados mortais e os pecados veniais que quis dizer, ele usa esta ou semelhante formula:  

"Destes pecados e de todos os que talvez tenha cometido e dos quais não me posso lembrar agora, peço humildemente perdão a Deus e a vossa absolvição, especialmente destes pecados de minha vida passada".

Então menciona alguns pecados do passado: 

1° Para aumentar o arrependimento.
2° Para apresentar aqueles pecados outra vez à Misericórdia Divina, caso se devesse ainda alguma pena do Purgatório por causa deles.
3° Para precaver-se contra a sua repetição no futuro.

O penitente agora escuta atentamente, enquanto o sacerdote lhe dá os conselhos necessários, faz qualquer pergunta que julgue importante para tornar completa a Confissão e indica a penitência.

O católico instruído sabe que o padre não está pesquisando curiosamente, quando faz perguntas. É simplesmente o melhor modo de ajudar o penitente a fazer a Confissão tão perfeita quanto possível, e de socorrê-lo nas suas lutas futuras contra o pecado.  


E. Enquanto o sacerdote esta dando a absolvição, o penitente diz mais uma vez a Deus que esta arrependido, usando uma fórmula costumada ou falando simplesmente assim como lhe vem do coração.


6. DEPOIS DA CONFISSÃO

A penitência é uma parte essencial da Confissão. Por isto, o homem prudente reza-a logo. Deixar de cumprir deliberadamente a penitência imposta por um pecado mortal é por sua vez pecado mortal. Esquecer a penitência não torna inválida a Confissão. Mas por que as orações impostas como penitência fazem parte de todo o Sacramento da Penitência, elas têm um valor especial para remover as penas do Purgatório merecidas pelos pecados.

Nestes tempos modernos, as penitências são relativamente leves. No passado, foram, às vezes, extremamente pesadas, durando em alguns caso longos anos.

Quando a absolvição for dada, o penitente brevemente agradece a Deus pela graça da Confissão, renova a promessa de levar vida melhor e volta às suas ocupações regulares.

CONCLUSÃO


Que modo melhor, mais bondoso, mais eficiente de ajudar ao pecador poderia Deus ter designado do que o sacramento da Confissão?

Por isto, o católico bem instruído considera privilégio ir frequentemente confessar-se. Ele o considera um precioso e seguro modo de voltar a Deus depois do pecado, um meio de aliviar uma consciência perturbada, e de obter o conselho experimentado e a direção de um confessor treinado; uma preparação para sua Confissão final, que ele fará como uma das partes dos últimos sacramentos antes de morrer.
  





Editora O Mariano, Florianópolis, SC, 1950, 2ª edição, 42 pág.
Adquirido de Casa Aberta, Livraria Alternativa – pela Estante Virtual – 2009.
Transcrito e revisado por Giulia d'Amore. 




http://minhateca.com.br/paleideas/Documentos/BLOG/TU+E+A+CONFISS*c3*83O(1),63950154.pdf

FONTE:

Como rezar bem - Por Santo Afonso de Ligorio

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"Quem reza se salva, quem não reza se condena"Santo Afonso de Ligório



Tem um livro maravilhoso de Santo Afonso de Ligório (doutor da Igreja), que se chama: A Oração. Tirei deste livro alguns trechos onde ele ensina como rezar bem. Ele traça uma vida de oração e regras de vida Cristã. É tão edificante que eu resolvi copiar para o blog, a fim de que sirva de inspiração para muitas pessoas que precisem vencer a tibieza e a aridez espiritual, bem como melhorar as orações do nosso dia a dia.

Alguns pontos importantes

Não posso colocar aqui no blog tudo o que Santo Afonso diz no livro, aconselho fortemente os leitores a comprar o livro se desejarem saber mais sobre a oração, o livro é um tesouro, realmente vale a pena comprá-lo para a edificação de nossa vida espiritual. Portanto vou fazer um breve resumo da importância da oração, como descreve Santo Afonso. 

1 - Primeiramente devemos rezar por nós, e pela nossa salvação, quando Cristo falou no evangelho: "Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei. (São João 14, 13)", Ele se referia graças referente à nossa salvação. Portanto devemos rezar para pedir virtudes que ainda não temos, isso Deus nunca irá nos negar. Quando pedimos bens temporais, nem sempre Deus nos atenderá, pois pode ser algo que venha a prejudicar a nossa salvação.

2 - A Meditação (oração mental) NÃO tem valor algum, e até se torna perigosa e nós não rezamos junto, ou não praticamos de alguma forma aquilo que meditamos. Por exemplo, meditamos sobre a Humildade, portanto é necessário praticar a humildade durante aquele dia para que a meditação tenha algum valor para nós. Meditar e achar que tá tudo bem (sem praticar), faz a gente achar que aderimos aquele ensinamento, e que não precisamos melhorar n´Ele. E também, por que quando mais conhecemos sobre as virtudes e as verdades de nossa fé, mais seremos cobrados. Exemplificando então: meditamos de manhã sobre a humildade, o dia todo praticamos a humildade, e a noite pedimos a Deus que ele NOS DÊ mais humildade. Nisto consiste a oração que agrada a Deus. Pois todos os nossos pedidos a Deus, antes de qualquer coisa deve ser em vista de nossa salvação.

3 - Devemos orar pelos outros, principalmente a família. A oração para conversão dos outros, é a que MAIS AGRADA A DEUS, e se pedirmos com FÉ, Deus NUNCA vai nos negar, se ele não ouviu é por que pedimos mal. 

4 - Também devemos rezar por todas as pessoas do purgatório, Santo Afonso diz que se rezarmos pelas almas do purgatório, quando estivermos todos no céu, seremos saldados por elas "obrigado, foi por tuas orações, que eu me salvei". E também, Deus permitirá que pessoas rezem por nossa alma quando também estivermos lá. 

5 - Algo muito importante para ler os próximos tópicos: Aqui nesse texto Santo Afonso traça um "manual" de como rezar bem, e é necessário que comecemos aos poucos. Se você leitor, quiser fazer tudo o que está descrito aqui de um dia para o outro, corre sério risco de fazer um dia ou dois, e abandonar tudo, por se tratar de uma vida de oração muito rígida e que muitas pessoas não estão acostumadas. Portanto aconselho a iniciar aos poucos. A Primeira oração que um Católico deve fazer todos os dias é rezar o Santo Terço. Isso é nosso dever rezar todos os dias, em segundo lugar vem a meditação (oração mental). O resto será acrescentado depois (novenas, orações, ladainhas, devoções secundárias). Outro detalhe importante para nos ajudar a manter a devoção é ter um horário certo para rezar todos os dias, isso ajuda a não faltarmos em nossas obrigações com Deus. Depois destas ressalvas vamos ao texto, escrito inteiramente por Santo Afonso Maria de Ligório. Acompanhem:

Regras de Vida Cristã

I. De manhã, ao se levantar, fazer os atos indicados posteriormente. Todos os dias fazer meia hora de oração mental e pelo menos um quarto de hora de leitura de algum livro espiritual. Participar da Missa. Fazer visita ao Santíssimo Sacramento e à Mãe de Deus. Rezar o Rosário. À noite, fazer o exame de consciência, ato de arrependimento, os atos cristãos e rezar a Ladainha de Nossa Senhora.

II. Confessar-se comungar pelo menos semanalmente e até mais vezes, se o Diretor Espiritual o permitir.

III. Escolher um bom confessor, instruído e piedoso; seguir suas orientações tanto no tocante aos atos de devoção, como nas questões importantes; não abandoná-lo sem motivo grave. ¹

IV. Evitar a ociosidade, as más companhias, as conversas inconvenientes e, principalmente, as ocasiões de pecado, especialmente quando há perigo para a castidade.

V. Nas tentações, principalmente nas impuras, fazer logo o sinal da Cruz e invocar os nomes de Jesus e Maria, enquanto durar a tentação.

VI. Se cometer algum pecado,arrepender-se logo e resolver emendar-se. Se o pecado for grave, confessar-se o quanto antes.

VII. Sempre que possível ouvir as pregações; pertencer a alguma irmandade ou grupo, ali procurando apenas a salvação eterna.¹ 

VIII. Para honrar a Maria Santíssima, jejuar nos sábados e na vigília de suas festas, fazendo ao mesmo tempo alguma outra mortificação corporal conforme o conselho do diretor espiritual. Fazer a novena para as festas de Maria, do Natal, de Pentecostes e do próprio padroeiro. Nas situações desagradáveis, doenças, perdas, perseguições, conformar-se com a vontade de Deus e ficar em paz, dizendo: "Assim Deus quer, assim seja!". Todos os anos fazer os Exercícios Espirituais em alguma casa religiosa ou algum lugar retirado. Ou pelo menos, fazê-lo em casa mesmo, dedicando-se o mais possível à oração, às leituras e ao silêncio². Do mesmo modo fazer um dia de retiro, cada mês, evitando as conversas e recebendo a eucaristia.²

Atos cristãos para cada dia

De manhã ao levantar-se tendo feito o sinal da Cruz, faça os seguintes atos de adoração, de amor, de agradecimento, de propósito e de súplica:

I. Meu Deus, eu vos adoro e vos amo com todo o meu ser.

II. Agradeço todos os vossos benefícios, especialmente o de me terdes conservado nesta noite.

III. Eu vos ofereço as minhas ações, os meus sofrimentos deste dia, em união com as ações e os sofrimentos de Jesus e de Maria, com a intenção de ganhar todas as indulgências que puder.

IV. Proponho-me a fugir de todos os pecados, especialmente de... (é bom fazer um propósito particular, quanto ao defeito em que mais se cai). Nos contratempos quero conformar-me sempre à vossa vontade. Meu Jesus guardai-me; Maria, protegei-me sob vosso manto. Pai eterno, ajudai-me por amor de Jesus e de Maria. Meu anjo da guarda, meus Santos padroeiros, acompanhai-me. Reze depois o Pai Nosso, a Ave Maria, o Credo e três Aves-Marias em honra e pureza de Nossa Senhora.

Ao começar um trabalho, estudo ou qualquer outra ocupação, diga: "Senhor, eu vos ofereço este meu esforço". Às refeições: "Meu Deus, seja tudo para a vossa glória. Abençoai-me para que não caia em nenhuma falta". Depois das refeições: "Agradeço, Senhor, o benefício que fizestes a quem vos ofendeu". Ao soar das horas: "Jesus, eu vos amo. Não permitais que me separe de vós". Nos contratempos: "Senhor, assim quisestes, assim também eu quero." Nas tentações repita frequentemente os nomes de Jesus e Maria. Tendo cometido alguma falta: "Senhor eu me arrependo porque ofendi a vós, bondade infinita. Não quero fazê-lo novamente." Se houve pecado grave, confessar-se logo.

À noite, antes de se deitar, agradeça a Deus as graças recebidas; faça o exame de consciência, o ato de arrependimento e os atos do cristão. 

Modo Prático de fazer a oração mental

Como preparação diga:
 I. Meu Deus, creio que estais aqui presente. Eu vos adoro com todo o meu ser.
II. Senhor mereceria estar agora no inferno; arrependo-me de vos haver ofendido; perdoai-me.
III. Pai Eterno, por amor de Jesus e de Maria, iluminai-me. 

Depois recomende-se a São José, ao Anjo da Guarda, ao Santo Padroeiro. 

Agora leia a meditação³, vá interrompendo a leitura sempre que encontrar uma passagem que tenha um significado maior para você. Faça atos de humildade, de agradecimento e, principalmente, de arrependimento e amor. Diga: "Senhor, fazei de mim o que quiserdes, ajudai-me a conhecer o que quereis de mim; quero fazer o que vos agrada." Ore muito pedindo a Deus a perseverança, o amor, a luz, a força para fazer sempre a vontade divina, a graça orar sempre. 

Antes de terminar a oração, faça um propósito particular, de evitar alguma falha mais frequente. Termine com um Pai-Nosso e uma Ave Maria. Nunca deixe de recomendar a Deus as almas do Purgatório e os pecadores.
______________________________________
Notas (do blog):
(1) Com a crise em que a Igreja se encontra, é muito difícil encontrar um bom diretor espiritual. Temos que tomar muito cuidado com o sacerdote que escolhemos para ser nosso diretor, pois como bem disse Santo Afonso, deve ser douto e piedoso, e fiel a tradição. Não é nenhum pouco aconselhável ter um sacerdote modernista para nos ajudar, muito menos da teologia da libertação que é o que muito vemos hoje em dia. Portanto na falta de um bom padre, é melhor aguardar a vontade de Deus e ficar sem o diretor espiritual mesmo. E também, não esquecer de pedir a Deus esta graça como fez Santa Faustina. Digo o mesmo ao pertencer a um bom grupo, hoje sabemos que a Igreja está em crise e é difícil achar um grupo bom e católico, fiel a tradição e ao que Santo Afonso diz. Na falta deste bom grupo, podemos rezar com amigos próximos, e familares. 

(2) Santo Afonso aconselha também fazer retiros tendo em vista o SILENCIO. Digo isso e fiz questão de grifar esta parte, pois o silêncio é o que menos encontramos em retiros hoje em dia. A não ser que seja um grupo tradicional, infelizmente o que vemos nos retiros hoje não são nada edificantes: músicas protestantes, muito barulho, oração em "línguas" e o necessaríssimo silêncio não existe. Essa parte pode ser omitida também, se por acaso não encontrarmos um bom lugar fiel as doutrinas católicas em nossa cidade. Podemos no lugar, tentar ficar em silencio em casa, ou intensificar as orações.

(3) Oração mental, Santo Afonso refere-se a Meditação. Aqui neste outro artigo damos indicações de bons livros para fazer a meditação, bem como ensinamos a como fazê-la bem, acesse:A Meditação Católica.

Fonte:

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